[Meu Facebook] [Meu Last.FM] [Meu Twitter]


 

 

Kaio

 

Veja meu perfil completo

 

 

 

 

18 fevereiro 2016

Station to Station

(Escrevi isso às 1 PM, antes de dormir, o que talvez explique o tom meio dramático, rs)

Terminam as férias, mas não estou com uma sensação exatamente boa. Esses dois meses foram mais tumultuados do que eu esperava: a morte do David Bowie; meu irmão teve colite e ficou uma semana no hospital; a viagem de Caldas Novas foi marcada por "perrengues"; minha namorada pegou zika. Além disso, não cumpri quase nada do cronograma de estudos, e agora tenho 3 trabalhos para escrever em 1 mês.
Volto para o Rio com incertezas em relação à Bolsa FAPERJ Nota 10; devo aceitá-la, mas estou preocupado com os atrasos.
A situação política, econômica e até cultural do país continua a se deteriorar; nessas até dá vontade de flertar com uma visão de mundo à la Grande Hotel Abismo, mas sou otimista demais para chegar a esse ponto. O jeito é me concentrar nos livros e trabalhos finais para me esquecer do mundo exterior. É hora de reeditar 2013 (meu ano academicamente mais produtivo) para evitar uma apatia tal como a de 2006 (em que cheguei a ter uma "ressaca literária"). 
Creio que me aproximei mais da minha família, até pelas situações que passamos. É engraçado ver o Aderson entrando na puberdade; dá orgulho de ver o Fernando amadurecendo; é um alívio ver minha mãe mais feliz após tantos problemas na vida amorosa e financeira. A reforma da casa foi rápida e bem-sucedida; aliás, adorei meu novo quarto.
Estou com saudades da Carolina, e mal posso esperar para os importantes passos que daremos em nossa relação esse ano, a começar pelo fato de que será o primeiro ano inteiro em que moraremos juntos.
2016 começou estranho, mas confio que será um ano bem melhor do que os dois últimos.

12 fevereiro 2016

Uns dias em Brasília III

Agora que terminei de descansar (aliás, estava tão empolgado lendo a biografia do The Cure escrita por Jeff Apter - terminei em três dias! - que nem vi o Carnaval passar), é hora de contar como foi a viagem para Brasília.

1. Tudo começou no domingo (31/1). Eu tinha almoçado kibe na casa da minha vó Filó, e passei o início da tarde ouvindo meu LP duplo The Beatles 1967-1970. Quando cheguei em casa, minha mãe me disse que o Gino e o David haviam chamado eu e o Aderson para ir ao ITA Park. Como a entrada para o parque está muito cara (35 reais), não pretendia ir, mas aí lembrei que o Flamboyant é do lado do ITA. Sendo assim, aproveitei a carona e passei o resto da tarde de domingo no shopping. 
Primeiro fui à Fnac, onde comprei o álbum The Next Day (David Bowie) e a Placar especial do título do Palmeiras na Copa do Brasil. Depois fui à Saraiva, e levei dois livros da Saraiva de Bolso que estavam com 50% de desconto: Poesia (T. S. Eliot) e Seus Trinta Melhores Contos (Machado de Assis). Voltei à Fnac e por sorte estavam passando na TV da parte de música da loja o DVD 1 (The Beatles), com os clipes dos 27 singles deles que chegaram ao topo das paradas britânicas e americanas. Fiquei mais de uma hora lá vendo os clipes, e acabei levando mais 2 CDs, ambos do Fab-Four: A Hard Day's Night (eu só tinha o vinil, com o genial título Os Reis do Iê-iê-iê) e o White Album (eu já tinha um, adquirido logo no lançamento em 2009, mas a capinha dele veio amassada - shame on you, Saraiva!; além disso, eu amo tanto esse álbum duplo que não seria um problema deixar um em Goiânia e levar outro pro Rio).
Quando os meninos terminaram de ir em todos os brinquedos do ITA, fomos pra casa, mas não sem antes passar no Lifebox para comer uns hambúrgueres muito bons. Eu pedi um Chili Burguer e um milk shake de Ovomaltine + Leite Ninho, e ainda comi 2/3 do Life triplo que o Gino pediu e não conseguiu terminar, rs.
Antes de ir embora, o Gino me disse que iria para Brasília, e sugeriu que eu fosse junto, até por uma amiga nossa (Nathalia) também estaria na cidade. Fiquei em dúvida se deveria ir, afinal estava sem dinheiro vivo; mas, tinha saldo no cartão de crédito, e minha bolsa provavelmente cairia no dia 4 ou 5. Sendo assim, avisei o Gino que iria em torno da meia-noite. Apenas nove horas depois ele me buscou. Devo admitir que, por mais metódico que eu seja, costumo me divertir em situações improvisadas, imprevistas.

2. A viagem de Goiânia a Brasília foi ótima. Eu e o Gino ouvimos a coletânea dupla Best of Bowie no iTunes conectado ao som do carro dele, e fizemos uma espécie de "podcast", comentando cada uma das faixas que tocava.
Ao chegarmos na capital federal, buscamos a Nathalia e passamos a tarde e início da noite jogando Playstation 3; destaque para os jogos de luta, como Mortal Kombat e Marvel vs. Capcom. Também assistimos a alguns episódios de O Incrível Mundo de Gumball.

3. Acordei bem cedo na terça-feira, para ver o resultado das primárias republicanas em Iowa. Fiquei feliz com o ótimo desempenho de Rubio (23%) e com a derrota de Trump para Ted Cruz (27 x 24%). Passei algumas horas lendo análises do pleito, até que o Gino acordou e me deu carona para a UnB. Ao longo daquela manhã visitei vários lugares: a cantina em que eu tomava meu café da manhã barato (três biscoitos de queijo mais chá mate 500 ml), a Livraria da UnB (onde comprei, com ótimos descontos, três livros: Da Distensão à Abertura: as Eleições de 1982, organizado por David Fleischer; Vico e Herder, de Isaiah Berlin; e Miguel Reale na UnB) a Biblioteca Central, a Livraria do Chico, os prédios novos da FACE e do IPOL (enquanto o procurava, tive uma agradável nostalgia das férias de 2010 ao ouvir "Marquee Moon" do Television no meu celular), a FA e o Postinho, onde almocei no Subway. Encontrei o Gino e os amigos dele depois do almoço, e após usar um pouco o computador no laboratório deles (com direito a assistir a alguns clipes do The Cure), eles me deixaram na rodoviária, onde peguei metrô para o Park Shopping. Subi até o CasaPark, local em que combinei de me encontrar com a Janaína para assistir ao filme do Snoopy & Charlie Brown. Achei-o muito bom! Souberam preservar os elementos clássicos (por exemplo, o "loserismo" de Charlie Brown, a obsessão de Schroeder por Beethoven, a chatice da Lucy, os delírios de Snoopy, o jeito machão de Patty Pimentinha etc.) mas dando um tom mais infantil e descontraído.
Depois do filme eu e a Jana passamos umas três horas na Livraria Cultura, trocando várias dicas de livros, filmes e CDs. Acabei levando um DVD triplo do Wes Anderson (O Grande Hotel Budapeste, O Fantástico Sr. Raposo e Viagem a Darjeeling), o livro O Peso da Responsabilidade (Tony Judt) e o CD Oracular Spectacular (MGMT). 
À noite fomos para o Park Shopping; comprei um lanche no Dunkin' Donuts (aliás, muito bom o shake deles!) e a Jana, no Outback. Depois fomos a uma festa no clube da 904 Sul no qual geralmente ocorre a Play; passaram alguns curta-metragens (inclusive um bem macabro envolvendo o Eduardo Campos; foi feito antes da morte dele, e fazia críticas à desigualdade social e à transformação de Recife em canteiro de obras para a Copa) e tocaram umas músicas meio eletrônicas, meio lounge. Conversamos com uns amigos dela, e depois fomos com eles para o Piauí. Após um dia tão longo e proveitoso, só cheguei no apartamento do Gino em torno das 2 da manhã.

4. Também acordei cedo na quarta, mas desta vez para o Fernando e o Renato me buscarem para tomarmos café da manhã na Savassi da 307 Norte. Depois fomos a um sebo lá perto que não conhecíamos (nele descolei o 1º volume das famosas traduções de Carlos Alberto Nunes para os Diálogos de Platão) para o apartamento do Fernando (aliás, muito legal a biblioteca dele) e almoçamos frango à parmegiana no Gratinado. Foi muito passar boa parte do dia conversando com os dois. À tarde fomos para o Sebinho;Fernando estava vendo uns livros para o sebo, mas houve dois que achei interessantes e ele me deu: Vidas Paralelas - Alexandre e César (Plutarco) e The Dark Side of the Moon: os bastidores da obra-prima do Pink Floyd (John Harris). Pouco depois o Mateus apareceu, e nós quatro batemos um longo papo no café do Sebinho. Aliás, acabei não comprando nenhum livro lá; fiquei meio decepcionado com o acervo, já foi bem melhor. Acho que eles estão se voltando tanto para o café (que, obviamente, é mais lucrativo) que deixaram os livros de lado...
À noite tive a ótima notícia de que fui selecionado para receber a Bolsa Nota 10 da FAPERJ, pois fui o aluno do doutorado de Sociologia do IESP que tirou as melhores notas no ano passado. Mesmo que a FAPERJ esteja em crise e os atrasos para a bolsa cair sejam constantes, acho que vale a pena, pois ela é maior que a minha bolsa do CNPq, além de contar para o currículo.

5. Quinta de manhã fiquei no apartamento, mas à tarde fui novamente à Universidade de Brasília. Passei na banca de revistas do Gilson, e comprei o Tratado sobre a Tolerância (Voltaire) da coleção Grandes Nomes do Pensamento (Folha). Fui novamente à Livraria do Chico, e tive uma longa e interessante conversa com ele; aproveitei para comprar O Liberalismo Moderno (Ubiratan Borges de Macedo). Em seguida subi para a 409 Norte, cuja comercial é repleta de sebos. Ao contrário do decepcionante Sebinho, o COPE me surpreendeu; achei muitos bons livros por lá, e acabei levando a 1ª edição da Dicta & Contradicta (era a última que me faltava para completar a coleção) e Filosofia Política Contemporânea (coletânea de artigos sobre Hayek, Leo Strauss, Voegelin etc. organizada por Crespigny e Minogue). Fui aos outros, mas não achei nada de interessante (ou barato). Começou uma chuva de verão, então corri para debaixo de um bloco para esperá-la passar; quando ela parou, peguei um ônibus L2 - W3 Norte para voltar para o apartamento do Gino, pois tinha combinado de sair com a Janaína e depois com o Luiz Fernando. A Jana me buscou em torno das 19h e fomos ao Bar do Quinto; foi mais um bom papo, regado a comes e bebes de qualidade. Ela me deixou no prédio às 22h, e eu fiquei esperando o Luti para irmos ao Velvet Pub, mas ele teve uma crise de enxaqueca e não pôde sair de casa; que pena, mas tomara que eu consiga encontrá-lo na próxima vez que for a Brasília.

6. Sexta-feira chegou, e era hora de voltar para casa. A viagem de volta foi bem legal; peguei carona com uma doutoranda em Matemática, e no banco de trás veio um cara que trabalha na UNESCO. Na metade do caminho paramos no Sabor Goiano, onde cumpri mais uma tradição: comi o delicioso enroladinho de queijo com cobertura de coco e leite condensado que eles fazem lá.
Quando cheguei em casa, deparei-me com os 5 CDs que eu havia comprado pela Livraria Cultura e pelo MercadoLivre e chegaram enquanto eu estava em Brasília: Blackstar e Station to Station (David Bowie), Isn't Anything (My Bloody Valentine), Gorillaz e Demon Days (Gorillaz).
Enfim, foi uma ótima estadia em Brasília! Prometo não ficar outros 18 meses sem visitar minha saudosa cidade universitária, rs. 

05 fevereiro 2016

Uns dias em Brasília II

Daqui a pouco volto para Goiânia. Os quatro dias que fiquei em Brasília foram ótimos! Reencontrei vários amigos e comprei muitos livros. Conto mais quando chegar em casa.

01 fevereiro 2016

Uns dias em Brasília

Viajo hoje para Brasília, e ficarei lá até quinta-feira; é a primeira vez que vou para minha antiga cidade universitária desde Agosto de 2014, quando fui para o encontro da ABCP. É muito tempo longe do lugar onde passei 4 dos melhores anos da minha vida (2008-2011)!
Espero que consiga encontrar a maioria dos meus amigos da época de UnB, assim como visitar lugares da cidade que eu adoro, como o Sebinho, a Livraria Cultura e, é claro, a minha alma mater. Além disso, preciso de inspiração para escrever os capítulos da tese sobre Merquior, e nada melhor do que ir à cidade na qual ele foi professor e diplomata.

P.S.: Já faz um mês que prometi completar os posts de 31/12 e ainda não terminei... agora que terminei de ler Formalismo e Tradição Moderna vou tentar acabá-los.