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27 junho 2016

Chile bicampeão da América e Euro avança às quartas

1. A final da Copa América de 2016 teve o mesmo desfecho de 2015: mais uma vez o Chile levou o jogo para os pênaltis, e mais uma vez venceu. O bicampeonato chileno é a prova de que a equipe montada por Sampaoli continua forte e coesa, e há muito mérito do técnico Pizzi em conservar e até aprimorar características desta seleção (p.ex., ficou mais ofensiva). Além disso, o meia Vidal, o atacante Vargas e o goleiro Bravo estão entre os melhores jogadores da competição. Nas duas primeiras partidas (derrota para a Argentina por 2x1 e vitória suada contra a Bolívia pelo mesmo placar) eu ainda duvidava que o Chile chegaria sequer à semifinal, pois acreditava que ainda estavam em transição pós-Sampaoli e iriam perder nas quartas para o México, que vinha de uma vitória empolgante contra o Uruguai. Pois os chilenos não só aplicaram uma goleada histórica nos mexicanos, como também bateram os colombianos na semi e superaram os argentinos, favoritos ao título. O Chile pode, enfim, ser considerado uma potência do futebol mundial.
2. A Argentina é tri-vice (ou hepta, se considerarmos as sete finais perdidas desde 1995). O enredo das três derrotas em final desde 2014 guarda várias coincidências, pois pela 3ª vez: Higuaín perdeu um gol feito no 1º tempo; a Argentina jogou melhor no tempo normal, mas perdeu fôlego na prorrogação; a Albiceleste passou a final sem fazer gols; e Messi mostrou sua desolação no desfecho. Das três derrotas creio que esta foi a mais dolorosa, pois a Argentina vinha fazendo uma Copa América impecável: estreou bem contra o Chile e goleou Panamá, Bolívia, Venezuela e até os donos da casa, EUA. Nos primeiros minutos da final parecia que iria vencer. O que se seguiu pouco depois do gol perdido de Higuaín, porém, foi uma derrota psicológica para o Chile, que crescia em moral à medida que o jogo avançava; tanto é que a expulsão do chileno Díaz foi quase imediatamente seguida pela do argentino Rojo, e a Albiceleste em vários momentos parecia ter mais receio de tomar um gol do que coragem de se arriscar a fazer um. A punição pelo nervosismo veio nos pênaltis, com um chocante pênalti à la Baggio de Messi e a defesa de Bravo na cobrança de Biglia. Embora tenha uma de suas melhores gerações de jogadores (não só Messi, mas também Agüero, Higuaín, Romero, Di María etc.), a Argentina continua seu doloroso tabu de títulos. Resta saber se, no Mundial de 2018, caso avancem à final, manterão o equilíbrio emocional para enfim acabar com essa incômoda tradição de vice-campeonatos.
3. A Eurocopa melhorou seu nível técnico nas oitavas-de-final e avança para as quartas com tudo o que eu esperava: jogos decididos na prorrogação (Portugal 1x0 Croácia) ou nos pênaltis (Polônia 5x4 Suíça), goleadas (Bélgica 4x0 Hungria), viradas (França 2x1 Irlanda) e até uma zebra (Islândia 2x1 Inglaterra). A média de gols subiu para 2 cravados, mas ainda pode melhorar para pelo menos superar os 2,06 gols por jogo de 1996.
4. O duelo Itália 2x0 Espanha foi um jogaço, embora, ao contrário do que eu previa, não tenha precisado ir além dos 90 minutos, pois a Itália, tal como havia feito contra a Bélgica (e tantas outras vezes, rs), resolveu o jogo no primeiro tempo, agüentou a pressão e marcou o segundo nos acréscimos. No início da partida a Azzurra anulou taticamente a Espanha, que viu seu “tiki-taka” ruir diante da intensidade italiana, que não cedeu a posse de bola aos espanhóis e mostrou muito mais eficiência no ataque. Após várias defesas de David de Gea, os italianos enfim marcaram com Chiellini, no rebote de uma falta cobrada por Éder. No 2º tempo, a Espanha abriu mão do “tiki-taka” para jogar na base da velocidade e do “chuveirinho”, mas foi parada pela boa marcação italiana e pela segurança de Buffon. Nos acréscimos, o castigo final: em contra-ataque certeiro, a bola sobrou para mais um voleio de Pellè. A Itália vem empolgada para a partida contra a Alemanha, que venceu fácil a Eslováquia (3x0, mas poderia ter sido mais se o goleiro Kozáčik não tivesse feito tantas defesas), tem um elenco melhor (Kroos, Özil, Müller...) e um técnico que faz ótimo uso do esquema tático 4-2-3-1. Há, porém, um tabu em jogo: os alemães nunca venceram os italianos em Eurocopas ou Copas do Mundo. Em Copas perderam por 4x3 em um jogo lendário (1970), 3x1 em uma final (1982) e por 2x0 na prorrogação, jogando em casa (2006); a última eliminação foi o 2x1 regido por Balotelli, na semifinal da Euro 2012. Creio que a Alemanha é favorita, mas vou torcer muito por um triunfo da Azzurra!


5. País de Gales venceu a Irlanda do Norte por 1x0 e é a única equipe britânica viva na competição, pois a Inglaterra foi surpreendida pela Islândia. Após saírem na frente com um gol de pênalti de Rooney, os ingleses levaram a virada logo aos 17 minutos de jogo e não conseguiram empatar. Faltou garra, e o técnico deveria ter colocado Rashford antes, pois em 5 minutos ele jogou muito mais que Sturridge, Harry Kane, Rooney etc. A seleção islandesa já é a sensação desta edição da Euro, não só pelo futebol empolgante que vem mostrando, mas também por sua torcida sensacional. Na próxima fase vão encarar a França. Os donos da casa sofreram para reverter o placar contra os irlandeses, que saíram na frente logo aos 2 minutos, de pênalti. Griezmann foi o herói do dia, ao empatar e virar o jogo entre os 13 e 16 minutos do 2º tempo. França x Islândia certamente será um belo duelo, tanto pelo futebol quanto pelas torcidas.
6. A Croácia fez uma ótima primeira fase, mas caiu nas oitavas para Portugal. O jogo foi chato nos primeiros 90 minutos, tanto pela retranca portuguesa quanto pelas falhas croatas nos passes e finalizações. A prorrogação, contudo, foi eletrizante, e no mesmo lance em que a Croácia quase marcou, os portugueses puxaram um contra-ataque: Renato Sanches correu, tocou para Cristiano Ronaldo, que chutou, o goleiro defendeu, e Quaresma estava sozinho para o rebote. Portugal fará com a Polônia um duelo de equipes defensivas, mas que são mortais no contra-ataque e contam com jogadores que podem desequilibrar (Cristiano Ronaldo vs. Lewandowski).
7. A Bélgica continua crescendo na competição, e goleou a Hungria, enfim com uma grande atuação de Hazard. Se repetirem esse alto nível contra País de Gales, devem superar a também ascendente seleção de Bale e avançar para as semifinais.

24 junho 2016

Rumo à final da Copa América e às oitavas da Eurocopa

A Copa América já tem os finalistas definidos e a Eurocopa avança às oitavas-de-final. Eis algumas observações sobre as equipes classificadas:
1) A Argentina vai à sua terceira final em três anos. A Albiceleste venceu com facilidade a seleção dos EUA por 4x0, com mais uma boa atuação de Messi (que fez um golaço de falta) e Higuaín (que fez 2 gols pela segunda partida consecutiva). A performance argentina foi tão dominante que os americanos sequer conseguiram dar um chute a gol! O lado negativo é a ausência de Lavezzi na final, após um tombo bizarro no qual machucou o cotovelo. Creio, contudo, que ele pode ser substituído por Agüero ou Lamela. A decisão da Copa América 2016 contra o Chile será uma revanche da final de 2015, na qual os argentinos perderam nos pênaltis justamente para os chilenos.
2) A seleção do Chile cresceu ao longo da competição, e nessa semifinal precisou de apenas 10 minutos para resolver o jogo contra a Colômbia. Embora tenha feito “apenas” dois gols (se bem que o 7x0 contra o México seria dificilmente repetido, até porque Pekerman não fez táticas suicidas como Osorio), o Chile manteve as virtudes do jogo anterior, como a velocidade e a intensidade. A seleção chilena também terá um desfalque para a final: Pedro Pablo Hernández, que foi prensado por dois jogadores colombianos e contundiu o joelho. Em compensação, Vidal, suspenso do jogo de ontem, estará de volta.
3) A última rodada da primeira fase da Euro teve altos e baixos. Por um lado o grupo F proporcionou 9 gols em 2 jogos: o eletrizante Hungria 3x3 Portugal, um duelo entre Cristiano Ronaldo e as falhas da defesa lusitana; e Islândia 2x1 Áustria, que teve gol nos acréscimos e uma comemoração estilo viking da torcida islandesa. Por outro, nos grupos A, C e E os jogos terminaram todos em 1x0 ou 0x0. Pode-se culpar o sistema de classificação, pois como avançam 16 de 24 equipes (ou seja, 2/3 delas) é possível que um time avance simplesmente empatando todos os jogos (Portugal) ou vencendo apenas um deles (Irlanda do Norte). Também se pode creditar essa escassez de gols ao desgaste típico de fim de temporada. Outro fator são as táticas defensivas das seleções menores. Enfim, bola para frente, afinal amanhã começa o mata-mata e certamente a média de gols subirá dos pífios 1,92 gols por jogo. Mal posso esperar pelas viradas, goleadas, prorrogações, decisões de pênalti etc. que as oitavas, quartas, semis e final nos reservam.
4) As duas chaves ficaram bem desequilibradas. O primeiro finalista sairá dos confrontos entre Suíça x Polônia, Croácia x Portugal, País de Gales x Irlanda do Norte e Hungria x Bélgica. Nenhuma dessas seleções já foi campeã da Eurocopa, embora entre elas haja três possíveis surpresas do torneio (Croácia, Gales e – após ela avançar no grupo empatada em pontos com a Alemanha, tive que dar o braço a torcer – Polônia) e uma seleção que precisa provar que é mais do que uma queridinha da crítica (Bélgica). Suíça, Portugal e Hungria correm por fora, e a Irlanda do Norte deve cair no duelo entre países cujas populações votaram diferente no referendo pela saída do Reino Unido da União Européia (em País de Gales o “leave” venceu, na Irlanda do Norte o “remain”). Cristiano Ronaldo que se cuide, pois a Croácia vem empolgada após vencer os espanhóis de virada.


5) O segundo finalista sairá de um chaveamento que concentra cinco equipes que já foram campeãs européias e/ou mundiais: Itália, Espanha, França, Alemanha e Inglaterra. Itália x Espanha é o confronto mais aguardado das oitavas-de-final, afinal pode ser a revanche da Azzurra pelas derrotas para os espanhóis nas Eurocopas de 2008 e 2012. Aposto na Itália, mas a partida deve ser emocionante, talvez com prorrogação e pênaltis. A França, ainda sem ter feito um grande jogo, enfrentará uma Irlanda com vontade de se vingar do toque de mão de Henry que os tirou da Copa de 2010. A Alemanha fez uma primeira fase pragmática e precisa vencer bem a limitada Eslováquia para chegar empolgada nas quartas, quando fará um jogo duríssimo contra italianos ou espanhóis. Por fim, os islandeses entram como azarões contra a Inglaterra, outra nação britânica cuja atuação é cercada de expectativas depois do resultado do referendo – aliás, foi muito simbólico isso ter acontecido justamente durante uma Eurocopa, torneio-símbolo da integração do Velho Continente.

20 junho 2016

Muitos gols na Copa América e muito equilíbrio na Euro


Com o fim das quartas-de-final da Copa América e o início da 3ª rodada da 1ª fase da Euro, hora de fazer mais um balanço:
1) A seleção dos Estados Unidos aprendeu com a derrota para a Colômbia e cresceu na competição. A vitória sobre o Equador foi justa, mesmo com o sufoco nos minutos finais. Klinsmann mostrou mais uma vez que é um técnico carismático e que preza pela ofensividade. Os EUA provavelmente perderão para a Argentina na semi, mas já podem sair orgulhosos dessa Copa América Centenário.
2) Falando na albiceleste, Messi e Higuaín lideraram a contundente vitória por 4 a 1 sobre a Venezuela. Apesar de mais uma ótima partida dos venezuelanos (que foram sensação do torneio; lembrem-se da vitória sobre Uruguai e o empate vendido caro com o México), os argentinos mostraram sua superioridade, que pode ser resumida no fato de que, no lance imediatamente seguinte ao gol venezuelano, a Argentina fez o seu 4º. É a favorita ao título, mas deve ficar de olho no...


3) ... Chile, que também reagiu após um revés na estréia (aliás, para uma Argentina sem Messi). Após passar apuros contra a Bolívia, goleou o Panamá e, principalmente, o México. O 7x0 reproduziu a imensa superioridade da equipe treinada por Pizzi, calando aqueles (como eu) que desconfiavam do Chile pós-Sampaoli. O técnico conseguiu achar uma boa tática de marcação por pressão (o que anulou a velocidade mexicana) e o elenco resolveu jogar tudo que sabe, alguns até melhor do que nos clubes: Vargas fez 4 gols e se tornou o artilheiro provisório da competição, com 6. Foi um destino muito cruel para a equipe mexicana, que tinha até começado bem a competição contra Uruguai e Jamaica, mas já havia dado um pequeno indício de seus limites no empate com a Venezuela; mesmo assim, nada que pudesse antecipar essa goleada.
4) Quem enfrentará os chilenos na semifinal é a Colômbia, que, diante de um Peru retrancado, precisou dos pênaltis para avançar no torneio. Ainda bem, pois a equipe de James e cia. certamente fará um grande confronto com o Chile; ambas equipes são bem ofensivas e estão jogando, ao lado da Argentina, o melhor futebol sul-americano dos últimos 3 anos.
5) Vamos à Eurocopa. Apenas o grupo A já fechou seus jogos, com França e Suíça se classificando com 7 e 5 pontos, respectivamente. O empate em 0x0 não foi ruim de assistir, especialmente no 1º tempo, com ótimas chances de gol dos dois lados. A Romênia, após uma estréia promissora, decepcionou nos dois jogos seguintes, e está eliminada. A Albânia venceu, mas acho difícil ela avançar como um dos quatro melhores terceiros com apenas 3 pontos.
6) A Itália fez um jogo pouco empolgante com a Suécia, mas precisou de apenas um lance de genialidade do brasileiro naturalizado italiano Éder para vencer a partida. Continua como uma das quatro favoritas ao título, ao lado da Espanha (que desencantou contra a Turquia e parece ter recuperado os bons momentos do "tiki-taka", embora ainda precisemos vê-lo ser testado por seleções mais fortes), da Alemanha (que empatou sem gols contra a Polônia, mas deve vencer a Irlanda do Norte na última rodada) e da anfitriã França.
7) Inglaterra 2x1 País do Gales foi um jogo sensacional, e mostrou uma bem-vinda reação dos ingleses. Aliás, o grupo B é um dos mais equilibrados, e as duas seleções britânicas devem avançar junto com a Eslováquia, que fez um 1º tempo excelente contra a Rússia, dando-se ao luxo de sofrer no 2º, após o gol de honra russo.
8) Outra equipe que se redimiu foi a Bélgica, que depois que a Irlanda "percebeu" que não podia simplesmente empatar e resolveu ir ao ataque, precisou de uns poucos contra-ataques em velocidade para fechar a partida em 3x0. Agora os belgas farão uma partida decisiva contra os suecos, os quais precisam desesperadamente da vitória.
9) A Croácia foi atrapalhada pela própria torcida, e uma vitória quase garantida foi transformada em empate; o nervosismo da equipe após a situação dos sinalizadores foi evidenciado no pênalti bobo que a equipe cometeu. De toda forma, Espanha x Croácia deve ser um dos melhores jogos da 3ª rodada.
10) Por fim, cabe lamentar mais um fiasco da seleção de Portugal, com direito a pênalti perdido de Cristiano Ronaldo. Após dois empates, os portugueses precisarão dar a voltar por cima contra uma empolgada Hungria, que está praticamente assegurada nas oitavas após um empate nos últimos minutos contra a Islândia, que decidirá sua vaga contra a Aústria na última rodada. O grupo F é outro no qual todas as 4 seleções têm chances de avançar.
P.S.) A média de gols da Euro está baixíssima, só 1,85 por partida. Embora eu adore competições nesse modelo de 24 seleções e 4 melhores terceiros (afinal "bagunça" o chaveamento nas oitavas e gerou uma das melhores Copas, a de 94), é preciso reconhecer que ele favorece a procrastinação, pois uma equipe pode sair com empate(s) nos primeiros jogos e só precisar vencer no último. Espero que a "fome de gols" apareça nessa 3ª rodada (até porque tem muito grupo indefinido, como o B e o F) e, mais ainda, na fase mata-mata.

13 junho 2016

Um balanço dos primeiros dias de Copa América e Euro

Agora que já se acumularam vários jogos importantes em ambas competições, creio que posso fazer alguns comentários sobre a Copa América e a Eurocopa:
1) A eliminação precoce do Brasil foi mais do que merecida. O gol de mão do Ruidíaz foi ilegal, claro, mas o time brasileiro não jogou bem tanto antes quanto depois do gol; foi apático, pouco criativo e sem proposta tática. Parecia satisfeito em carregar o empate em 0x0 até o fim, e felizmente foi punido por tal covardia. Se depois desse fiasco o Dunga não for demitido, o Brasil corre sério risco de fracassar também na Olimpíada e de não se classificar para a Copa de 2018.


2) A Itália confirmou sua sadomasoquista tradição: fazer 1x0, recuar e passar muito sufoco do time adversário só para, no finalzinho, aproveitar um deslize para operar um contra-ataque mortal e fazer 2x0. Já foi assim, p.ex., contra a República Tcheca e a Alemanha na Copa de 2006 - a qual, diga-se de passagem, a Azzurra ganhou. Desta vez a vítima foi a superestimada seleção belga, que subiu muitas posições no ranking FIFA vencendo adversários fáceis ou medianos em eliminatórias, mas que ainda não ganhou de uma seleção de ponta em jogos oficiais - vide a derrota para a Argentina na Copa de 2014. Os belgas, contudo, podem quebrar essa escrita nessa Euro, caso aprendam lições com essa derrota para os italianos. Estes, por sua vez, podem chegar longe na competição, não só pela tradição, mas também porque o técnico Antonio Conte deixará a equipe assim que acabar o torneio para assumir o Chelsea. Como ele não tem nada a perder, pode fazer o mesmo que Van Gaal na Holanda de 2014 e formar um grupo coeso e forte a despeito das críticas da imprensa local.
3) A Argentina já havia estreado bem contra o Chile (o qual, aliás, anda em decadência desde que Sampaoli saiu), mas a entrada de Messi no 2º tempo contra o Panamá - saldo: 3 gols dele e passe para o de Agüero - mostrou como a albiceleste evolui com ele em campo. Com Brasil e Uruguai (outra decepção; perdeu de forma vergonhosa para a Venezuela) fora da Copa América, os hermanos estão cada vez mais cotados para ganhar o torneio e encerrar o jejum de títulos desde 93. Agora só vejo duas seleções que poderiam pará-los: o México (pelo bom time que Osorio montou e pelo apoio maciço da torcida) e a Colômbia (que continua jogando bem, mesmo que Pekerman de vez em quando tome medidas equivocadas - a última foi colocar os reservas contra Costa Rica e perder o jogo e a liderança do grupo A).
4) A França passou sufoco na estréia, e precisou contar com um chute sensacional de Payet para derrotar a Romênia. Mesmo assim, continua entre as quatro favoritas da Eurocopa, ao lado de Alemanha (que estreou bem - destaque para o belo contra-ataque que terminou em gol de Schweinsteiger), Itália e Espanha (que, mesmo ainda longe de sua melhor forma, ainda é uma seleção forte).
5) A Inglaterra, não surpreendentemente, decepcionou na estréia, tomando gol no finalzinho em uma jogada, aliás, típica dos ingleses: o "chuveirinho" na pequena área. Já fazem 20 anos desde a última vez que eles foram para uma semifinal, e se não evoluírem ao longo da Euro 2016, esse tabu deve continuar. Outro tabu da Inglaterra que precisará ser batido caso avancem para o mata-mata: decisões de pênalti. Eles perderam 6 das 7 que já disputaram em Copas do Mundo e Eurocopas.
6) Candidatas a surpresas da Euro (considerando que o grupo F ainda não jogou): Croácia, Romênia e País de Gales.