07 março 2010
Sétimo colóquio, realizado em 5 de Março. Para o fichamento do livro, utilizei a edição da Universidade de Brasília, lançada em 1982.
Biografia
- Nasceu em 1901, na cidade de Colônia (Alemanha).
- Estudou Direito na Universidade de Viena. Um de seus orientadores de dissertação foi Hans Kelsen.
- A ascensão do nazismo obrigou ele e sua esposa e emigrarem para os Estados Unidos. Voegelin obteve cidadania americana em 1944.
- Veio a falecer aos 84 anos de idade, em Palo Alto (EUA), no ano de 1985.
“A Nova Ciência da Política”
- Publicado em 1952, este livro foi composto a partir de uma série de conferências que o autor havido lecionado na Universidade de Chicago, dois anos antes.
- Uma teoria não é apenas a emissão de uma opinião a respeito da existência humana em sociedade, mas também uma tentativa de formular o sentido da existência. Sua explicação parte da validade do conjunto de experiências ao qual a teoria precisa se referir para permitir o controle empírico.
- Toda ordem social assenta-se em uma ordem cognitiva; ou seja, a organização política reproduz a apreensão que certa sociedade tem da ordem da realidade.
- Verdade cosmológica: o império é como um microcosmo: um pequeno mundo que reflete a ordem do mundo maior. Portanto, ele expressa uma verdade em si.
- Verdade antropológica: a sociedade é a alma do homem escrita por extenso. Ela orienta a si própria para um Deus que permanece imóvel em sua transcendência. Surge com a filosofia grega – Platão (“Deus é a medida”) e Aristóteles (“summum bonum”), principalmente.
- Verdade soteriológica: a salvação é dada por Deus. Há uma mutualidade na relação com Deus, por meio da encarnação do Logos em Cristo.
- O cristianismo teve um importante papel na desdivinização da realidade. A partir da visão de que o homem é contemplador racional e senhor pragmático de uma natureza que perde seu caráter demoníaco. Ou seja, a Verdade está no mundo espiritual, e não no material, mundano.
- Redivinização da realidade: o movimento gnóstico. A idéia de “fim da História”. A psicologia do revolucionário.
- Conseqüências políticas e sociais: Renascença, Reforma Protestante, Guerras Religiosas, Iluminismo, Revoluções Burguesas, Impérios, Socialismo, Nazismo.
- A abolição do "amor Dei" em prol do "amor sui" levou a um lento e contínuo colapso moral da Modernidade, época "do homem que está intelectual e espiritualmente desorientado, e por isso, motivado principalmente por suas paixões.
- Sendo assim, as ideologias de massa refletem uma crise espiritual do homem moderno, levando ao extremo os problemas intrínsecos ao movimento gnóstico.
Influência
- Olavo de Carvalho: estilo escolástico. “O Jardim das Aflições” e a relação entre Epicuro e Marx.
- Russell Kirk e William Buckley, responsáveis pelo renascimento do pensamento conservador nos Estados Unidos, na década de 50. Kirk publicou “The Conservative Mind”, e Buckley fundou o prestigiado periódico National Review.