Intercourse
1. Skins Party
Ok, isso parece clichê de comédia adolescente americana, mas vou aproveitar que estou sozinho em casa (minha mãe e meus irmãos, junto com quase toda a família dela, viajaram para Maceió) para dar uma festa. Porém, minha preocupação não é que dê muita gente (aquela coisa meio "Beverly Hills, 90210", de "chamei 10 pessoas, aumentou o boca-a-boca e vieram 200!"), mas sim o contrário - afinal, estamos na temporada de viagens, e muitos colegas meus estão fora de Goiânia. Eu não me importaria de ver a casa lotada, hehe.
Além disso, é a realização de um projeto que eu tenho desde, hã... o fim de 2005. Isso se refletia até nas minhas ficções sobre grupos de adolescentes, como em "Consternações", em que os protagonistas iam para uma festa 'indie-alternative-cult-geek' chamada Shadowplay (!).
Como a reta final de 2008 demonstrou-me que preciso ser uma pessoa mais prática e menos utópica, nada como aproveitar essa minha estadia em Goiânia, ainda mais nestas 2 semanas de 'home alone', para fazer algo divertido e fora da rotina TV-internet-livros. Então, leitores(as), vocês estão convidados a vir na festa. Como informa o 'folder', será no próximo sábado, a partir das 8 da noite. Para localizar a minha casa, siga este mapinha feito a partir do Google Maps:
2. Reading Festival
A despeito do trocadilho infame no título deste tópico, vamos falar de livros. Li 60 nesse ano, três a mais que no ano passado; mas, acho que já não há mais sentido nesses "levantamentos estatísticos transparentes", pois algumas pessoas podem pensar que estou sendo arrogante ao ficar arrotando quandos (e quais) livros li e tudo o mais. Tudo bem que sou mesmo um sujeito meio "cocky", mas, já que parei com muitas manias desnecessárias (ex.: ouvir faixas das bandas em números exatos para ter um top 50 do Last.FM mais organizado; programar dias e prazos para escrever textos que deveriam ser do meu 'ócio criativo'; catalogar tudo, desde estilos musicais até pessoas), esta também deve ser encerrada.
Mesmo assim, vamos nos despedir dessa mania com o último dos relatórios. Para completar aquele texto com minhas leituras do primeiro semestre, a seguir temos, em ordem cronológica, os livros que Kaio terminou entre 1º de Julho e 31 de Dezembro:
- "Escola de Libertinagem" (Marquês de Sade)
- "Dublinenses" (James Joyce)
- "Retrato do Artista Quando Jovem" (James Joyce)
- "Ulisses" (James Joyce)
- "Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano" (Plinio Mendoza, Carlos Montaner e Alvaro Llosa)
- "A Volta do Idiota" (Plinio Mendoza, Carlos Montaner e Alvaro Llosa)
- "A Insustentável Leveza do Ser" (Milan Kundera)
- "O Imbecil Coletivo: Atualidades Inculturais Brasileiras" (Olavo de Carvalho)
- "O Essencial von Mises" (Murray Rothbard)
- "A Mentalidade Anticapitalista" (Ludwig von Mises)
- "Ação Humana" (Ludwig von Mises)
- "Falhas de Governo: Uma Introdução à Teoria da Escolha Pública" (Gordon Tullock, Gordon Brady e Arthur Seldon)
- "Liberdade de Escolher" (Milton Friedman)
- "Tirania do Status Quo" (Milton Friedman)
- "Sobre o Anarquismo" (Nicolas Walter)
- "Quem é John Galt?" (Ayn Rand)
- "Grande Sertão: Veredas" (Guimarães Rosa)
- "Contos do Decameron" (Boccaccio)
- "O Falso Princípio da Nossa Educação" (Max Stirner)
- "Lavoura Arcaica" (Raduan Nassar)
- "Um Copo de Cólera" (Raduan Nassar)
- "Menina a Caminho" (Raduan Nassar)
- "Beijar o Céu" (Simon Reynolds)
- "Situacionista: Teoria e Prática da Revolução" (Internacional Situacionista)
- "A Alma do Homem sob o Socialismo" (Oscar Wilde)
- "Rei Lear" (William Shakespeare)
A partir de amanhã, tentarei começar uma trilogia de obras do Hermann Hesse: "Sidarta", "O Lobo da Estepe" e "O Jogo das Contas de Vidro".
3. Considerações Finais
18 d.M. (ou 2008) foi o ano em que descobri várias bandas ótimas (The Kinks, Maxïmo Park, The Fall, The Jam, T. Rex, Justice, Sebadoh...) e ainda redescobri outras (Paralamas do Sucesso, Breeders, Suede, Ultraje a Rigor, Portishead, Muse, Hives).
Também foi o período em que debutei na universidade. Foi uma experiência fantástica para mim, e não só pelo fato de estar morando sozinho em uma cidade tão cool que nem Brasília (enfim, o tripé autonomia, liberdade e responsabilidade), como também por fazer vários colegas, estudar boas matérias, expandir meu universo intelectual, lidar com novos desafios e objetivos, e por aí vai.
Este foi o ano em que mais me diverti. Minha vida social aumentou consideravelmente, (se bem que ela era mínima, então foi um salto a partir de uma base pequena, rs) porém sem prejudicar os estudos. Tive provas definitivas de que não sou o garoto anti-social e recluso que eu imaginava ser, assim como a certeza de que eu "apenas" me levo a sério demais, pois superestimo minhas teorias individualistas. Claro que minha "experiência de vida" ainda é curta, mas pelo menos agora vejo um futuro menos misantrópico para Kaio Felipe.
Por último, 18 d.M. simbolizou vários passos de minha parte em direção à pós-adolescência. Passei a ter atitudes e posturas (um pouquinho) mais maduras, assim como uma mentalidade que caminho no sentido de ser menos ideológica e "marca-posição" e mais transigente e serena. Ainda sinto os feitos do "corte epistemológico" que fiz entre Outubro e Novembro: após o auge do 'Kaio teórico', durante a leitura de "Quem é John Galt?" (que encerreu meu 'ciclo de clássicos direitistas e libertários'), veio a ANPOCS (further information in the next posts, okay?) e trouxe o que parece ser o início de um novo paradigma para minha existência. Claro que alguns vícios permanecem (como a própria linguagem pedante que adoto em meus textos), mas calma lá, não posso abolir minhas idiossincrasias, hehe.
Então, acho que posso parar por aqui. Até 19 d.M.!
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