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Kaio

 

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03 julho 2007

D'you know what I mean?

Oba, as férias permitem a mim voltar a fazer posts em prosa espontânea.
Há tempos que eu não faço algo assim em Racio Símio, até porque o meu primeiro semestre foi muito mais recheado de atividades e estudos do que eu esperava. Se eu já estava achando um absurdo ficar três dias sem postar, cheguei ao cúmulo de só ter 3 textos publicados em Junho! Por um lado foi bom ter tirado essas férias forçadas, até porque fui bastante produtivo na escola quanto nesta primeira parte de 2007; mesmo assim, eu não deixava de ficar incomodado por 'abandonar' o meu domínio internético. RS já é indubitavelmente minha mais bem-sucedida empreitada como blogueiro, algo que eu almejava há 5 anos, mas não seria por isso que eu passaria a negligenciar o meu espaço para monólogos.

Não nego que tive uma certa evolução nos últimos meses. Minha essência, como o próprio nome sugere, continua intacta, mas eu pude aparar certas arestas de minha personalidade e, por tabela, de meu cotidiano. Naturalmente fui deixando coisas como MSN, TV, preguiça, pipoca de microondas, revistas de games antigas e individualismo intransigente de lado. O Kaio que foi sendo moldado abandonou quase todos os resquícios de "adolescência nerdística" que ele possuía até então. Dando uma de pretensioso, ele afirma até que, ao contrário de "Anarchy in the U.K.", ele sabe o que quer e também como obtê-lo. Ainda estou cético quanto a todo esse otimismo que ele exala, embora prefira tal postura do que uma melancolia niilista.

Em uma coisa ele ainda é o mesmo: as artes instigam-no a ter reflexões e maior força de vontade para tomar atitudes. Desde seus livros de filosofia e política (aliás, alguns já separados para ler nestas férias) até uma comédia adolescente que ele viu hoje ("Aprovados"), ele não nega que toda forma de arte é uma fonte de inspiração, esperando para ser notada.
No caso do filme, ele consegue fugir de vários estereótipos do gênero, como a apelação à baixaria (traduzindo, não há cenas de nudez, nem mesmo parcial, tampouco escatologias e nojeiras à la American Pie!) e os enredos rasos e descartáveis. O espectador pode até notar cutucadas e críticas à ortodoxia das universidades americanas, o descaso do Estado e dos pais com a criatividade e o entusiasmo de seus filhos, as estúpidas tradições e convencionalismos universitários, a burocracia que desestimula iniciativas inovadoras etc. Além disso, há uma forte apologia à independência e à inventividade dos jovens, através da idéia de uma universidade autogerida por rejeitados em faculdades 'de verdade'.
Gostei muito de "Aprovados", que me mostrou que ainda há vida inteligente nos ditos 'teen movies' dos EUA. Isso sem falar que a película transmitiu algo para o que eu já me despertara há algum tempo: a luta por mudar a educação a partir da ação do indivíduo. Faço isso desde minha infância, mas foi na sétima série que consolidei isso, quando comecei a questionar o meu colégio quanto à necessidade de um conselho estudiantil. As propostas que fiz variaram da crítica às apostilas Positivo (8ª série) até a idéia de rever a carga horária para melhorar o rendimento dos alunos (3º ano), mas sempre como o mesmo espírito de participação política, mobilização e reinvidicação por mudanças.
Não gosto só da política dos livros ou dos Outubros de anos pares, mas sim daquela feita no dia-a-dia. O verdadeiro politizado não precisa necessariamente de ingressar em uma ONG, partido político ou coisas do gênero para ser ativo na questão à qual se propõe. Posso ter defendido até hoje causas insignificantes perto das que permeiam a humanidade, mas foi (e será) a partir delas que eu poderei batalhar por objetivos maiores e mais 'impossíveis'.

Ok, após todo esse discurso panfletário, é hora de dar tchau. Arrivederci!

 

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