17 maio 2017
Quando eu tinha sete anos de idade, desenvolvi minha obsessão pelo número 17. Sonhava em ter 17 anos de idade (o que foi uma profecia auto-realizada, pois foi uma das melhores épocas da minha vida - li muitos livros, passei no vestibular da UnB, comecei a morar sozinho em Brasília etc.); exultava com o fato de que minha data de nascimento dava 17 (29/6 -> 2 + 9 + 6 = 17); e 17 de Maio se tornou meu dia favorito do ano (pois eu também gostava do número 5).
Sendo assim, o dia de hoje, 17/5/17, na ótica do jovem Kaio, é profundamente cabalístico.
De fato busquei fazer com que hoje fosse melhor do que os últimos dias. Estou em Goiânia há duas semanas, tratando de uma infecção pulmonar, e minha rotina na maior parte dos últimos dias se resumiu a TV, computador, refeições e dormir. A situação mudou um pouco quando minha namorada veio me visitar, entre os dias 11 e 15; joguei muito Age of Empires III com ela.
A partir de hoje resolvi voltar a ler (embora tenha começado com o pé esquerdo: um texto sobre um tema interessante - "Merquior, Lévi-Strauss e a modernidade" - mas extremamente mal escrito; a autora Maria Heloísa Fénelon-Costa parecia querer imitar o estilo prolixo dos filósofos franceses e artistas de vanguarda que defende das críticas de Merquior) e a jogar Pokémon SoulSilver (resolvi logo o problema da Power Plant para poder acordar o Snorlax e liberar o caminho para Pewter, e assim ganhar as insígnias na ordem que eu quiser).
Essa doença no pulmão (cujos sintomas incluíam tosse, fadiga e febre) parece ser uma forma extrema do meu corpo de me avisar do meu sedentarismo e da minha mania de romântico do século XIX de ficar em ambientes fechados, pouco arejados. Vou precisar mudar bastante meus hábitos, inclusive alimentares. Talvez seja o passo que faltava para eu amadurecer; pena que tenha precisado chegar a esse ponto, mas espero que eu tenha aprendido a lição.
O artefato de cultura pop que mais aparece ao longo do meu dia é Os Cavaleiros do Zodíaco - desde o mangá que leio enquanto tomo os quatro comprimidos de manhã até o anime que assisto de segunda a sexta, às 20h, na Rede Brasil (aqui em Goiânia posso assisti-lo na TV, pois tem no pacote da GVT; lá no Rio eu via os episódios pelo streaming do site da emissora); às vezes também vejo a reprise, às 10h. A propósito, ontem acabaram as reprises e hoje será exibido o penúltimo episódio da Batalha das Doze Casas, uma das melhores novelas, digo, sagas de anime de todos os tempos.
P.S.: Escrevi esse post ao som de faixas que constavam na coletânea Rock Brasil, lançada pela Som Livre em 1996 e que ganhei do meu primo em 97. A compilação me apresentou clássicos como "Marvin" e "Homem Primata" (Titãs), "Inútil" e "Nós vamos invadir sua praia" (Ultraje a Rigor), "Fixação" (Kid Abelha) e "Envelheço na Cidade" (Ira!). Eu e minhas ondas nostálgicas... Semana que vem tem mais, afinal é o 20º aniversário do Acústico MTV dos Titãs.