É preciso ser absolutamente ímpar (?)
Assim que terminar "Onde encontrar a sabedoria?" (livro de ensaios do Bloom; já li mais da metade dele desde domingo), completarei 26 livros (totalmente) lidos em 2007. É uma quantia ainda distante dos 40 que eu comecei e terminei no ano passado, mas é um número razoável se levarmos em conta que estou passando pelo ano mais atribulado de minha vida. A cada obra lida, descubro novos e brilhantes autores; em contrapartida, também me deparo com idéias e estilos que já estão 'patenteados'. Se realmente viso a ter o MEU jeito de escrever, devo ser bem cauteloso quanto a possíveis influências.
Que fique claro - isto não é uma arrogante tentativa de originalidade, visto que tal feito é inconcebível sob uma perspectiva lavoisieriana da natureza. Por outro lado, não é impossível para o indivíduo ser bastante idiossincrático em sua arte de escrever. A criatividade e a inventividade, aliás, são o que definem os grandes escritores. Além do blog, das redações escolares e das filosofadas, uma de minhas armas para tentar alcançar uma imparidade é pelo exercício de escolher bem as minhas leituras, para saber quais as sacadas que alguém já teve antes de mim. Não cabe a mim lamentar o fato de ter nascido já no século XXI, mas sim tirar o máximo proveito da época em que vivo.
Sei muito bem quais são os pontos fortes dos meus textos (e dos fracos também, e não são poucos), como a intertextualidade; este, aliás, é um dos que mais pretendo aprimorar ao máximo. É através dela que posso encontrar exemplos na música, na literatura, no cinema e na política que possam enriquecer o meu texto da maneira mais interessante possível. Sempre espero pela oportunidade ideal para fazer citações certeiras em meus artigos/redações/ensaios.
Poderia eu até ir além nesta discussão, mas creio que já disse o que precisava dizer para mim mesmo neste post. Até logo.