It's Getting Better (Man!!)
I - Ok, já se passaram as "48 horas de euforia" subseqüentes à confirmação de minha aprovação. Prometo que este será o último post sobre tal assunto. Bem, pelo menos o último sobre o vestibular, pois a partir de agora só vou falar sobre universidade, hehe.
Então, a UnB divulgou ontem o boletim informativo. Como se esperava, as médias despencaram: as de Língua Estrangeira pela primeira vez foram quase as mesmas (12,9 Espanhol, 14,6 Inglês, 15,5 Francês), Humanas foi 48 e Exatas, 27,7.
Com essa queda das médias, diminuiu também o desvio padrão. Resultado? Os argumentos dispararam!
Para Ciência Política, por exemplo o arg. mínimo foi 184 e o máximo, 280.
Como eu tirei 251,2, isso só quer dizer uma coisa: eu muito provavelmente fiquei entre os cinco primeiros colocados para POL! Yay!
Além disso, fui conferir na calculadora de argumentos atualizada, e constatei que eu também passaria - e com folga - com a nota que tirei quando fui aprovado no meio do ano passado (24/95/48), cujo escore bruto é doze pontos inferior ao que obtive na prova 1/2008!
E não é só isso: como o argumento mínimo para Relações Internacionais, o quarto maior de todos (só perdendo para Medicina, Direito e Ciência da Computação), foi 257,3, isso quer dizer que eu precisaria de só mais 6 pontos no argumento (ou seja, uns 3 a mais no escore bruto) para passar até para REL!
Pronto, mais um motivo para ficar aliviado. Meu desempenho foi muito melhor do que eu precisaria para passar, o que definitivamente prova a eficiência de meus métodos. Aproveitar o segundo semestre para ler cerca de 40 livros (somando-os com os 17 do primeiro, totalizei 57), começar a escrever um livro e gastar várias horas diárias na internet realmente não atrapalhou meu estudos. Aliás, foi algo extremamente benéfico para mim, pois enriqueci muito os meus conhecimentos nos últimos seis meses de 2007.
II - Se algum dia lhes perguntarem o que é o Anfisismo, eis uma sugestão de resposta, bem verborrágica:
"Ah, é uma filosofia criada por Kaio Felipe. 'Anfi' significa duplicidade, que é uma palavra-chave para entender o Anfisismo, visto que é uma linha de pensamento que acredita na, digamos, coexistência de conceitos aparentemente paradoxais e contraditórios (por exemplo, idealismo e realismo, individualismo e altruísmo, liberdade e autoridade etc.).
Digamos que é uma filosofia meio cosmopolita, i.e., que prega não a oposição e a dialética, mas sim a compreensão e o respeito às idiossincrasias e particularidades."
Enfim, enquanto eu não escrevo um livro (ou mesmo um ensaio) mais detalhado sobre a minha filosofia, o jeito é dizer que ela existe, e explicar o básico.
III - Falando em "coisas que eu criei", vamos falar um pouco sobre "Megalomania Psíquica".
Como se sabe, o livro será um romance polifônico com toques autobiográficos (adoro essa definição, rs). Seu enredo buscará trabalhar com temáticas como amadurecimento, amizade, questões filosóficas, 'acerto de contas' com a própria adolescência do autor, individualidade etc.
Como eu havia dito há algumas semanas, se eu passasse no vestibular, os seis personagens também passariam. Ou seja, eles vão poder mudar de cidade, e abordarão os primeiros meses de faculdade em certos capítulos!
O desafio é terminar o livro até o fim de 2008, o ano que, enfim, começou para mim. Sim, é verdade que eu planejava concluí-lo até Junho, mas não acredito que conseguiria terminar um romance em tão pouco tempo. Creio que 10 meses seria um prazo mais realista.
IV - Agora, leituras. Já concluí cinco nos últimos dois meses ("As Portas da Percepção", "Laranja Mecânica", "Do Contrato Social", "Discurso da Servidão Voluntária" e "Depressões Econômicas: A Causa e a Cura Delas"), e estou lendo dois outros simultaneamente: "Teoria do Caos" e "Intervencionismo". Se eu conseguir terminá-los até amanhã, já tenho os dois próximos: "O Abolicionismo" e um e-book que descobri no Libertyzine: "Direito Natural; ou A Ciência da Justiça", de Lysander Spooner, um anarco-capitalista americano do século XIX.
É verdade que eu acho o anarco-capitalismo um pouco radical demais para ser a corrente de pensamento mais próxima da minha. Mesmo assim, procuro equilibrar as influências sobre minhas idéias políticas e econômicas entre ele, o liberalismo da Escola Austríaca e outras ideologias que estejam no quarto quadrante, ou seja o libertarianismo de direita.
Minha visão de mundo é esta há pouco mais de 2 anos, e estou me aprofundando cada vez mais, mas sem cair no sectarismo. Aceito bem as opiniões de conservadores, nacionalistas, social-democratas e socialistas, embora discorde deles em vários pontos. Por exemplo, como eu disse em posts sobre a eleição nos EUA, eu ainda estou em dúvida se devo apoiar republicanos ou democratas. Ambos têm prós e contras que precisam ser levados em conta.
Também tenho lá minhas preocupações com os pleitos no Brasil, até porque nenhum partido político chega sequer perto da minha linha de pensamento. Lembro-me que, na eleição passada, fiquei em dúvida até o último dia do segundo turno sobre quem gostaria de ver no poder: Alckmin ou Lula. Na última hora, eu estava ligeiramente inclinado a achar o PSDB um "mal menor", mas isso não muda a minha opinião de que tucanos e petistas estão bem próximos no espectro ideológico.
Enfim, talvez no próximo teste comentarei sobre os livros que estou a ler.
V - Para fechar por hoje, uma curta reflexão sobre algo em que eu pensei ontem: será a segunda vez em minha vida estudantil em que irei para uma nova etapa sozinho. Trocando em miúdos, eu irei para a UnB sem ter nenhum(a) amigo(a) que estudou comigo no Ensino Médio ou Fundamental (a exceção é um colega que estudou comigo no 3º ano, mas ele passou para História).
A primeira vez em que algo assim ocorreu foi quando, no 1º ano, comecei a estudar em uma escola sem nenhum colega meu de 8ª série ou qualquer uma das anteriores. Foi um tremendo recomeço, e não nego que demorei até fazer novos amigos. Em compensação, foi uma decisão mais do que sábia, pois pude reconstruir meu círculo de amizades e dedicar muito mais tempo a mim mesmo, seja com leituras, debates, estudos, e por aí vai.
Mudar de cidade é uma experiência que eu aguardava há tempos, e estou confiante de que não me decepcionarei com Brasília.
Por hoje é só.