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Kaio

 

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19 fevereiro 2009

Todo mundo dança na sua própria batida

Uau, a nova temporada de Skins está mesmo quente. Já vi os quatro primeiros episódios, além de alguns vídeos extra liberados pela E4 (como os Unseen Skins), e mal posso aguardar até o 5º episódio - que passou hoje na Inglaterra - ser legendado para baixá-lo.
O ep. 4 foi o melhor até agora, encaixando todos os elementos típicos da série (sexo e drogas em excesso, bom humor, problemas familiares etc.) da melhor maneira possível. Effy e Cook continuam sendo o centro das atenções - e conseqüentemente, pólos de confusão - , embora Emily e Naomi já estejam começando a mostras suas asas, JJ suas neuras, Freddie a sua personalidade 'sensível e protetora dos amigos' e Pandora passou a ter mais atitude. Ok, sem spoilers, mas fiquem de olho em uma cena que envolve o clássico-farofa "Livin' On A Prayer"!

Outro assunto: música. XTC e Roxy Music, pelo que já ouvi desde ontem, são bons mesmo. Estou vendo que 19 d.M. me reserva ótimas novidades musicais.
O disco novo da Lily Allen ficou bacana, tanto quanto o primeiro, embora siga por outros caminhos (no caso, a balada eletrônica). "The Fear" é candidata a obra-prima da moçoila britânica, e "Everyone's At It" e "Who'd Have Known" merecem ser singles.

Quem diria, peguei no tranco com "Crash". Acho que, ao contrário de Dezembro, época em que li as primeiras 80 páginas, estou mais animado a ler as descrições de acidentes automobilísticos e a conotação sexual (assim como a reflexão tecnológico-social) intrínseca a eles. Sei lá, talvez dê para terminá-lo amanhã ou sábado.

Ok, esta postagem precisa ter mais consistência. Vamos falar sobre meu livro então, certo? [Silêncio] Whatever. O fato é que, 8 dias atrás, quando eu terminei a leitura de "Sidarta" e comecei "O Lobo da Estepe", ainda achei tempo para, após tantos meses, voltar a escrever algo para "(Des)construção Psíquica".
Continua um lixo, mas pelo menos preenchi oito páginas, que serão a base para o primeiro capítulo. César continua soando como um nerd altamente prolixo, além de incapaz de viver a vida intensamente. Henrique, aquele com quem divide o diálogo (e a narração), parece um junkie arrogante, caricato e muito apegado ao passado. Ou seja, ambos deixam a desejar como personagens cativantes. Poxa vida, o que preciso fazer para começar a escrever um livro melhor? [Alguém na platéia diz: "Que tal ter alguma experiência de vida, para pelo menos saber contar algo que não seja do seu mundinho geek?"] É, tem razão. Droga.
Não é um mero acaso quando todos os seus escritores favoritos foram sujeitos porra-loucas, instáveis e que tinha feito muitas coisas (boas e ruins) dignas de servir como base para uma aventura literária.

...

Oras, Kaio, é a milésima vez que falamos nisso, mas você nunca aprende: jamais escreverá um livro bom se não tiver mais do que "anedotas que sirvam de exemplificação das teorias anfisistas e egoperspectivistas, assim como um acerto de contas com a adolescência praticamente vazia de experiências".

Pense na frase-título do post, que foi 'quotada' de Elizabeth Stonem. Todos nós temos individualidade e idiossincrasias, e seguimos no ritmo que aguentamos, certo? Mas, não estaria você desperdiçando sua juventude vivendo de maneira tão cautelosa e sistemática? Tudo bem que você até hoje se sentiu confortável nesse 'sistema' que impôs a si mesmo, mas até que ponto isso vale a pena? Será que você vai esperar até os 40, 50 anos de idade para dar vazão às suas personalidades menos intelectualóides e mais (autenticamente) libertárias? Pode ser tarde demais. Será 19 d.M. o ano em que você terá a coragem de quebrar a bolha em que você mesmo se colocou há tantos anos? Você terminará essa década do mesmo jeito que a iniciou, ou seja, solitário e alienado em um mundinho de 'cultura pop'? Vamos lá, cara! Você precisa (e, talvez, deva mesmo) mudar! Esse sujeito pouquíssimo espontâneo que você é precisa levar um choque de realidade!
Ok, eu, que sou um representante dos 5% de você que querem 'viver a vida', talvez não tenha sido claro sobre "como" mudar. Não, você não precisa virar um alcóolatra, drogado e ninfomaníaco; tampouco precisa começar a ir em festas que tocam música ruim e contêm pessoas desagradáveis apenas para 'se enturmar'. "Própria batida" se aplica bem aqui, afinal você não precisa cometer excessos para se divertir mais do que está acostumado. Quem sabe, até aquilo que você tanto preza (a abstinência em relação a drogas) possa ser mantida, e mesmo assim você ter experiências bem mais incríveis do que baixar a discografia de uma banda shoegazer, comer bolo de chocolate enquanto vê algum seriado americano ou ler em ordem cronológica três obras de um autor irlandês. A vida tem mais a lhe oferecer!
Você pode sofrer mais, como 'preço a pagar' por se arriscar a ser mais feliz? Óbvio. Porém, é isso que faz de nós humanos, e não essa "zona cinza" emocional em que você vive: nunca triste, mas jamais satisfeito consigo mesmo. Eu meio que acabei de resumir o que nós dois (e várias outras de suas personalidades) sentimos depois de ler "O Lobo da Estepe" - se bem que outro livro, ou mesmo filmes e músicas poderiam ter feito o mesmo. Vamos lá, você vai ou não parar de se levar tão a sério?

Quando estiver pronto, é só se levantar dessa cadeira e correr atrás. Agora, com licença, que eu quero dormir (afinal, esse é o máximo de emoção que sinto quando tenho de conviver com esses 95% de caretas). See ya!

 

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