17/2: Eu e minha namorada fizemos nosso 12º colóquio. Falei sobre ideologias políticas (conservadorismo, liberalismo e socialismo) e ela, sobre o mangá "Lobo Solitário".
20/2: Terminei de ler o brilhante e denso ensaio A Teoria do Romance (Georg Lukács), que me ajudou a escrever 2 dos meus 3 trabalhos finais das disciplinas do 2º semestre do mestrado.
21/2: Consegui mais um grande feito em "Pokémon Black 2": venci todas as 10 áreas da Black Tower, e ao final derrotei Benga, o neto de Alder (campeão da Liga em Black/White 1).
Treinei bastante os meus pokémons, de tal forma que meu time final era assim: Latios lv. 81 (Dragon Pulse, Psychic, Thunder e Ice Beam), Kyurem lv. 81 (Imprison, Blizzard, Dragon Pulse e Ice Beam), Tyranitar lv. 81 (Stone Edge, Crunch, Earthquake e Brick Break), Rotom lv. 81 (Thunder, Hydro Pump, Discharge e Signal Beam), Zekrom lv. 81 (Fusion Bolt, Crunch, Dragon Claw e Fly) e Metagross lv. 80 (Meteor Mash, Psychic, Hammer Arm e Earthquake).
Na batalha decisiva contra Benga, obtive uma vitória extremamente fácil, 3x0: no duelo Latios x Latios, o meu McCartney atacou primeiro e derrubou seu parente com apenas um Dragon Pulse; para derrotar o Garchomp dele, bastou a Dave Bowie (Kyurem) usar um Ice Beam; por fim, o Volcarona dele até conseguiu tirar um pouco de dano da minha Siouxsie (Tyranitar), mas bastou um Stone Edge (e a Sandstorm) para abatê-lo.
22/2: Assisti ao ótimo filme "A Invenção de Hugo Cabret". Caindo num clichê das críticas sobre ele, direi que é uma bonita homenagem à história do cinema, rs. Fiquei surpreso ao ler um pouco sobre a vida de Georges Méliès e perceber que o filme foi bastante fiel (com toques artísticos, é claro) à intrigante biografia deste pioneiro da sétima arte.
24/2: 13º colóquio. Carol falou sobre o livro O Caçador de Andróides (aliás, horas antes aproveitei para ver o filme "Blade Runner", inspirado neste romance de Philip K. Dick) e eu, do meu futuro trabalho final de Teoria Sociológica 2, sobre Georg Lukács e Thomas Mann.
28/2: Em 1997, meu pai comprou um CD cuja capa era um garoto com testa franzida. Mal sabia eu que continuaria gostando deste álbum 16 anos depois...
Há trinta anos, em 28 de Fevereiro de 1983, o U2 lançava o seu melhor álbum, War. É o último disco de estúdio da primeira fase da banda, que ainda teria o ótimo ao vivo Under a Blood Red Sky, também de 83. Porém, dali em diante, a megalomania e a pregação humanitarista iriam transformar Bono Vox num chato de galocha e o U2 num clichê "arena rock".
Voltemos a falar de War. Temos aqui músicas engajadas que ainda soam sinceras e poderosas, como "Sunday Bloody Sunday" (sobre o conflito na Irlanda em 1971), "Seconds" (alusão à ameaça nuclear) e "New Year's Day" (sobre o sindicato polonês Solidariedade). Há também espaço para falar de amor em "Two Hearts Beat As One" e de religiosidade em "40".
1º/3: Outro disco clássico fez aniversário. The Dark Side of the Moon, a obra-prima do Pink Floyd, foi lançado em 1º de Março de 1973.
Durante os sete meses que passaram nos Abbey Road Studios, o quarteto produziu um álbum conceitual cujas comparações com "Alice no País das Maravilhas" ou "O Mágico de Oz" não são injustas: o disco é uma viagem psicodélica que agradou até quem não era fã de rock progressivo. Feito sob um clima menos tumultuado que outros discos da banda, aqui temos o auge criativo da parceria dos geniais Roger Waters e David Gilmour - sem, é claro, desmerecer as contribuições de Wright e Mason.
É difícil falar de destaques num álbum que foi feito para ser ouvido inteiro e de fato é perfeito do início ao fim. Porém, cabe dizer que "Breathe" (cujo tema é a alienação), "Time" (um tratado sobre a "quiet desperation" que é a efemeridade da vida), "Money" (repleta de ironias ao materialismo/consumismo) e "Brain Damage" (bela canção sobre a loucura; parece ser um tributo a Syd Barrett) são as minhas favoritas.
Nesse mesmo dia vi "Orgazmo", fime de 1998 dirigido e estrelado pelos criadores de "South Park". O enredo é bem formulaico, mas o filme tem momentos divertidos. Matt Stone mandou bem como o "queer" Dave; adorei a referência que ele fez a Depeche Mode, haha. Além disso, achei curioso o fato de eles terem chamado atores pornôs de verdade para interpretar os personagens ligados a esse gênero, como Chasey Lain e Ron Jeremy. Por fim, cabe ressaltar a boa e velha zoação ao bom-mocismo dos mórmons.
2/3: Eu e minha mãe ligamos para a Carolina, combinando de ela ver um quarto para mim em Copacabana. Ela gostou do que viu, então no mesmo dia fechamos negócio.
3/3: Décimo quarto colóquio, o último das minhas férias. Minha namorada falou sobre História da Arquitetura (mais especificamente, os estilos clássico/renascentista, maneirista e barroco) e eu, sobre o trabalho final para uma matéria da Letras/UERJ em forma de diálogo, sobre literatura e Schopenhauer & Niezsche, que publicarei aqui nos próximos dias.
4/3: Balanço da segunda temporada de "Girls": há algumas coisas meio inverossímeis, como o casamento-relâmpago da Jessa e a vida sexual da Hannah; além disso, não gostei do 3º capítulo (o do infame enredo da cocaína). Porém, gostei muito dos episódios 4 (Ray admite que está na pindaíba), 5 (a história de Hannah e o médico rico foi bem irônica, ainda mais com aquela pseudo-epifania) e 6 (mais uma vez Ray foi o destaque, mas gostei da hipocrisia mútua de Hannah e Marnie).
6/3: Derrota vergonhosa do Palmeiras na Libertadores. A equipe levou um gol do fraco e violento Tigres (ARG) no último minuto. As chances de classificação para as oitavas-de-final ficaram mais complicadas...
A boa notícia do dia veio do front gamístico: ganhei do Aderson minhas últimas partidas em Goiânia tanto no "Super Smash Bros." (estou ficando bom com o Luigi) quanto no "Pro Evolution Soccer 2013".
7/3: Dia de voltar ao Rio de Janeiro, após quase três meses em Goiânia. As férias foram muito boas; acho que me aproximei mais da minha família, e descansei bastante. A Carol me buscou no aeroporto, e fomos de táxi ao prédio em cujo quarto estou morando agora. Realmente é bem maior e melhor do que aquele em que morei em 2012; só o fato de poder usar a cozinha já é um avanço.
Este dia também foi o 3oº aniversário de "Blue Monday"; o compacto desta música foi lançado em 7 de Março de 1983. Além de ser uma das obras-primas do New Order, esta música é uma das mais influentes e importantes dos anos 80, e ainda soa atual. É uma dançante síntese de disco, eletrônica e post-punk.
Quando eu tinha quinze anos escrevi um texto sobre ela. Obviamente tem alguns trechos que hoje me soam meio exagerados, mas mantenho minha opinião em vários pontos, como esta frase de efeito: "O século 21 começou em 1983, com o lançamento do single 'Blue Monday', do New Order."
8/3: Mal cheguei no Rio e já tive um monte de coisas para fazer: paguei o aluguel; peguei o metrô em direção ao Maracanã, imprimi e entreguei um trabalho final na UERJ; matriculei-me numa disciplina de Letras ("Poéticas da Modernidade: Lukács, Benjamin e Adorno"); fui ao IESP almoçar com um amigo, pegar emprestado um livro, reencontrar o pessoal e ainda comparecer à 1ª reunião do Sociofilo; e, à noite, fui com a Carol na festa White Trash Party, no Espaço Acústica.
Ficamos meio frustrados quando tocou funk no andar de cima (supostamente dedicado ao rock), mas a boa discotecagem da minha amiga Nathalia (Two Door Cinema Club, Muse, Smiths, Strokes, Vampire Weekend etc.) mais do que compensou isso. Além disso, gostei da estrutura do Espaço Acústica, é bem espaçosa.
10/3: Aniversário do pai da Carolina. Ajudei ela e a irmã dela a preparar o nhoque.
À noite fui ao show do Salvador, banda de post-rock do meu amigo Hugo. Decidi definitivamente comprar ingresso para o show do The Cure; animei depois de bater papo com um taxista que ouvia Placebo e gosta de rock anos 80 (coisas que só existem no RJ, parte LXXX: taxistas com bom gosto musical). Entrei no táxi e, assim que ouvi o cover da banda de Brian Molko para "Bigmouth Strikes Again" puxei conversa.
Aliás, os concertos do Cure costumam durar três horas; é praticamente uma experiência religiosa. Nessa mesma noite também reencontrei uns amigos de Brasília que estavam "turistando" no Rio; convidei-os para ir ao show do Salvador comigo.
11/3: Concluí a leitura de Marxismo e Crítica Literária (Terry Eagleton). Este autor britânico escreve muito bem, e tornou interessante até mesmo um tema que não me apetecia muito.
Primeiro dia de aula - Teoria Sociológica 3. Dos autores que lerei na disciplina acho que gostarei mais de Margaret Archer (favor não confundir com a Thatcher, rs) e Bernard Lahire. E quem sabe eu comece a gostar de Habermas? Ele parece ser tão universalista quanto eu...
13/3: Segundo dia de aula, a primeira de Teoria Política 3. Será bom reencontrar Nozick e Hayek agora que já não sou tão empolgado com as idéias liberais/libertárias, e estou ansioso para ler os autores comunitaristas, como o MacIntyre.
15/3: Terminei de escrever meus trabalhos finais de Teoria Política 2 ("O Pensamento Conservador nas Considerações de um Apolítico") e Teoria Sociológica 2 ("As Vidas Paralelas de Lukács e Thomas Mann: Do Romantismo da Desilusão ao Humanismo Engajado"). Acho que ficaram bons, em parte devido às sugestões e comentários que minha namorada e dois amigos/as meus fizeram. Em breve postarei ambos aqui no blog.
Meu irmão do meio passou no vestibular para Engenharia de Minas (UFG). Parabéns, Fernando!
16/3: Eu e Carol fomos à Livraria Cultura que foi inaugurada recentemente no Centro. Passe(e)i horas por várias prateleiras, e por fim comprei Louder Than Bombs (uma das melhores coletâneas dos Smiths) e Fausto e a América Latina (coletânea de ensaios organizada por Helmut Galle e Marcus Vinicius Mazzari).
18/3: Aproveitando que minha namorada vai comigo ao show do The Cure, mas não conhecia muitas faixas da banda, fiz uma lista no Grooveshark com um top 30 do Cure, mesclando minhas favoritas com as mais famosas. Creio que o setlist ficou bem equilibrado; até fiz o sacrifício de deixar de fora três músicas da "fase gótica" das quais eu gosto ("At Night", "Other Voices" e "A Strange Day") para colocar três músicas mais recentes e que eles tocam freqüentemente nos shows ("Mint Car", "The End of the World" e "Sleep When I'm Dead"). Porém, todas as minhas prediletas estão lá: "A Forest", "Killing an Arab" (na versão Peel Sessions, que é a melhor), "Play for Today", "The Walk", "One Hundred Years", "Disintegration", "10:15 Saturday Night" e por aí vai.
19/3: Após meses procurando-o em sebos no Rio, finalmente comprei e comecei a ler Saudades do Carnaval: Introdução à crise da cultura (José Guilherme Merquior). O livro vem se revelando ainda melhor do que eu esperava; e olhava que eu já estava ansioso pelo fato de o tema central ser a evolução das Paidéias modernas. Por exemplo, adorei a explanação de Merquior sobre a relação do cristianismo com as seitas gnósticas e messiânicas, assim como a conexão entre isso e o conceito weberiano de "ascetismo intramundano".
20/3: Terminei de ver a 2ª temporada de "Girls", e pouco depois li um artigo inusitado sobre a série. Adorei as metáforas geopolíticas que o autor traçou a partir dos personagens do seriado: "The central journey in Girls is how immature people fumble their way toward maturity. The parallels to world politics here are surprisingly strong."
Por fim, tive minha primeira aula de Alemão depois de 5 meses. Guten Abend!