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Kaio

 

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21 abril 2006

Considerações kaionistas - parte 2

Pauta do dia - FILOSOFIA DE BOTEQUIM

Comentarei, a seguir, algumas obras que eu estou lendo - sim, adoro ler vários livros ao mesmo tempo, não consigo ficar preso em só um. Afinal, pedantismo é uma das artes mais apreciadas por minha pessoa.

- "Crítica da Razão Pura" (Immanuel Kant): esse alemão é um dos ícones da corrente filósofica "Idéias complicadas, mas que mudaram o mundo". Pensadores tão diferentes como Schopenhauer e Hegel foram influenciados por Kant. E não é para menos - ele consegue desenvolver muitos bem seus argumentos, sempre com muita coesão. Na obra, ele tenta achar um elo entre a razão absoluta (defendida por Descartes, por exemplo) e a razão empírica (maior expoente - John Locke). Boa parte do seu pensamento é sintetizado na seguinte frase: "A razão deve ir ao encontro da natureza, para ser por esta ensinada, é certo, mas não na qualidade de aluno que aceita tudo o que o mestre afirma, mas sim na de juiz investido das suas funções, que obriga as testemunhas a responder aos quesitos que lhes apresenta".

- "A República" (Platão): a Bíblia dos ociosos. Platão prova que o mundo é das pessoas que apreciam o ócio criativo, ou seja, que aproveitam o tempo livre pra discutir filosofia, política, ética, comportamento, leis, entre outros assuntos. O método da ironia de seu mestre Sócrates pode ser controverso, mas serviu para derrubar sofistas (apesar de que eu os admiro, por terem criado o pedantismo). Que venha a sofocracia!

- "O Idiota" (Dostoievski): ainda estou na página 116, mas já percebi alguns fatos notórios - 1. São centenas de personagens, vou demorar anos para decorar o nome e o apelido de todos eles; 2. A história é bem envolvente, tanto quanto a das obras primas do autor, "Crime e Castigo" e "Os Irmãos Karamazov"; 3. Míchkin é um Dom Quixote russo e epilético; 4. A análise psicológica que o autor faz de sua época é impressionante.

- "Lavoura Arcaica" (Raduan Nassar): personagens profundos, ritmo frenético (o autor não usa pontos para encerrar períodos, só vírgulas, o que dá uma sensação de ação contínua, sem pausas), enredo bem bolado, incesto, diálogos matadores... ah, se todos os livros fossem assim, o mundo seria bem melhor.

 

Comentários:

 

 

cuidado com a síndrome de stendhal querido.

seu cortex deve estar todo flagelado.como ler tantas filosofias reversas,armazenar,associar e colocar em prática todas elas?????????

é demais para meu humilde cérebro apenas entender.
boa noite então.


Caramba, vc nao confunde as histórias não?
Foda d+ isso!


Este comentário foi removido por um administrador do blog.


É, ler vários livros juntos é um risco à saúde. Só consigo canalizar minha concentração em um por vez, principalmente se tiver ilustrações bem coloridinhas =).


Lê vários livros ao mesmo tempo e não compreende nenhum. Só concordei com um de seus comentários: O Idiota realmente tem personagens demais. Mas você não entende Kant e entende Platão de modo errado. E Lavoura Arcaica tem, sim, muitas vírgulas, mas pra expressar DESCONTINUIDADE, e não um "ritmo frenético". Estude mais teoria literária antes de comentar.´

Há uma diferença entre pedantismo e burrice. Ao que parece, você não a conhece muito bem.


Hahahahaha... tecnocrata strikes back!
Ele não deixa ninguém ser pedante em paz, tadinho. Se ele pelo menos tivesse um blog pra que eu fosse lá comentar inutilidades... ah, eu ia adorar mandar mensagens do tipo "dorei seu post, bjos do seu miguxo".


Muito bem Kaio!!!Muito bem analisado!!

MatheusDória


Pelo jeito, tenho que repetir:

"Há uma diferença entre pedantismo e burrice. Ao que parece, você não a conhece muito bem."


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