[Meu Facebook] [Meu Last.FM] [Meu Twitter]


 

 

Kaio

 

Veja meu perfil completo

 

 

 

 

15 novembro 2006

Let's go out and have some fun!

A seguir, uma espécie de diário da minha viagem:

12 DE NOVEMBRO

Acordei 6h30. Cheguei no aeoroporto às 7h50. O embarque foi às 8h35.
Não nego que não fiquei bem nervoso quando o avião decolou. Resolvi aumentar o volume do discman e me "concentrei" na música do Elastica. Durante a segunda metade do vôo, coloquei o CD do Blur. Uau, é a banda perfeita para se ouvir em uma avião!
Após toda aquela típica burocracia de desembarque, chegamos no hotel lá pelas onze horas. Minha mãe, como eu esperava, ficou toda vislumbrada com o nosso flat. Aproveitei para assistir a um pouquinho de TV. Estava passando uma matéria sobre trekkers no Telecine Cult. Hilário!
Depois, fomos a pé até a Via Funchal. My mother, as I expected, acted just like a tourist, asking everybody where was the fucking Via Funchal and asking me to take pictures. Argh!
Pegamos os ingressos e depois fomos de táxi até o shopping Morumbi. Caramba, me assustei com a megalomania. Sério. Fiquei até meio triste e entediado com aquele exagero que parecia ser idiossincrático a São Paulo. Comemos em um restaurante japonês.
Melhorei meu humor ao me lembrar da possibilidade de concretizar meu sonho de achar CDs e livros que eu não acharia em Goiânia. Fomos para a Fnac, e eu encontrei o lado bom daquela megalomania. Uau, não demorei muito para achar vários discos fantásticos, e acabei escolhendo 3 - Substance (Joy Division), Permanent 1995 (Joy Division) e The Very Best Of (Velvet Underground). Comprei também três lançamentos de obras em formato pocket: Recordações da casa dos mortos (Dostoiévski), Os Subterrâneos (Jack Kerouac) e Sobre a brevidade da vida (Sêneca).
Após um lanchinho (infelizmente, esse diminutivo não se aplica ao preço), voltamos para o hotel. À noite, pouca coisa de interessante estava acontecendo, até que eu e a Débora falamos pelo telefone. Primeiro, eu liguei e foram 3 min de ligação. Depois, ela ligou e foram 10. Acabaram os créditos dela. Resolvi ligar novamente. Foi uma conversa ótima, tanto que, se a bateria do meu celular não tivesse acabo, eu jamais notaria que a ligação durou 30 minutos! A conta vai custar um absurdo, só essa conversa custará uns 65 reais...
Fui dormir ao som do New Order.

13 DE NOVEMBRO

Provavelmente, o melhor dia da minha vida.
O café da manhã estava delicioso. Eu e minha mãe fomos pela manhã na Galeria do Rock. Caramba, quantas lojas, quantas tribos! Havia de tudo para todas as tags - góticos, punks, emos, indies, metaleiros, glams...
Achei algumas lojas interessantes por lá. A Baratos e Afins tem um acervo monstruoso, mas os preços são bem altos. Acabei não comprando nada por lá. Na So What, adquiri, por apenas 14 reais, o The Queen Is Dead, dos Smiths! E na Rock Machine, além do vendedor simpático, haviam vários discos fantásticos... acabei levando 3 que eu procurava há tempos: Closer (Joy Division), Surfer Rosa (Pixies) e Blur (Blur).
O almoço também foi ótimo, e depois eu fui descansar um pouco, ouvindo JD no discman.
Acordei lá pelas 16h10, e fui me arrumar para ir ao show. Chegamos na Via Funchal um pouco antes das seis da tarde. A fila, para minha (positiva) surpresa, estava até pequena - provavelmente só umas 100 pessoas chegaram antes de mim. Sinal de que eu poderia ficar lá na frente...
Conversei um tempo com o pessoal que estava perto de mim na fila, até que abriram os portões duas horas depois. Corri e consegui ficar praticamente na barra de proteção. Yay!
Lá pelas 20h40, houve um agradável acontecimento - encontrei o Kurt, um amigo que eu conheci pelas comunidades do orkut! Batemos papo por um tempão. Foi ótimo, finalmente um amigo virtual meu se torna real também.
A banda de abertura foi o Maverick. Felizmente, eles foram populistas, e, além de suas faixas próprias, tocaram três covers - Enjoy the silence (Depeche Mode), Tainted love (Soft Cell) e Somebody told me (The Killers). Pra quem esperava um desastre, eu até achei razoável a performance deles.
Após um atraso de 45 minutos, finalmente o New Order iniciou o show. Delírio. Êxtase. A ceremônia de transmissão de vida e música se iniciaria.
- Crystal: início empolgante e vibrante. Destaque para o refrão.
- Turn: uma das melhores do novo álbum, mas não decorei a letra dela para o show, hehe.
- Regret: levou o público ao delírio. Belo riff de guitarra.
- Ceremony: após 3 orgasmos, veio o primeiro dos múltiplos. Incrível como, em uma só canção, tanta coisa pode se destacare! Bateria martelante, guitarra melódica, baixo envolvente, bons vocais, letra incrível...
- Who's Joe: funcionou como "música de descanso para uma nova levada de porradas clássicas", mas é muito boa. Acho que foi nela ou na anterior em que Peter Hook provou que é um showman. Eu fiquei a 3 metros de distância do deus do baixo! 3 metros! Talvez até menos do que isso quando ele foi ler o cartaz que o Kurt escreveu pedindo pra que ele tocasse Age of Consent (e, infelizmente, ele balançou negativamente a cabeça...).
- Transmission: sexto orgasmo, o 2º múltiplo. A primeira "100% Joy Division" a ser tocada! Eu dancei freneticamente (afinal, não é isso que a música pede no refrão?). Aliás, até imitei os ataques epiléticos do Ian Curtis, ao fazer a 'dança da mosca'! Me lembro que veio um cara que estava perto de mim comentar a minha "performance", hehe...
- Krafty: o single mais dançante do disco novo. Ficou melhor ao vivo do que em estúdio, por incrível que pareça...
- Waiting For The Siren's Call: uma baladinha adorável. Provavelmente a melhor do CD homônimo.
- Your Silent Face: surpresa! Poucos esperavam que essa pérola do Power, Corruption and Lies fosse ser executada.
- True Faith: na 10ª música do show, inicia-se a sequência dos 5 maiores hits do NO. Cantada em coro por quase todo mundo na platéia.
- Bizarre Love Triangle: clássica!!! Poucas canções são tão lindas e empolgantes como ela. A letra dispensa comentários de tão magnífica que é.
- Temptation: 3º orgasmo múltiplo. Putz, ela já era a minha favorita do New Order antes do show; agora, eu já não tenho mais nenhuma dúvida disso. Ela ficou impecável na apresentação! Dançante ao extremo.
- Perfect Kiss: a melodicamente mais serelepe do repertório da banda. "I know, you know, we believe in a land of love...". Seria o quarto O.M., se não fosse seguida por...
- Blue Monday: ... que, inevitavelmente, foi puro êxtase para os fãs. Engraçado notar que, de fato, ela é uma música que toca sozinha. Hook tocou bateria eletrônica, Morris programou os teclados, o tecladista/guitarrista convidado também, Barney fez uma "dança" (ainda não sei se aqueles passos bizarros dele podem ser considerados dança, hehe) e mandou ver nos vocais... era a última da setlist, mas ainda viria o bis.
- She's Lost Control: 5 minutos após o fim da faixa anterior, vem o encore. Bem, ela foi o 5º orgasmo múltiplo, primeiro porque eu não esperava que ela fosse ser tocada, segundo porque ela é uma das melhores do Joy Division, e terceiro porque ela é muito dançável! E repeti a 'dança da mosca'!
- Love Will Tear Us Apart: para fechar o show com chave de ouro, prata, bronze AND platina. Sexto e último dos O.M. Talvez foi a que o público mais delirou e cantou junto. Mesmo exausto, continuei dançando e cantando.
Acabou! 1h35 do show que, por muitos anos, será o melhor momento da minha vida. O sorriso estampado no meu rosto após o fim do concerto era a prova disso.
Peguei o número do celular do Kurt e me mandei. Eram 0h20. Eu e mamãe fomos para o hotel totalmente moídos, ainda mais depois da fila na saída.

14 DE NOVEMBRO
Após o breakfast, fomos para o aeroporto. Pouco antes de almoçar, comprei dois livros de bolso lá, e já comecei a ler um deles: "A Mensageira das Violetas", uma antologia de poemas da Florbela Espanca. Lá pelas uma e meia da tarde, fomos para o salão de embarque, aonde eu escrevi uns 60% desse diário de viagem.
O vôo, que estava marcado para 16h20, teve um pequeno atraso. O embarque foi às quatro e cinqüenta, mas o avião só teve autorização para decolar às 17h30. Repeti a dose, e ouvi meu novo disco do Blur. Caramba, não consigo entender o porquê de ele ter sido tão subestimado pela crítica... ele é bem melhor que o Parklife! Poxa, em um só álbum estão reunidas pérolas como Beetlebum, Song 2, Country Sad Ballad Man, M.O.R, On Your Own, You're So Great, Death Of A Party e Chinese Bombs!
Desembarcamos às sete da noite. End of trip. Yay!

 

Comentários:

 

 

Porra, demais!!! Um dia queria te ver dançar, aposto q meus passos são mais doidos q os seus!


Que bacana essa viagem. Ouvi muitos elogios ao show. Yay!


Nossa, essa Débora parece ser interessantíssima, afinal, quase uma hora de conversa, (se for pra contar tudo, incluindo as 5 ligações finais com restinho de bateria) tem que ter mto assunto!


estou só esperando o domingo, dia de grandes conversas...
E se eu te disser que não havia nada além da barra de ferro entre eu e o Hook?
heuheuheu
o set list foi o mesmo né?
=*** até mais


telecine cult no hotel, sorte sua


Postar um comentário

[ << Home]