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Kaio

 

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04 abril 2006

Resenha - On The Road

Raros foram os livros que influenciaram tanto um século quanto "On the road". Quase todos os movimentos culturais, políticos e musicais dos últimos cinqüenta anos, de alguma maneira, foram inspirados por essa obra – como exemplos, temos os punks, os hippies, os beatniks e a contracultura em geral.
E não é para menos – Jack Kerouac fez uma estória vibrante, e demonstrou, com perfeição, a efervescência juvenil do final entre o final dos anos 40 e início dos 50, que seria levada ao extremo nas décadas seguintes. Para isso, ele viajou por seis anos pelos Estados Unidos afora, de norte a sul, de leste a oeste; quase todos os personagens do livro são baseados em pessoas que ele conhecia – Neal Cassady (lendário andarilho americano) é o porra-louca Dean; Willian Burroughs (autor de "O almoço nu") é Old Bull Lee, um sábio morador de Nova Orleans; Carolyn Cassady (esposa de Neal e amante de Jack) é Camille, uma das mulheres de Dean; e Kerouac se assemelha muito ao protagonista, Sal Paradise.
O escritor não poupou detalhes no texto – foram relatadas várias viagens, shows de jazz, comportamentos libertinos, brigas, experiências com drogas, e muito mais - coisas que, para a época, soavam revolucionárias, inusitadas, insanas, afinal, eram os primeiros brancos que realmente tinham essa atitude perante a sociedade (tanto que eram chamados de "blanc nègres"), e foram considerados a "geração beat", os "vagabundos iluminados".
O realismo do livro foi, talvez, o principal motivo para a demora da publicação do mesmo, que só veio em 1957, seis anos após concluída e após muito esforço do autor. O conservadorismo da sociedade, no entanto, não impediu o sucesso da obra. Leitores famosos não faltaram – Bob Dylan, após lê-lo, fugiu de casa; Jim Morrison fundou a banda The Doors; Beck decidiu virar cantor; Francis Coppola, Johnny Depp e Gus Van Sant já tentaram produzir um filme baseado na obra. E por aí vai.
"On the Road – Pé na Estrada" é, acima de tudo, vibrante. Quem o lê não consegue parar até concluí-lo, de tão empolgante e envolvente que ele é. A sua "prosa livre", uma das características mais marcantes do texto de Kerouac, só reforça esse fato. Leia e comprove.

Kaio Felipe leu On The Road no Natal de 2005, e gostou tanto do livro que o terminou em apenas 3 dias. Foi o melhor presente que o Papai Noel poderia ter dado para nosso caro amiguinho.

 

Comentários:

 

 

Crítica insossa. Nada de novo. Já li parecidas em diversas revistas. Carece de aprofundamento.


Ótimo. Traduz fielmente o conteúdo brilhante do livro.

A respeito do filme, o Meirelles irá grava-lo. Procure na internet e encontrará.

Abraço!


Ao anônimo 1: o Marcelo, covarde que é, ficou no anonimato para que eu não soubesse quem fez o post. Não era uma crítica sobre o filme, mas apenas uma resenha despretensiosa, meu caro. Se você se julga tão genial e melhor do que eu, por que não revela quem é?
Ao anônimo 2: obrigado. Poxa, pensei que era só boato que o Meirelles iria gravá-lo. Que ótimo.


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