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Kaio

 

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08 outubro 2007

Write for Absolution

Pronto. Após a, digamos, regurgitação que foi o post anterior, voltemos à atmosfera tradicional do blog.
Aproveitarei este texto para tentar esclarecer para mim mesmo alguns detalhes ou traços da personalidade e das ações de cada um dos seis personagens de "Megalomania Psíquica".

É indubitável que a dupla César e Júlia terá uma participação maior na história do que os outros quatro. Motivos para tal decisão não faltam, e, obviamente, os dois principais residem nos fatos de que I - O rapaz é meu alterego e a moça (em parte) também, embora ela seja mais derivada de contemplações desinteressadas e platonismos camonianos; II - Serão os dois personagens com perfis mais capacitados para serem vozes narrativas em 1ª pessoa durante certas cenas. Aliás, vou até transcrever um trecho-rascunho em que este recurso fica evidente e, além disso, a relação entre os dois é explicitada:
"Sinceramente, a única garota que se aproxima do meu ideal é a Júlia, mas tenho receio de que um namoro pudesse destruir a amizade que cultivamos. Somos parecidos em quase tudo, inclusive na egomania. Sim, ela diz ser cosmopolita e tolerante, mas no fundo é tão individualista quanto eu. A diferença é que eu faço disso uma filosofia de vida, uma posição político-ideológica e até mesmo uma defesa do humanismo; já ela transmite a sua vaidade sutilmente, em seus gestos, nas bandas e livros dos quais gosta, nas cenas prediletas dos filmes que gosta e até na maneira de se vestir. Fazendo uma metáfora com Beatles (e que até mesmo corresponde ao disco predileto dela e o meu), Júlia é 'Revolver' e eu sou 'The White Album'."

Francamente, Henrique é uma projeção de como Kaio seria se tivesse decidido "viver a vida intensamente" e continuasse de esquerda aos 15 anos, que foi momento decisivo de sua existência. Como ele passaria a ser se tivesse seguido por um caminho mais improvável?
Segundo os exageros de minhas hipóteses, em apenas dois anos ele já teria começado a fumar cigarro ou até mesmo maconha; beberia freqüentemente, mas nunca a ponto de ter um coma alcóolico, já que não é porque resolveu ser mais liberado que ele quer dar problemas desnecessários para outras pessoas; teria vários relacionamentos descartáveis, típicos dos adolescentes da década 00; considerar-se-ia um filósofo preocupado com os problemas sociais e defensor da Grande Revolução dos 'socialistas democratas'; sairia toda semana, para qualquer festa que lhe parecesse interessante e "propícia para calorosos debates sobre o futuro da humanidade"; agiria como panfletário na escola, com uma certa queda nas notas e uma monomania pelas aulas de História;
tudo que lhe fosse nocivo receberia alcunhas como "pequeno-burguês" e "falso moralismo"; teria um gosto musical mais voltado para bandas engajadas, como The Clash, Bad Religion, Rage Against The Machine ou mesmo os primórdios de Bob Dylan.

Alice é uma personagem de construção perigosa, pois poderá se tornar estereotipada se eu não souber como desenvolvê-la. Apesar de adorar literatura (especialmente românticos de 2ª Geração e autores contemporãneos), sua maior devoção é pelo hedonismo. Mesmo antes de ter completado o 18º aniversário, ela já acumulou mais experiência de vida do que muitos adultos, e em relação a tudo: amor, sexo, drogas, sucessos, fracassos, visual, idéias... Em contrapartida, é também uma garota bem imatura, com dificuldades em lidar com a família (a qual ela culpa por ter transformado em ausência e negligência uma pretensa educação liberal), dificuldade em assumir responsabilidades, desprezo pelos estudos e completamente avessa a se lembrar do passado ou planejar o futuro (a redundância foi intencional).
Creio que só poderei elaborá-la plenamente durante a faculdade, quando possivelmente farei amizade com alguma garota 'epicurista' que possua traços do perfil que estou a fazer para Alice.

Mário é, até certo ponto, baseado em um amigo meu, em meu irmão do meio (detalhe: já avisei aos dois sobre isso, hehe) e até mesmo na minha pré-adolescência.
Digamos que ele seja o personagem mais apegado ao abstrato. É apaixonado por Matemática e Física, muito bom nos videogames, romântico do tipo introspectivo, leitor e escritor de poesias e, acima de tudo, encantado pelo Brasil e pela tecnologia. Tanto que seus professores vivem o chamando de "nacional-desenvolvimentista", por sonhar com um país que valorize simultaneamente a sua identidade cultural e a modernização. Algo como um patriota científico, mas sem a excentricidade de um Policarpo Quaresma ou um Hitler da vida.
Adora RPGs, e desde os 12 anos vive a "mestrar" para colegas nerds. Conhece César desde a sua infância, e os dois, apesar de várias diferenças de personalidade, cultivam uma amizade duradoura. Além disso, sua relativa timidez não o impede de ser um eterno ombro amigo e uma pessoa bem sociável e compreensiva.

Giovana é a mais multifacetada dos 6 amigos. Apesar da fama de sereníssima, ela sempre foi muito perturbada. Apesar de ser alegre e tranquila durante a maior parte do tempo, há certos lampejos de tristeza e melancolia que dilaceram a alma da garota. Ela não sabe se é ou não em razão de algum distúrbio psicológico que a sua personalidade é tão instável, mas está certa de que possui uma ambigüidade idiossincrática. Coexistem momentos em que se sente livre e presa, sincera e hipócrita, autoconsciente e inconseqüente, lúcida e louca. De quebra, há questões que envolvem até sua sexualidade e seu círculo de amizades que vivem a incomodá-la. Ela diz que é contraditória até no nome, "porque Giovana, ao mesmo tempo que é sofisticado, não passa de Joana em italiano."
Guarda algum tipo de vínculo com cada um dos outros cinco, como se fosse um elo entre eles. Adora assistir a animes e jogar games com Mário, troca confidências em sua "psicologia de botequim" com Alice, compartilha anseios por um mundo melhor com Henrique, é companheira de Júlia em sessões de cinema e teatro e troca dicas sobre literatura e música com César (tanto que foi através dele que ela conheceu as suas duas bandas prediletas: The Smiths e Cranberries).

Pronto.

 

Comentários:

 

 

Death NOte é bem legal, mas nao gostei muito do final. Depois vc concorda. ;-)
Agora estou comprando os mangás de DN.
Fale do que bem entender no seu blógui. Anônimos são covardes.

Prof. Fofuxo disse-me que vc quer ler O JOgo da Amarelinha. É?


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