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Kaio

 

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07 janeiro 2010

Nos (des)embalos de quinta à noite

Juro que gostaria de ter postado um texto antes, mas a Net não colaborou (longa história, mas envolve, p.ex., cortar o serviço por causa de uma conta de 2 reais). De qualquer maneira, aqui estou eu para meu primeiro post de 2010.

Vamos falar mais um pouco sobre o ano passado? Não a parte chata, eu prometo.
Literatura. Como já disse outra vez, li poucos livros na íntegra. Fiquei manjado em conservadorismo (Burke, Olavo de Carvalho, Paul Johnson), finalmente li Marx ("Ideologia Alemã" e "18 Brumário" inteiros, e trechos de outros para TS1) e Tocqueville ("Democracia na América", mas não inteiro, infelizmente), entrei no mundo junkie de "Christiane F.", deparei-me com "Alta Fidelidade" na hora e momento certos, passei semanas interessantes na "Nascente" de Ayn Rand, li duas novelas do Mann ("Morte em Veneza" e "Tonio Kroeger"), viajei com "Solaris"... e não muito mais do que isso. Ou seja, nada daquela aventura literária de que desfrutei entre 2007 e '08. "Tá, mas deu para você ler inúmeros artigos, textos curtos na faculdade" Whatever. Sinto que me deixei levar pela 'hangover', e ela durou um ano inteiro.
Música. Pula, já falei disso no texto passado.
Videogames. Ainda obcecado pelo VGChartz e seus relatórios de vendas. Ganhei um Nintendo DS, mas foi já em Novembro; portanto, no ano (e "paradigma", com o perdão do cientificismo) atual. Passa.
Televisão. Sinto-me constrangido por ter me passado tantos meses vidrado no BBB9. Adorei "Seven Ages of Rock", aqueles documentários da VH1 sobre a história do rock. Assisti bastante a "Arquivo X", principalmente as 2 primeiras temporadas. "Queer as Folk", gostei; "L Word", nem tanto (desculpa, dykes, mas, na comparação entre suas séries-símbolo, vocês perdem pros gays; tentem ser menos deprês e angustiadas na próxima vez, tá?).
Cinema. Foi o ano em que mais fui nele(s). Vi bastante coisa interessante; além dos já citados "Gran Torino", "Watchmen" e "Pagando bem, que mal tem?", fui ver "Benjamin Button" (não é uma obra-prima, mas merecia o Oscar), "Slumdog Millionaire" (bacana, porém superestimado), "Queime depois de ler" (engraçado e estranho), "Harry Potter 6" (nem li/vi os quatro anteriores, mas mesmo assim achei bom), "17 Outra Vez" (simpático), "A Festa da Menina Morta" (chato), "Coração Vagabundo" (Caê não revela quase nada, mas a música é razoável), "Efeito Borboleta 3" (terror basicão, mas tem seus bons momentos), "Brüno" (doentio e extremamente engraçado), "500 Dias com Ela" (um dos melhores do ano, embora a Summer seja graciosamente irritante), "Verdades e Mentiras" (um falso-documentário bacana do grande Orson Welles), "Garota Infernal" (divertido), "Tokyo!" (outro destaque, ótimas histórias sobre isolamento e alteridade) e "Avatar" (gostei da mensagem política, nem tanto do enredo, e os efeitos especiais são mesmo cool). Não vou citar todos do Cinema Político do PET (foram tantos...), mas posso dizer que os destaques foram "Albergue Espanhol" e "Contra a Parede".
Falando em PET, no início de Julho recebi a notícia de que havia passado na seleção. O primeiro semestre como petiano foi ótimo, muito embora eu e os outros novatos (e super-novatos, no caso daqueles que passaram no processo seletivo de Outubro) não estivéssemos integrados à pesquisa sobre Movimentos Sociais. Mesmo assim, ajudamos a comentar os artigos de nossos 'velhos' no fim do ano. As outras atividades compensaram isso: a extensão em Brazlândia teve alguns bons momentos (ok, foram raras as vezes em que deu para passar os filmes do CinePOL, mas tinha um Giraffa's lá do lado, então...), aprendi a jogar Magic com outros petianos, os debates eram quase sempre produtivos, conviver com 6 deles na casa da ANPOCS foi uma experiência bem divertida... E, a seleção do novo tutor foi um processo do qual tive o maior prazer de participar: o novo ciclo de pesquisas, sobre Formação e Desenvolvimento do Mundo Moderno, contemplará autores que eu queria muito ler (ex.: Huntington, North, Arendt) e outros que eu já conheço e aprecio muito (Hayek).
Iniciativas filosófico-literárias. "(Des)construção Psíquica" e Anfisismo em coma. Preciso de mais bagagem intelectual e vivência para poder ter uma corrente filosófica e/ou um livro publicado. Acho que nem preciso argumentar muito aqui, certo?
Festas. Saí muito entre Março e Maio, raramente entre Junho e Outubro (das poucas vezes, a melhor foi no Galleria; se bem que teve a viagem para Salvador em Julho...), toda noite na ANPOCS (encerrando, assim, 19 d.M.) e de volta à ativa no ano novo, entre Novembro e Dezembro (incluindo um fim de semana hilário às vésperas da volta para Goiânia, em que fui na Play! e na Landscape). 20 d.M. promete ser melhor.
Política. Aprendi mais sobre o pensamento conservador, mas não me seduzi pela retórica das 'tradições e costumes'. Continuo libertário, mas acho que deveria ter lido mais do que Ayn Rand e Nozick no ano passado, e feito mais ações condizentes com minha visão de mundo. Acho que fui até um pouco relativista moral em certos momentos, mas não a ponto de perder meu norte. Ah, sim, houve as eleições para o DCE e a Representação Discente. O grupo político do qual participo, a Aliança pela Liberdade, obteve uma votação expressiva em sua estréia: 17% dos votos para a RD. Somos o único movimento estudantil não-estatizante da UnB, e colocamos a excelência acadêmica e a identificação dos problemas concretos e cotidianos dos estudantes (e não bandeiras megalomaníacas e/ou equivocadas, como o Liberte Battisti) como focos principais.
Ex-namoro. São águas passadas, obviamente. Houve bons momentos, principalmente nas 3 primeiras semanas. Depois, virou uma irritante montanha-russa, em que nem eu nem ela soubemos ter maturidade e equilíbrio. Tentei de tudo para dar certo, mas a ANPOCS trouxe o inevitável desfecho para o relacionamento. Admito que aprendi bastante naqueles 5 meses e meio, e espero não cometer os mesmos erros na minha próxima relação.
Esportes. Rubinho me trouxe muita esperança na F1, mas, one more time, morreu na praia. Não acredito em azar, mas estou quase abrindo uma exceção para Barrichello, que experimentou tristes revezes quando estava mais próximo do título. Mesmo assim, o 3º lugar é uma redenção incrível para quem não venceu corridas (e nem teve bons carros) durante cinco anos. Outra frustração foi o Palmeiras, que, após meses na liderança, entregou o título de bandeja para o Flamengo e a Libertadores de mão beijada para o Cruzeiro. Há quem diga que Muricy foi boicotado pela diretoria, mas acho que o problema também passa pelo elenco, que apresentou várias deficiências - inclusive de preparo emocional.
Matérias: no 3º semestre, Política Brasileira 1 (um desastre, o professor era terrível), Teoria Política Contemporânea (sensacional, melhor disciplina que já fiz; até serei monitor no próx. sem.), Partidos Políticos e Sistemas Eleitorais (pesada, mas recompensadora), Teoria das Relações Internacionais 1 (decepção; as teorias de REL são meio frágeis epistemologicamente), Literatura Polonesa em Língua Vernácula (matéria leve e interessante) e História Social e Política Geral (despretensiosa, mas na reta final melhorou). No 4º, Estatística Aplicada (difícil e exigente, e aprendi bastante), Política Brasileira 2 (muito melhor que PB1, e adorei a parte sobre o regime de 1945 a 64), Teoria Sociológica 1 (de longe, uma das mais enriquecedoras) e Oficina Literária (os inúmeros feriados em segundas-feiras 'mataram' o ritmo, mas gostei da professora - e do texto que produzi, rs).
Por último, UnB. Foi um ano meio estranho. Gripe suína e greve, cada uma à sua maneira, adiando as aulas. No caso da última, situações bizarras como a CUT fechando as salas de aula após uma decisão tomada na calada da noite. Ameaça de expulsão dos cursos de POL e REL da FA, por força de uma tentativa de impor o REUNI sem ter estrutura para tal. Polêmicas no CAPOL, mostrando as fragilidades de uma chapa única (as eleições 'bipartidárias' no 2º semestre foram uma boa resposta a esse desafio). Em compensação, os 2 'Copóis' deram o ar da graça.

Na próxima ocasião, contarei a minha 1ª semana de férias brasilienses, com o curso de verão e tudo mais.

 

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