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Kaio

 

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26 novembro 2007

Alguma coisa sobre mim - parte 2

21 de Novembro: Falta pouco para terminar o 50º livro em 2007...
Ufa, finalmente terminei de ler, na quarta-feira passada, o livro “A Ditadura Escancarada”, de Elio Gaspari. Ótima obra, aliás, tão boa quanto o volume I, “Envergonhada”. A parte sobre a tortura, a luta armada nas cidades, a anarquia militar e, principalmente, a Guerrilha do Araguaia são os destaques do livro.
Foi o quadragésimo nono livro que li nesse ano. Para ser o qüinquagésimo livro de 2007, escolhi “O Contrato Social”, de Rousseau, que eu comprei há quase 3 anos e até hoje não terminei. Ando meio arrependido da escolha, visto que a obra é cheia de altos e baixos, e, para piorar, a tradução não é das melhores. Se eu não terminá-lo até terça de manhã, terei que escolher outro livro. Um bom motivo para que o termine rápido é o fato de que...

22 de Novembro: Também falta pouco para as provas do PAS...
Pois é, nos dias 1º e 2 de Dezembro eu farei a terceira etapa do Programa de Avaliação Seriada da UnB. Será a minha primeira chance de entrar na Universidade de Brasília no ano que vem, sendo que a segunda será através da prova 1/2008, em 19 e 20 de Janeiro do ano que vem.
Não negarei que estou bastante ansioso quanto ao PAS. Se, por um lado estou otimista e confiante, por outro estou preocupado, já que não estudei de maneira muito, digamos, ortodoxa nesse ano. Em nenhum momento sacrifiquei os meus hobbies em troca do que chamam de “treinar exercícios por umas três, quatro horas diárias”. Sou muito orgulhoso para mudar meu estilo de vida mesmo diante de uma situação como essa.
Aliás, já estabeleci três cenários possíveis para o que ocorerrá comigo a partir de Dezembro:
1. Se eu tirar uma nota boa no PAS e tiver grandes chances de passar, ficarei bem mais tranqüilo, e estudarei pro 1/2008 sem me sentir tão pressionado. De quebra, posso até aproveitar para continuar lendo bastante e, quem sabe, ser mais sociável com meus colegas. Repetir conversas como a que eu tive com três deles no último sábado seria muito bom.
2. Se eu tirar uma nota razoável e tiver certa dúvida quanto às minhas chances de passar, terei que aumentar o ritmo de estudos pro 1/2008, mas continuarei lendo e conversando, mas em doses um pouco menores. Também não ficarei tão confiante a ponto de já preparar despedida de Goiânia e coisas do gênero.
3. Agora, se eu não for bem no PAS, terei que partir para o estoicismo, ou qualquer outra postura moral-filosófica de total abnegação. Sem livros, sem papo, sem TV ou PC: estudar para a UnB o dia inteiro. Só daria intervalos quando estivesse me estressando ou enlouquecendo, mas, assim que voltasse ao normal (?), afundar-me-ia nos estudos novamente.
Sendo freudiano, diria que há três preparações psicológicas simultâneas: meu superego já cogita o cenário 3; meu ego vê o 2 como o mais provável; já meu id vislumbra o 1 como uma realidade iminente. O que fazer, então? “Should I stay or should I go?”

23 de Novembro: Bons momentos coroados pelo Goiânia Noise Festival
Minha semana terminou muito bem. Já na quinta, fui a cinco aulas: duas de Química na turma de Biológicas e duas de Geopolítica e uma de História nas Humanas. No dia seguinte, peguei um horário de Física na sala de Exatas e duas de História. Senti-me muito bem com essa pequena liberdade...
Ah, finalmente tirei meu título de eleitor na sexta. Fui adiando ao longo dos últimos meses tal atitude, mas chegou a uma hora em que eu realmente precisava fazê-lo, até porque seria um contra-senso que uma pessoa tão tarada por política (curso universitário, inclusive) demorasse tanto para ter o direito de votar. Devo admitir que foi horrível passar a eleição passada apenas como observador.
A noite do dia 23 guardaria uma última satisfação: o Goiânia Noise Festival. O evento conseguiu ser ainda melhor do que eu esperava, compensando a edição 2006, em que eu me entreguei à misantropia e só fui ver o show dos Los Hermanos.
Cheguei às 20h44, um pouco mais tarde do que costumo chegar, e o suficiente para perder um dos shows que eu queria ver: Barfly. Nas primeiras horas, aproveitei para fazer uma das minhas tradicionais peregrinações, perambulando por todos os locais possíveis do (enorme) espaço do Centro Cultural Oscar Niemeyer. Equipado om a minha bolsa-mochila azul e uma latinha de Coca-Cola Zero, achei até um local onde se vendia LPs antigos (pena que eram meio caros, senão eu levava; achei até Smiths, o “White Album” dos Beatles e o "Closer" do Joy Division!), outro que comercializava HQs do Angeli e um estande da Petrobras – uma das patrocinadoras do Noise, aliás – em que era possível jogar Guitar Hero II. Não usufruí nenhum dos três bens, mas dei uma olhada em todos, hehe.
Fui encontrando alguns amigos e colegas com o passar do tempo, mas o que estava esperando mesmo eram os shows. Algumas bandas fizeram apresentações medíocres, como o MQN e o Violins, mas as últimas três apresentações (todas depois da meia noite, aliás) fizeram cada centavo dos 20 reais do preço do ingresso:
1. Móveis Coloniais de Acaju, divertida banda brasiliense, fez um show com uma surpreendente e intensa participação e identificação do público. Caramba, o pessoal que estava perto de mim lá nas primeiras “filas” (a propósito, o palco da abóbada do Niemeyer é enorme!) não parava de pular, bater palmas, dançar e cantar junto com o Móveis. Só conhecia de memória uma música deles, “Seria o Rolex?”, mas estou perdoado, porque é justamente a melhor faixa do conjunto.
2. The DT’s vieram direto de Seattle para Goiânia, constituindo-se em uma das atrações estrangeiras do Goiânia Noise Festival. Aliás, conheci duas das outras de duas maneiras diferentes: vi e gostei de um pedaço da performance de Rubin & Los Subtitulados, e dias antes do evento conheci pela internet o Battles, banda dos EUA que tocou no domingo, último dos três dias do festival – lembrando que eu só fui na sexta. Enfim, voltando ao DT’s, eles misturam soul com hard rock e até grunge, e o resultado é um som bem barulhento e provocante. Destaque para a vocalista, que teve presença de palco e boa voz.
3. Pato Fu era o principal motivo para eu ir ao Noise. Devo confessar que, até quinta, eu conhecia pouca coisa do som deles, mas resolvi tirar a noite do dia 22 para baixar tudo que pudesse da banda. Após mais de 20 faixas executadas em meu WMP, de fato comecei a gostar mais do Pato Fu; não por acaso, sabia praticamente de cor umas oito canções que eles cantaram no show!
A apresentação foi maravilhosa em todos os detalhes, desde o carisma de Fernanda Takai (o auge foi quando ela colocou óculos escuros e chapéu de coelho para cantar “Capetão 66.6 FM”) e de John até a seleção equilibrada da playlist, contemplando boas músicas de quase todos os álbuns da banda (só o “Rotomusic de Liquitificapum” ficou de fora). As minhas favoritas, aliás, continuam sendo “Eu” (quase um hino do egocentrismo), “Made In Japan”, “Anormal” e “Depois”. As poucas grandes canções que eles não tocaram foram “Pinga” (apesar da insistência da ala mais boêmia da platéia, hehe) e os covers, como “Ando Meio Desligado”, “Cities In Dust” e “Eu Sei”.
A conclusão à qual chego é que o Noise de 2007 foi realmente ótimo. Foi o melhor ‘adeus’ que eu poderia dar para a cena indie de Goiânia, visto que não será a mesma coisa quando eu for de Brasília para cá no ano que vem para ver algum festival...

Bem, este post ficou realmente bem longo; tanto que tive de dividi-lo em duas partes. Pronto, consegui recapitular a semana passada!

 

Comentários:

 

 

50 livros!? puxa...acho que só alcancei esse número quando entrei na facul, agora ler de verdade mesmo (pegar pra ler do início ao fim) acho que não chego nos 40 rs
Rousseau não! odeio os revolucionários franceses e a galerinha iluminusta em geral, mesmo que Rousseau seja o menos pior deles eu escolheria outra coisa...precisando de dicas estamos aí rs

boa sorte nas provas do vestibular ;)


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