Eterno Retorno ou Uma Segunda Chance?
"Não existem coincidências, apenas simetrias." Eis o lema que César retirou de uma aula inocente sobre probabilidade e estatística. Pois bem, a sua vida parecia seguir este esquema. A mais recente prova disso é que ele iniciou o namoro com Cristine duas semanas depois do último COPOL (a grande confraternização futebolística de seu curso, Ciência Política), e terminou-o também 2 semanas antes da nova edição do torneio.
Muita coisa ocorreu nos seis meses que separaram os, digamos, Copóis. Além, é claro, das turbulências do namoro, César teve várias boas e más novidades. Entrou no programa de educação tutorial, melhorou a relação com a família e com seu room-mate Mário, permaneceu mais algum tempo em 'ressaca literária', afastou-se um pouco de seus amigos de curso (mas, em Outubro reaproximou-se deles) etc.
Está começando um novo ciclo? Ou a vida é mesmo linear, e eu estou tendo uma nova oportunidade de acertar os eixos e progredir?
Se eu aceitar a 1ª alternativa, faz todo o sentido: eu estava em um impasse no COPOL passado, à beira do fim de uma paixão e do início de outra, incerto sobre os êxitos acadêmicos a curto prazo e menos tranquilo e contente comigo mesmo do que o normal.
Pois bem, Novembro chegou, e estou em um momento parecido. Não tão angustiado quanto estava em Maio, é verdade; mas, ainda assim necessitado de reencontrar as forças para encerrar o ano bem. Estou praticamente livre da paixão que sentia por Cristine, porém esse restinho que ainda não extirpei ainda dói um pouco. Não sei o que fazer para eliminá-lo. Um novo relacionamento? Metas intelectuais e acadêmicas bem definidas (um jeito mais saudável de ser workaholic)? Sair mais com meus amigos(as)? Ou, sei lá, libertinagem e boemia, rs?
Vamos pensar sobre a outra opção. Os últimos seis meses inegavelmente trouxeram vários progressos para a minha vida. Com as devidas proporções, fiquei mais maduro e auto-consciente dos meus limites, além de menos misantrópico e pedestáltico. Mas, ainda assim poderiam ter sido semanas melhores. Fui omisso quando deveria ter tido iniciativa, agi precipitadamente quando deveria ter ficado quieto.
Pode-se dizer que ganhei uma segunda chance. Reconquistei minha liberdade, e agora posso utilizá-la para fazer escolhas melhores do que as que fiz anteriormente. Não necessariamente as coisas acontecerão rápida e intensamente, como em Maio; podem seguir um curso mais lento e cadenciado. O que, no entanto, não será algo ruim. Tudo depende de como eu vou lidar com as responsabilidade dos meus atos e decisões.
Ei. Prefiro pensar as coisas dessa 2ª maneira. Um eterno retorno significaria um eterno fracasso, e eu não acho essa uma perspectiva de vida muito animadora... Mesmo que a concepção linear seja uma ilusão, eu prefiro trabalhar com um cenário em que há alguma chance de "happy ending" do que me resignar à impossibilidade de ser feliz e satisfeito - seja lá o que essas duas palavrinhas signifiquem!
Estou até parecendo um existencialista de direita, hehe. E, amanhã já está chegando. Boa noite!
Muita coisa ocorreu nos seis meses que separaram os, digamos, Copóis. Além, é claro, das turbulências do namoro, César teve várias boas e más novidades. Entrou no programa de educação tutorial, melhorou a relação com a família e com seu room-mate Mário, permaneceu mais algum tempo em 'ressaca literária', afastou-se um pouco de seus amigos de curso (mas, em Outubro reaproximou-se deles) etc.
Está começando um novo ciclo? Ou a vida é mesmo linear, e eu estou tendo uma nova oportunidade de acertar os eixos e progredir?
Se eu aceitar a 1ª alternativa, faz todo o sentido: eu estava em um impasse no COPOL passado, à beira do fim de uma paixão e do início de outra, incerto sobre os êxitos acadêmicos a curto prazo e menos tranquilo e contente comigo mesmo do que o normal.
Pois bem, Novembro chegou, e estou em um momento parecido. Não tão angustiado quanto estava em Maio, é verdade; mas, ainda assim necessitado de reencontrar as forças para encerrar o ano bem. Estou praticamente livre da paixão que sentia por Cristine, porém esse restinho que ainda não extirpei ainda dói um pouco. Não sei o que fazer para eliminá-lo. Um novo relacionamento? Metas intelectuais e acadêmicas bem definidas (um jeito mais saudável de ser workaholic)? Sair mais com meus amigos(as)? Ou, sei lá, libertinagem e boemia, rs?
Vamos pensar sobre a outra opção. Os últimos seis meses inegavelmente trouxeram vários progressos para a minha vida. Com as devidas proporções, fiquei mais maduro e auto-consciente dos meus limites, além de menos misantrópico e pedestáltico. Mas, ainda assim poderiam ter sido semanas melhores. Fui omisso quando deveria ter tido iniciativa, agi precipitadamente quando deveria ter ficado quieto.
Pode-se dizer que ganhei uma segunda chance. Reconquistei minha liberdade, e agora posso utilizá-la para fazer escolhas melhores do que as que fiz anteriormente. Não necessariamente as coisas acontecerão rápida e intensamente, como em Maio; podem seguir um curso mais lento e cadenciado. O que, no entanto, não será algo ruim. Tudo depende de como eu vou lidar com as responsabilidade dos meus atos e decisões.
Ei. Prefiro pensar as coisas dessa 2ª maneira. Um eterno retorno significaria um eterno fracasso, e eu não acho essa uma perspectiva de vida muito animadora... Mesmo que a concepção linear seja uma ilusão, eu prefiro trabalhar com um cenário em que há alguma chance de "happy ending" do que me resignar à impossibilidade de ser feliz e satisfeito - seja lá o que essas duas palavrinhas signifiquem!
Estou até parecendo um existencialista de direita, hehe. E, amanhã já está chegando. Boa noite!