Até quando esperar
1. Após oito meses longe dos festivais de rock alternativo, fiz o meu retorno na etapa goiana do Circuito Decibélica. Ela foi realizada no Martim Cererê. Houve alguns shows interessantes, como os de Violins e Valentina, mas o motivo pelo qual eu fui foi outro: Plebe Rude. Isso mesmo, a lendária banda brasiliense fez seu primeiro show em Goiânia desde 94!
Foi uma performance inesquecível, que durou cerca de uma hora. A banda tocou várias do seu novo álbum, "R ao Contrário", mas não deixou de lado os seus clássicos; tanto que tocou todas as faixas de sua obra-prima, o debut "O Concreto Já Rachou" (1985). Ou seja, executatam ótimas canções como "Johnny vai à guerra (outra vez)", "Até quando esperar", "Proteção", "Sexo e Karatê" e "Brasília". Pulei, gritei e cantei muito durante a apresentação, rs.
Houve outros motivos para que a noite do sábado 27 fosse ótima para mim. Dancei em uma lounge que havia no palco Yguá (os shows foram no Pyguá) - um dos DJs mandou uma tracklist muito boa, que teve Primal Scream, A-ha, Happy Mondays, Scissor Sisters, Jet, entre outros. Só saí quando começaram a tocar umas músicas bem ruins, e voltei pros shows.
Além disso, encontrei vários colegas, e conversei com alguns deles por horas. De quebra, consegui compensar uma burrada que eu fiz (esqueci de pegar o dinheiro que minha mãe me emprestaria, e fui pro festival com pouco mais de 7 reais) e só tomei duas Coca-Cola. Quanto à alimentação, limitei-me às barras de cereais sabor chocolate e morango que eu havia levado.
Fui um dos primeiros a chegar, às 20h, e um dos últimos a sair, lá pelas quatro da manhã. Hum, isso é tão típico de mim, rs.
2. Faltam cinco semanas para o PAS, e meu colégio fez a sacanagem de marcar a maratona só para depois da 1ª Fase da UFG, ou seja, após o dia 18/11! Espero que meu autodidatismo sirva para alguma coisa. Não estou levando os estudos tão a sério quanto deveria, até porque as aulas estão cada vez mais entediantes e cansativas, mas continuo a marcar monitorias/agendamentos para as quartas e quintas à tarde.
3. Creio que a raiva por não ter ido no Tiiiiim Festival anda influenciando meu gosto musical. Por exemplo, Arctic Monkeys e Juliette and the Licks não saem do meu Media Player. Já escutei tanto Killers que (quase) enjoei. E estou pensando seriamente em baixar alguma coisa da Björk (conheço o som dela há praticamente 3 anos, mas nunca me viciei, talvez porque ouvido pouco).
Espero ter sorte diferente em 2008. Se continuarem trazendo artistas internacionais tão bons, os tempos de Hollywood Rock e Free Jazz serão em parte ressucitados, não acham?
4. Putz, a "Megalomania Psíquica" está a me possuir. Escrevi 4 páginas ontem e mais 4 hoje. E tudo porque consegui montar uma sequência bacana de fatos quando acordei ontem. Assim que peguei a folha de papel, comecei a escrever sem parar.
Na verdade, o trecho que eu escrevi nos últimos dois dias corresponde a alguns dos capítulos finais do livro. Diria até que, depois da 8ª página, o romance já estaria à beira do desfecho. Este, aliás, só vou escrever em Junho de 2008, minha nova data para encerrar o livro (pois é, acho que Set/08 está longe demais!). Agora tenho que gerar a coesão entre as outras 15 folhas que escrevi nas semanas anteriores; além de encaixá-las, tenho que me definir também sobre como será o começo e o miolo da história.
A propósito, pretendo publicar alguma coisa que já escrevi aqui em Racio Símio. Soon.
5. "Henry & June" é tão sensacional que acho que nem conseguirei resenhá-lo por enquanto, até porque ainda estou na página 110. Só vou dizer por enquanto o seguinte: ele é forte candidato a duas coisas: I - Um dos melhores livros que li nesse ano; II - Uma pequena ajuda para que eu consiga desenvolver o perfil psicológico dos personagens femininos de "Megalomania Psíquica", já que ele iniciará uma sequência de leituras que eu farei, as quais serão todas de obras que sejam escritas por mulheres ou tenham protagonistas fêmeas (por exemplo, "Madame Bovary" e "Anna Karênina"). Sim, sou pretensioso o suficiente para querer entender 1% da mente feminina. É como se fosse um laboratório para me auxiliar no romance.