Meanwhile, in the America...
Esta é uma ótima notícia, na minha opinião. Há grandes chances de, pela primeira vez em muitos anos, tanto democratas quanto republicanos terem candidatos interessantes. Me arrisco a dizer que a ultima oportunidade em que isso ocorreu foi em, pasmem, 1980, com Reagan e Carter disputando o cargo. Desde tal ocasião, quase sempre a agremiação de Kennedy teve presidenciáveis com os quais eu me simpatizei mais.
Não nego que gosto mais dos democratas, alguns dos meus presidentes dos EUA 'favoritos' eram de tal partido - Thomas Jefferson, Woodrow Wilson, Franklin Roosevelt, John Kennedy, Jimmy Carter, Bill Clinton... O discurso "left-liberal" deles me agrada quanto à preocupação com a área social e o maior respeito às liberdades individuais, apesar de que eu não concordo com algumas posturas econômicas deles, como o aumento dos impostos e o protecionismo.
Afinizo-me com os republicanos economicamente falando, em razão de sua retórica liberal e pouco intervencionista, mas politicamente são conservadores do tipo "sou careta, e daí?", antiquados, moralistas, belicistas e completamente despreocupados com o meio-ambiente (exceto o Schwarznegger lá na Califórnia, espero que mais partidários dele sigam tal tendência). Mesmo assim, alguns deles foram bons presidentes, como Abraham Lincoln e Ronald Reagan.
Os democratas, provavelmente, lançarão Hillary Clinton para a corrida presidencial do ano que vem. Gosto muito do discurso dela, e, ao que parece, ela anda atuando muito bem como senadora - e venceu o próprio Giuliani na corrida para o Senado de Nova York de seis anos atrás. Todos os escândalos pelos quais passaram os Clinton nos últimos anos não foram suficientes para despertar rejeição no eleitorado - felizmente, aliás, pois a vida privada do político não deve ser tão levada em conta quanto a pública, pelo menos para mim.
Caso tais pré-candidaturas sejam ratificadas, a eleição de 2008 promete bastante. Após a decepcionante Era Bush (que, a dois anos do fim de seu mandato, está com rejeição de 2/3 da própria população dos EUA), já estava mais do que na hora dos Estados Unidos da América terem um estadista que não fosse tão fraco ao ponto de ser execrado e desprezado pelo resto do mundo.