01 março 2018
1º de Março é o dia do 45º aniversário de The Dark Side of the Moon, o melhor álbum do Pink Floyd - com menções honrosas para The Piper at the Gates of Dawn (1967) e Wish You Were Here (1975).
Não tenho muito o que acrescentar ao que escrevi no 40º aniversário deste álbum, no máximo uma citação do livro de John Harris sobre Dark Side:
"Há algo particularmente fascinante no fato de que o álbum que permitiu que o Pink Floyd se libertasse tenha sido parcialmente inspirado no destino de [Syd] Barrett. (...) Também não existem muitos exemplos de álbuns definidos por um conceito central que tenham se tornado tão duradouros. (...) O Pink Floyd, para seu reconhecimento eterno, optou por tratar de temas (...) universais, como morte, insanidade, opulência, pobreza, guerra e paz (...) que, por suas características, iriam manter sua longevidade muito depois que o disco foi finalizado - e o elo da banda desfeito." (HARRIS, 2006, pp. 8-17)
Hoje outro disco clássico fez aniversário. "The Dark Side of the Moon", a obra-prima do Pink Floyd, foi lançado em 1º de Março de 1973.
Durante os sete meses que passaram nos Abbey Road Studios, o quarteto produziu um álbum conceitual cujas comparações com "Alice no País das Maravilhas" ou "O Mágico de Oz" não são injustas: o disco é uma viagem psicodélica que agradou até quem não era fã de rock progressivo. Feito sob um clima menos tumultuado que outros discos da banda, aqui temos o auge criativo da parceria dos geniais Roger Waters e David Gilmour - sem, é claro, desmerecer as contribuições de Wright e Mason.
É difícil falar de destaques num álbum que foi feito para ser ouvido inteiro e de fato é perfeito do início ao fim. Porém, cabe dizer que "Breathe" (cujo tema é a alienação), "Time" (um tratado sobre a "quiet desperation" que é a efemeridade da vida), "Money" (repleta de ironias ao materialismo/consumismo) e "Brain Damage" (bela canção sobre a loucura; parece ser um tributo a Syd Barrett) são as minhas favoritas.