Tomorrow never knows (eis o eterno retorno - este é o segundo post com esse nome!)
Politicamente posso me considerar libertário, mas tenho uma moral muito conservadora e cautelosa em certos aspectos - diria até careta. Há certas coisas que eu sempre evitei porque considerei que não faziam sentido para mim, como beber, fumar e namorar. Não vi até hoje necessidade disso na minha vida, portanto não vai ser porque eu entrarei na faculdade que eu vou querer mudar minha conduta. Infelizmente, terei um difícil adversário pela frente - o dito "determinismo social". Por mais que o século XX tenha derrubado, através de pensadores relativistas e práticas que comprovaram o possibilismo, o arcaico discurso de que o homem seria um mero produto de seu meio, ainda guardo um receio de que a sociedade não tolera o excêntrico, o diferente, e isso se refletirá em um ensino dito "superior".
A vida acadêmica traz para mim algumas boas perspectivas de um futuro tranqüilo e auto-suficiente, no qual eu poderei escrever livros e ensaios, debater filosofia e política com outras pessoas, expandir meu conhecimento sobre os mais diversos assuntos, preparar-me para o mercado de trabalho etc. Porém, temo que a minha pós-adolescência, se eu não me manter firme em minhas convicções, possa desvirtuar completamente a minha personalidade. Eu jamais gostaria de chegar aos 25 anos e pensar que eu era melhor, mais lúcido ou simplesmente 'não tão medíocre' quando tinha 15, 16 anos. Gostaria sim de olhar para o passado e pensar "Nossa, como eu evoluí... iniciei na minha adolescência um projeto de vida, e hoje estou aqui, prosseguindo com ele, já com alguns êxitos obtidos..."
2007 simbolizou, até o momento, o ano em que eu estou aplicando algumas metas que eu já estipulara há tempos, como estudar latim (e já visando a buscar aprender outras línguas); procurar ler vários livros paradidáticos ou de aprofundamento em conteúdos que eu gosto; voltar a me empenhar em todas as matérias na escola; não abandonar meus ideais e sonhos só porque estou 'amadurecendo'; voltar a me interessar por videogames (até mesmo como uma dívida com o passado, já que eu praticamente 'abandonei' os jogos quando comecei a gostar de Beatles e política, aos 13); entre outras coisas, inclusive uma que é talvez o objetivo principal - passar no vestibular para Ciência Política no final do ano.
Como um defensor da minha própria filosofia, o Anfisismo, viso ao máximo ser racional e sensível, mas sem ser um em detrimento do outro. Refletindo essa "obsessão", sou representado por César, Júlio, Jack e todos os alteregos que até hoje já criei para mim em meus textos. Quanto aos personagens femininos, são todos criados em minha mente, embora parcialmente inspirados em garotas que eu conheci (eis um exemplo do meu método 'essência e experiência', hehe). Elas não passaram de "musas inspiradoras", mas acho que isso já é muito. Todas elas tinham características bem diferentes das minhas, e eu mesmo preferi não me arriscar a tentar algo com elas, ao contrário dos meus alteregos (afinal, a ficção tem lá as suas mentirinhas, hehe). Talvez eles estejam certos e eu errado, mas a conclusão à qual eu chego é o próprio título desse post! Até mais.