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Kaio

 

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03 janeiro 2007

I hope, I think, I know

A egomania é realmente a responsável pela minha liberdade. Hoje mesmo foi um dos dias em que eu tive uma daquelas 'epifanias'.

Wake up. 14h30. Sala de cinema. O filme "Cassino Royale" vai começar em alguns instantes. Será que é realmente bom? A sessão está bem vazia, não há mais de 15 pessoas por aqui. Oba, posso sentar na fila central e ocupar três cadeiras, uma pros meus pés, outra pra minha bolsa/mochila e pra pipoca e outra para mim e a Coca-Cola (em copo de 1L! Uau, adorei essa 'novidade').

Wake up. 17h10. Acabou o filme. Eu adorei. Inteligente, vibrante, divertido. Tudo que se poderia esperar de uma película da franquia 007, mas que já não se via há um bom tempo. "Cassino Royale" é o melhor desde o genial "Goldeneye 007". Daniel Craig, o novo Bond, se encaixou perfeitamente com o papel, livrando o filme daquele excesso de, digamos, 'cafonice' que havia no papel nos tempos de Pierce Brosnan. Vários motivos me levaram a considerar o filme muito bom - o bom enredo do livro no qual foi baseado (o homônimo de Ian Fleming), as boas atuações, as ótimas cenas de ação, os diálogos sensacionais (é até difícil escolher o melhor, mas voto no entre Bond e Vesper no avião) e também porque quem assiste a um filme d0 007 não espera enredos verossímeis (e se espera, é no mínimo um idiota).

Wake up. 17h30. Comprei um CD do Oasis, "Be Here Now". É o melhor disco do conjunto, sem dúvidas. O mais egocêntrico, longo, psicodélico e pretensioso dos álbuns da banda, recheado de ótimas canções como "D'You Know What I Mean", "Stand By Me", "Fade In-Out", "All Around The World" e "It's Gettin' Better (Man!!)".
Também comprei o livro "Uivo", do Allen Ginsberg, um dos mais importantes dos beatniks. Só de ler as primeiras páginas já notei que é uma obra fantástica, com todos aqueles pensamentos torrenciais, espontaneidade e frases longas e contagiantes que são típicas dessa cena literária.
Música e literatura são duas das minhas maiores paixões; ah, nada como comprar um CD e um livro dos quais eu tenho plena consciência de que eu vou adorar. E escrever a respeito deles, hehe.

Wake up. 18h30. Vou até o quintal e vejo a chuva torrencial (adoro repetir um adjetivo usando-o para outro substantivo, hehe). De alguma maneira, sinto-me livre. Depois vou até o banheiro e olho-me no espelho e começo a falar com meu reflexo. Sim, eu me adoro. Me adoro tanto que preciso tentar ser um pouco triste para continuar me amando. Fazer posts como o passado são sempre necessários. Preciso dar toques de existencialismo na minha vida para me reencontrar.
Quando se está feliz, tenta-se usufruir de alguns momentos da tristeza para voltar à felicidade, só que com ela mais aguçada ainda. Lênin, ao se referir à NEP, disse que daria um passo para trás para dar dois para a frente (acabou nem dando esses passos, pois, depois de sua morte, Stálin quebrou as pernas da URSS). Eu fiz mais ou menos a mesma coisa nos últimos 3 dias. Abalei minha auto-estima para fortalecê-la.
Claro que eu continuo o mesmo - não me acho nem um pouco atraente para as fêmeas (não duvido que elas me acham meio afeminado e estranho, e com toda a razão, hehe), mas paciência. Enquanto ninguém me ama, eu me encarrego de fazer isso. E eu sei me amar como nenhuma garota até hoje o soube. E torço para que, qualquer dia desses, alguma o saiba.

Wake up. 19h30. Estou escrevendo o post que iniciei há pouco mais de meia hora. E continuo com essa alma libertária que readquiri em 3 de Janeiro de 2007. Agora quero saber o que fazer com essa liberdade que está em minhas mãos. Já fiz a primeira coisa que poderia fazer para aproveitá-la: escrever.
Claro que isso é apenas o início. Ainda há todo um caminho que eu poderei trilhar com essa liberdade reconquistada, e vou ir pensando nos próximos dias sobre como fazê-lo. Matéria e alma se uniram nesse processo. Eu precisei assistir a um bom filme, (começar a) ler um bom livro, ouvir boa música, tomar um bom milk shake (ah, não tinha falado antes, mas o chocolate também foi útil, hehe) e olhar para uma boa chuva para voltar a me encontrar. I feel fine.

 

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Wake up =)


"Há muitas coisas no seu coração que você nunca pode dizer a outra pessoa. Elas são você, suas alegrias particulares, suas tristezas, e nunca podem ser contadas. Se as contar, você estará barateando-as, barateando a si mesmo." (Greta Garbo)


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