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Kaio

 

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24 junho 2016

Rumo à final da Copa América e às oitavas da Eurocopa

A Copa América já tem os finalistas definidos e a Eurocopa avança às oitavas-de-final. Eis algumas observações sobre as equipes classificadas:
1) A Argentina vai à sua terceira final em três anos. A Albiceleste venceu com facilidade a seleção dos EUA por 4x0, com mais uma boa atuação de Messi (que fez um golaço de falta) e Higuaín (que fez 2 gols pela segunda partida consecutiva). A performance argentina foi tão dominante que os americanos sequer conseguiram dar um chute a gol! O lado negativo é a ausência de Lavezzi na final, após um tombo bizarro no qual machucou o cotovelo. Creio, contudo, que ele pode ser substituído por Agüero ou Lamela. A decisão da Copa América 2016 contra o Chile será uma revanche da final de 2015, na qual os argentinos perderam nos pênaltis justamente para os chilenos.
2) A seleção do Chile cresceu ao longo da competição, e nessa semifinal precisou de apenas 10 minutos para resolver o jogo contra a Colômbia. Embora tenha feito “apenas” dois gols (se bem que o 7x0 contra o México seria dificilmente repetido, até porque Pekerman não fez táticas suicidas como Osorio), o Chile manteve as virtudes do jogo anterior, como a velocidade e a intensidade. A seleção chilena também terá um desfalque para a final: Pedro Pablo Hernández, que foi prensado por dois jogadores colombianos e contundiu o joelho. Em compensação, Vidal, suspenso do jogo de ontem, estará de volta.
3) A última rodada da primeira fase da Euro teve altos e baixos. Por um lado o grupo F proporcionou 9 gols em 2 jogos: o eletrizante Hungria 3x3 Portugal, um duelo entre Cristiano Ronaldo e as falhas da defesa lusitana; e Islândia 2x1 Áustria, que teve gol nos acréscimos e uma comemoração estilo viking da torcida islandesa. Por outro, nos grupos A, C e E os jogos terminaram todos em 1x0 ou 0x0. Pode-se culpar o sistema de classificação, pois como avançam 16 de 24 equipes (ou seja, 2/3 delas) é possível que um time avance simplesmente empatando todos os jogos (Portugal) ou vencendo apenas um deles (Irlanda do Norte). Também se pode creditar essa escassez de gols ao desgaste típico de fim de temporada. Outro fator são as táticas defensivas das seleções menores. Enfim, bola para frente, afinal amanhã começa o mata-mata e certamente a média de gols subirá dos pífios 1,92 gols por jogo. Mal posso esperar pelas viradas, goleadas, prorrogações, decisões de pênalti etc. que as oitavas, quartas, semis e final nos reservam.
4) As duas chaves ficaram bem desequilibradas. O primeiro finalista sairá dos confrontos entre Suíça x Polônia, Croácia x Portugal, País de Gales x Irlanda do Norte e Hungria x Bélgica. Nenhuma dessas seleções já foi campeã da Eurocopa, embora entre elas haja três possíveis surpresas do torneio (Croácia, Gales e – após ela avançar no grupo empatada em pontos com a Alemanha, tive que dar o braço a torcer – Polônia) e uma seleção que precisa provar que é mais do que uma queridinha da crítica (Bélgica). Suíça, Portugal e Hungria correm por fora, e a Irlanda do Norte deve cair no duelo entre países cujas populações votaram diferente no referendo pela saída do Reino Unido da União Européia (em País de Gales o “leave” venceu, na Irlanda do Norte o “remain”). Cristiano Ronaldo que se cuide, pois a Croácia vem empolgada após vencer os espanhóis de virada.


5) O segundo finalista sairá de um chaveamento que concentra cinco equipes que já foram campeãs européias e/ou mundiais: Itália, Espanha, França, Alemanha e Inglaterra. Itália x Espanha é o confronto mais aguardado das oitavas-de-final, afinal pode ser a revanche da Azzurra pelas derrotas para os espanhóis nas Eurocopas de 2008 e 2012. Aposto na Itália, mas a partida deve ser emocionante, talvez com prorrogação e pênaltis. A França, ainda sem ter feito um grande jogo, enfrentará uma Irlanda com vontade de se vingar do toque de mão de Henry que os tirou da Copa de 2010. A Alemanha fez uma primeira fase pragmática e precisa vencer bem a limitada Eslováquia para chegar empolgada nas quartas, quando fará um jogo duríssimo contra italianos ou espanhóis. Por fim, os islandeses entram como azarões contra a Inglaterra, outra nação britânica cuja atuação é cercada de expectativas depois do resultado do referendo – aliás, foi muito simbólico isso ter acontecido justamente durante uma Eurocopa, torneio-símbolo da integração do Velho Continente.

 

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