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Kaio

 

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10 maio 2006

Tópico pseudofilosófico

OK, vamos por partes. Dessa vez, com tópicos em números romanos, para dar uma falsa sensação de variação...
I - Estou em uma LAN House, atualizando o blog após quatro dias. Acabei de participar de um debate na escola sobre adolescência, com aquela mesma conversa fiada de sempre dos professores e da psicóloga convidada. Não aprendi nada realmente interessante, apenas concluí algo - as propagandas e as campanhas sobre sexo e drogas precisam ser mais inteligentes, criativas e realistas.
Isso não é novidade para ninguém, o problema é que é mais fácil para o Estado e para os publicitários a informação seca, com alguma coisa engraçada na propaganda, que divirta o jovem, mas não ensine coisa nenhuma para ele. "E daí que eu preciso usar camisinha? Vou me lembrar disso na hora?! Maconha é ruim? Bem, não foi isso que eu senti quando usei. Álcool causa acidentes? Olha, ainda não morri."
II - Mudando de assunto - O debate político virou uma guerra de extremistas. Procurando na internet a opinião das correntes ideológicas sobre a crise do gás natural entre Brasil e Bolívia, vi dois absurdos:
- Discurso da direita: embargo comercial! Invasão à Bolívia! Eles vão pagar caro por terem mexido com uma propriedade privada! O Brasil não pode deixar barato! Menos Estado, mais desenvolvimento!
- Discurso da esquerda: somos completamente a favor do Morales! Todo apoio à estatização! Ele vai criar empregos e diminuir sensivelmente a desigualdade social! Mais Estado, mais desenvolvimento!
Não consegui achar muitas vozes moderadas. Parece que, em crises, o lado totalitário de cada um de nós se revela - fato comprovado pelo entreguerras, notadamente após a Crise de 1929.
Acho, no entanto, que analisar a situação sem levar pelo lado emotivo pode ser a melhor solução. Minha sugestão para resolver a crise? OMC. Brasil e Bolívia devem sentar na mesa de negociações e achar algo viável e satisfatório para ambos os lados. Não considero que a situação seja tão grave ao ponto de uma boa e velha diplomacia seja dispensada. O problema é que os dois países são governados por estadistas notadamente incompetentes. Morales é porra-louca, inexperiente e imprevisível. Lula é demagogo, ambíguo e sem o pulso firme que poderíamos esperar de alguém que já foi um destacado líder sindical no passado. Aí as coisas se complicam mesmo...
III - Fiquei impressionado com a perplexidade que causei no pessoal da escola quando cheguei na 2ª feira com o cabelo beeeem diferente. Eu fui no cabelereiro e passei um monte de cremes para deixar meu cabelo mais solto e baixo. Só que todos pensaram que eu tinha feito escovinha, de tão... diferente que meu cabelo estava. "Kaio, você virou emo?", "Kaio escovinha! Kaio escovinha!", "O que você fez com o Kaio?", e por aí vai. Eu, entretanto, nem liguei muito para isso. Sempre tive o 'sonho' de ter franja na cara, e meu cabelo crespo sempre impediu a concretização do mesmo. Finalmente consegui o que queria - me olhar no espelho e dizer algo do tipo "Sim, esse é o Kaio que o Kaio gostaria de ser!", e comentários negativos não me incomodarão.
Talvez eu tenha surpreendido por ter demostrado essa vaidade quase narcísica, levando em conta que eu nunca liguei para minha aparência. Ou um mero e estúpido estranhamento de pessoas acostumadas à minha cabeleira bagunçada, quase à la Robert Smith. =D
[Conclusão do leitor - seria o Kaio um metrossexual saindo da casca? Hum, suspeito...]
IV - Espero encontrar um jeito de falar de uma maneira acessível para os alunos sobre filosofia e música nas aulas de História que eu darei quando tornar-me professor, daqui a uns 5 anos... meu objetivo é bem 'modesto' - "no primeiro dia de aula, eles lêem Harry Potter e ouvem tudo que as rádios impõem a eles. No último, serão leitores do pessimismo de Schopenhauer, realismo dostoievskiano e perspectivismo nietzscheano e ouvirão The Cure, Velvet Underground e Mutantes, hohohoho..."
Não, não pretendo manipular e doutrinar meus alunos... bem, não muito, pois eu entraria em contradição com as constantes críticas que faço a meus professores de Humanas. Acho que mostraria a eles tudo o que fosse possível sobre o assunto. Se interessar ou não, depende do aluno. Fazendo uma expectativa otimista, 10% dos estudantes vão gostar. Além do mais, o papel do professor é facilitar o aprendizado, e não delimitar todo o caminho do aluno, enfiar minhocas no cérebro dele. Nisso eu me espelharei nos meus professores que sabem melhor fazer isso...
V - Lendo "A Morte de Ivan Ilitch", do Tolstoi. Muito bom, por sinal, um retrato perfeito da decadência do ser humano, que sofre com a indiferença e o desprezo da sociedade, sem poder fugir de uma vida comum e rotineira, e que nem a sua morte consegue causar alguma comoção de seus semelhantes - no máximo, um interesse pela herança. O autor tem um estilo bem realista e cru, gosto disso.
Quando eu terminar de lê-lo, começarei ou "Vagabundos Iluminados" do Kerouac, ou voltarei ao "Idiota" de Dostoiévski (poxa, estou há 4 meses travado na leitura dele, por pura preguiça).

 

Comentários:

 

 

btf Kaio,

vc é um cara que eu admiro muito!
na minha opniao daria um professor gent boa, alem d tudo é esperto. Agora é so estuda pra ser o melhor no que faz!! vc vai vira esses professoresmito que tem em goiania,
esses cara ganha a maior grana fazendo piadas em aulas e pegando ex alunas. mas vc vai fazer mais, alem d tudo q eles fazem, vai literalmente dar aula tb !


Eu quero devolver o Acre para a Bolívia. Da putra vez, demos um cavalo pelo território. Desta vez, sou pela entrega do Acre e dou a mula do Lula de troco.


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