[Meu Facebook] [Meu Last.FM] [Meu Twitter]


 

 

Kaio

 

Veja meu perfil completo

 

 

 

 

05 julho 2010

Copa!

Com quase um mês de atraso, eis meu balanço sobre a Copa do Mundo:
- O fiasco da Azzurra: a Itália, seleção para a qual torço há cerca de uma década, teve um desempenho lamentável no Mundial da África do Sul. Com apenas 2 pontos em 3 jogos, terminou o Grupo F em último lugar. A equipe falhou em vários aspectos: defesa com furos, ataque sem pontaria, má escolha do elenco, excesso de veteranos e também de inexperientes (cadê a 'justa medida', Lippi?)... poucas vezes uma atual campeã defendeu tão mal seu título.
- A crise francesa: Les Bleus não foram nada bem em 2010. Além de resultados pífios nos amistosos (perderam até para a China), decepcionaram na Copa, com 1 empate e 2 derrotas. Tudo bem que o Grupo A era um dos mais difíceis, mas isso não é desculpa para atuações patéticas. Os desentendimentos do elenco, inclusive contra o treinador Domenech, foram um dos fatores para o mero 29º lugar da França.
- Inglaterra e a Ironia do Destino: quem diria, 44 anos depois os alemães foram vingados. Após um gol inexistente de Hurst que foi decisivo para o único título inglês, o mesmo país experimenta a injustiça de um gol legítimo nas mesmas condições (bola no travessão que quica) ser anulado. Porém, a má atuação no segundo tempo dá maior peso para a virtù que a para a fortuna neste caso, pois as falhas defensivas da equipe comandada por Fabio Capello foram um prato cheio para a Alemanha. Resultado? 4x1, e eliminação já nas 8ªs.
- A justiça na eliminação brasileira: quase apanhei dos meus amigos por ter externalizado esta opinião, mas não torci nem um pouco para o Brasil nesta Copa. Cheguei ao ponto de cruzar dedos no jogo contra a Holanda, nos lances de perigo do escrete canarinho. O fato é que a seleção de Dunga foi excessiva no 'treinamento militar'. Enfrentar a Globo é uma coisa, faltar com a eficiência em campo é outra. O "futebol de resultados" caiu na armadilha utilitária: fazer apenas o suficiente contra uma Holanda da vida é fatal. A virada foi merecida, ainda mais considerando o desequilíbrio emocional dos jogadores, já depois do empate. Tratar Felipe Melo como bode expiatório não é certo, pois quase todos no grupo tiveram sua contribuição negativa. Falta de criatividade no meio-de-campo, ataque medíocre (de que adianta fazer 3 em seleções ofensivas como o Chile, se é incapaz de enfrentar equipes defensivamente mais consistentes?), defensores falhando na "hora H", a ausência de um jogador que desequilibrasse, e por aí vai.
- A tragédia dos 'hermanos': a Argentina terminou a Copa 2010 em 5º lugar, uma posição à frente de seus rivais verde-amarelos; porém, a despedida foi, no mínimo, trágica. Maradona e seus comandados levaram 4 a 0 da Alemanha. Pag caro pelas falhas do sistema defensivo, que se revelaram superiores à qualidade dos meias e atacantes. Engraçado foi ver a imparcialidade da imprensa tupiniquim, com matérias que começavam com frases do tipo "Hahahahaha" (Globo Esporte, versão online). Recalque é pouco...
- O renascimento uruguaio: após quarenta anos, o Uruguai voltou a estar entre as 4 melhores seleções de uma Copa do Mundo. Forlán lidera uma equipe que teve vitórias heróicas sobre Coréia do Sul e Gana (Suárez e "o sacrifício da mão de Deus"), justificando plenamente o fato de, pela primeira vez desde 1954, serem a seleção latino-americana mais bem colocada.
- Espanha e as retrancas: se teve uma seleção que teve que enfrentar várias vezes o mesmo inimigo nesta copa, foi a Fúria. Três de seus adversários (Suíça, Portugal e Paraguai) apresentavam características parecidas, principalmente quanto ao estilo de jogo na retranca. Não surpreende que, em 5 jogos, os espanhóis tenham feito apenas 6 gols, mesmo que todos exceto um deles tenham sido do atual artilheiro da Copa, David Villa. Será que a equipe carimbará mais as redes em suas duas últimas exibições?
- Futebol-arte é com os alemães: surpreendentemente, o país que mais fez gols no Mundial (13) e que mais vem jogando um futebol bonito de se ver é a Alemanha. Tradicionalmente associada com o futebol-força, esta nação vem adotando uma postura diferente em África do Sul - 2010, baseada em uma defesa segura e em contra-ataques mortais. Porém, com a ressalva de que eles gostam de fazer gols, não se contentando com um 1x0 da vida. Tanto é que já aplicaram 3 goleadas, e têm dois vice-artilheiros (Mueller e Klose, 4 gols cada).
- Holanda, a minha torcida: já que os italianos foram embora, meu plano B para esta Copa era a eterna Laranja Mecânica. Por quê? Além da tradição, os holandeses iriam vingar a Azzurra (8ªs contra a Eslováquia) e tirar o Brasil da Copa, caso ambos cruzassem nas 4ªs. Dito e feito: duplo 2x1, e os holandeses estão na semi, mostrando um futebol equilibrado: são ofensivos (vide Sneijder e Robben), mas têm cuidado com a defesa. Tomara que vençam o Uruguai e voltem à final depois de 32 anos.

 

Comentários:

 

 

[ << Home]