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31 dezembro 2015

2015, parte III: de Outubro a Dezembro

(Post incompleto; termino de escrever ano que vem, rs) 

New Order - disco novo é surpreendentemente bom
Colégio do Brasil - aulas com Portella
10 anos de Last.FM
Morrissey - show começou bem, foi estragado por "Ganglord" e "Meat is Murder", mas melhorou no final
Palmeiras - título emocionante da Copa do Brasil
Primavera dos Livros - comprei vários da É Realizações
Morar com Carolina - 30/11 (decisão) e 4/12 (mudança)
Protesto - parecia ter mais gente, mas "flopou"
Lançamentos de livros: Martim, Das Booty, Alex, Gabriel (setembro)

2015, parte II: Augustus e Settembrini

(Post concluído em 17/2/16)

Com alguns meses de atraso, enfim farei meu relato sobre os dois meses mais agitados do meu ano de 2015: Agosto e Setembro.

IV Fórum de Ciência Política
Apenas um dia depois que voltei das férias de Goiânia, "viajei" para Niterói para participar do FBCP, no qual eu apresentei um trabalho sobre os conceitos de guerra e técnica no pensamento político dos "modernistas reacionários" Ernst Jünger e Carl Schmitt. Apesar de a debatedora claramente não ter lido meu trabalho (e nem dos demais apresentadores daquela sessão), as perguntas que ela e a platéia fizeram geraram um bom debate.
As sessões do GT de Teoria Política foram muito boas; gostei da apresentação do meu amigo Paulo, da palestra do Eduardo Jardim, da sessão em que o Christian foi debatedor e, por último mas não mesmo importante, da competente organização do GT pelos alunos da UFF, Rodrigo e Victor. O Fórum ainda contou com uma boa conferência de Renato Lessa. O semestre acadêmico não poderia ter começado melhor!

O Protesto em Copacabana
Em um ano marcado pela instabilidade política (não preciso entrar em detalhes, creio que vocês já devem estar até saturados do assunto), houve em 16 de Agosto o terceiro dos quatro grandes protestos nacionais contra o governo Dilma Rousseff. Não quis participar dos dois primeiros (embora tenha acompanhado o de 15 de Março pelo Globo News), mas diante da catastrófica atuação do Planalto na economia (desde a sabotagem ao ministro Levy até a relutância em admitir o rombo nas contas públicas em nome da "nova matriz econômica"), resolvi me manifestar. Mesmo assim, eu o fiz de uma forma leve, bem-humorada: confeccionei um cartaz com a frase "Pessimildo tinha razão" e duas fotos desse memorável personagem criado por João Santana para ridicularizar a oposição, mas que por ironia do destino se tornou um mascote dos críticos do governo.
A manifestação até que foi divertida, talvez devido ao clima descontraído da praia de Copacabana; mesmo com os discursos raivosos contra Dilma e o PT, o ambiente não era pesado. Acho que agora também existe uma "direita festiva" no Brasil; a estetização da política não é mais monopólio da esquerda, rs. Encontrei alguns amigos por lá, e depois do protesto almocei com eles no McDonald's.




Qualificação
Um dia depois do protesto houve a defesa do meu projeto de tese. Os comentários da banca foram importantes para o desenvolvimento da minha pesquisa; a partir deles percebi que precisava eliminar os últimos resquícios do meu tema anterior sobre Thomas Mann (mais especificamente o viés ético-biográfico, tentando ver Bildung em tudo).
Além disso, foi valiosa a observação do professor Benzaquen de que preciso ser menos sintético e mais analítico; isto é, minha pesquisa ganhará mais se eu me concentrar em poucas obras e temas ao invés de fazer grandes panoramas (algo que o próprio recorte biográfico me levaria a operar).

I Seminário Interno de Pós-Graduação do IESP/UERJ
O evento foi inaugurado em 2 de Setembro com uma ótima (embora pessimista, rs) mesa-redonda com os professores César Guimarães e Maria Regina sobre a política externa brasileira e a crise da Grécia e da UE.
No dia seguinte apresentei um trabalho sobre as continuidades e rupturas do conceito de cultura ao longo das diversas fases do pensamento social de José Guilherme Merquior. O debate foi bom; felizmente o debatedor conhece a obra de Merquior, e fez observações pertinentes. 

Aniversário de namoro
No dia 4 de Setembro eu e a Carolina comemoramos três anos de namoro. Passamos a tarde na Livraria Travessa e depois fomos ao Cafeína do Praia Shopping. Nós nos presenteamos com livros: eu dei a ela o oitavo volume das Crônicas Saxônicas de Bernard Cornwell e ela comprou para mim Formalismo e Tradição Moderna (Merquior), o qual tinha sido lançado justamente naquela semana.

I Seminário Internacional de Ciência Política
A partir de uma sugestão do Alex Catharino, em Julho escrevi um artigo para a revista Mises comparando as perspectivas liberais de José Guilherme Merquior e Friedrich von Hayek. Terminei-o justamente nos primeiros dias de minhas férias em Goiânia. Gostei muito de escrevê-lo, então aproveitei para enviar o resumo para um congresso de Ciência Política que haveria em Porto Alegre, e felizmente ele foi aprovado. 
9/9: viajei para a capital do Rio Grande do Sul. Mal deixei minhas malas no quarto e fui almoçar um xis; depois, ao som de Rage Against the Machine (uma banda que me remete à politização da juventude gaúcha), peguei um ônibus para o campus da UFRGS. Após fazer o credenciamento, fiquei passeando pela universidade, já que minha apresentação seria apenas no dia seguinte e a palestra de abertura, à noite. Após ler o capítulo sobre o kitsch de Formalismo e Tradição Moderna, fiquei um bom tempo na livraria, onde comprei dois mangás dos Cavaleiros do Zodíaco (na época eu estava revendo a Batalha das Doze Casas quase todo dia, enquanto tomava café da manhã) e uma coletânea do Pink Floyd, A Foot in the Door (gostei muito da seleção: "See Emily Play", 5 faixas do Dark Side of the Moon, 4 do The Wall, 3 do Wish You Were Here e uma faixa de cada um dos três últimos discos, dentre elas "High Hopes"). 
Em torno das 19h houve a cerimônia de abertura do Seminário. Após uma surpreendente apresentação de coral (cantaram "Can't Buy Me Love", dos Beatles; Mendelssohn; Haydn; Vinicius de Moraes e Baden Powell; e Luis Coronel), assisti à conferência do professor Stéphane Monclaire, um irreverente brasilianista. Após brincar que crise é uma "coisa linda" para ciência política, ele apresentou um olhar estrangeiro (mas bem informado) sobre a crise política atual no Brasil. Gostei da análise conceitual e o olhar sobre a influência da mídia na política. Depois da palestra voltei para o quarto em que fiquei hospedado; antes de dormir assisti ao jogo Corinthians 1x1 Grêmio (infelizmente os corintianos empataram, e com isso deram um importante passo rumo ao título nacional) e soube que o Palmeiras tinha perdido por 1 a 0 do Internacional.
10/9: Acordei cedo e, com fones do celular plugados no álbum Grace (Jeff Buckley), peguei o ônibus para a UFRGS. Pela manhã fui assistir ao GT de Teoria Política e Pensamento Social Brasileiro. Foi uma sessão inteira sobre democracia; gostei muito das apresentações e debates, que foram desde as abordagens mais normativas até estudos de caso sobre as democracias latino-americanas. 
Na hora do almoço e antes da sessão vespertina do GT fiz novos colegas: alguns eram da UFPE (uma garota que fez uma boa apresentação sobre os problemas do "neo-constitucionalismo" da Venezuela chavista) e da UNIPAMPA (um rapaz que, aliás, faz parte da ala "left-lib" dos Estudantes pela Liberdade, mas a maioria deles(as) era da UnB.
À tarde apresentei, também no GT de Teoria, o ensaio sobre Merquior e Hayek. O debatedor e a platéia fizeram várias perguntas e comentários ao meu trabalho, e o debate foi bem produtivo. Deu para perceber que estavam interessados em compreender melhor o liberalismo social, afinal, como busquei demonstrar no artigo, ele apresenta diferenças (e vantagens) interessantes em relação aos liberalismos conservador e libertário. 
Side Pub, show do Sapo Boi
11/9: Comecei o terceiro dia do I SICP ouvindo no celular o primeiro e homônimo disco do The Clash. Às 9 da manhã assisti à mesa-redonda sobre democracia, política externa e economia com Octávio Amorim Neto (sobre democracia), Carlos Milani (política externa) e Márcio Pochmann (economia). Este, aliás, surpreendentemente mostrou certo desencantamento, lamentando erros políticos e econômicos do governo Lula. Fiz uma pergunta ao Pochmann (aos 2:08:18 de vídeo abaixo), questionando-o se a política econômica do governo Dilma não havia sido irresponsável. A resposta dele (2:14:21) oscilou entre o cinismo (ao defender que o BNDES tem que dar, sim, dinheiro pra grandes empresas) e o vitimismo (a crise internacional teria obrigado o governo a ser protecionista):

Depois do almoço, assisti com meus novos colegas de UnB ao GT de Instituições Políticas. É engraçado notar a diferença epistemológica entre o pessoal dos estudos quantitativos e empíricos em relação à área da Teoria; porém, não guardo nenhum ressentimento "humanista" em relação a eles, só não é o tipo de abordagem que eu prefiro. De toda forma, o trabalho do colega de UnB que apresentou no GT de Instituições tinha um viés mais qualitativo (aliás, ele é orientando da Rebecca, que adota o institucionalismo histórico para estudar movimentos sociais), então a apresentação dele foi de longe a melhor, inclusive no número de perguntas da platéia.
À noite eu e uma das mestrandas da UnB vimos a palestra do Brasilio Sallum Jr. (autor do ótimo livro O Impeachment de Fernando Collor, que inclusive comprei durante o evento e li quase inteiro até dezembro). 
Mais tarde nos encontramos com o resto do pessoal na Cidade Baixa, onde jantamos xis (é sério, eu amo esse prato típico gaúcho!) e depois fomos a festa no pub Divina Comédia, na qual tocaram duas bandas cover: Fake Brothers (que investiu em indie rock, com um repertório que incluiu Hives, Killers, Muse, MGMT, Two Door Cinema Club etc.) e Celofanes (especializado em pop rock dos anos 90, com covers de Spice Girls, Green Day, Raimundos...). 
Outro destaque da ótima festa foi que, após passar anos tentando descobrir o nome e artista de "um jazz contemporâneo, anos 90; a introdução tem um teclado e a estrofe tem um sax" (descrição que fiz dela no Facebook depois de ouvi-la no BBB), ela tocou lá; corri pra perguntar para o DJ o nome e artista dela, e descobri: é "Cantaloop (Flip Fantasia"), um sample que o US3 fez de "Cantaloupe Island", de Herbie Hancock! 



Fomos embora em torno das 5 da manhã,  em cima da hora para eu pegar minhas coisas no quarto e ir direto para o aeroporto. Por sorte o taxista que me levou da festa me passou o telefone, então meia hora depois ele me buscou para eu pegar meu vôo.
Enfim, foi mais uma excelente estadia em Porto Alegre; o Seminário Internacional de Ciência Política foi um ótimo evento, muito bem organizado.

Homenagem a José Guilherme Merquior na ABL
17/9 - Instituto Liberal - Ortega, JGM; Livraria Cultura; IFCS - certificado; sebos - CDs e livro no Berinjela; 
ABL - socialização, João Cezar, Portella, documentário.

Eleições para o DCE (UnB)
24-25/9 - "corujão". 60% dos votos válidos.

2015, parte I: Os sete primeiros meses

(Post concluído em 16/2/16)

A Mudança para o Catete/Flamengo
Após 3 anos morando em apartamentos de família (se bem que, no caso do segundo deles, em 2014 virou uma espécie de república, já que os donos se mudaram para o interior de SP), foi em 2015 que finalmente comecei a dividir um apartamento com um amigo. A partir de Fevereiro me mudei com um amigo, o Victor, para o bairro do Flamengo (mas em um prédio que fica do lado do Museu da República e da estação de metrô do Catete). Isso significou uma melhora notável no meu padrão de vida, pois passei a ter muito mais liberdade para organizar meu espaço e tempo. Meu quarto ganhou personalidade (finalmente pude organizar meus livros, CDs e games à vontade); posso usar a cozinha à vontade; Victor e eu freqüentemente chamamos nossos amigos para conversarmos e bebermos (e eles podem dormir na sala se ficar tarde para voltar para casa) etc. 

Lollapalooza 2015
Embora só tenha visto este Lolla pela televisão (não havia atrações que me empolgassem o bastante, como um Pixies ou um New Order, para eu aceitar pagar o caro ingresso do festival), ele me causou impressões o bastante para gerar este post. Destaque para o show dos Smashing Pumpkins, bem melhor do que aquele em que fui no Planeta Terra de 2010.

Palmeiras na final do Campeonato Paulista
Acompanhei religiosamente a saga do Verdão neste ano, desde a pré-temporada até o desfecho na Copa do Brasil. O destaque do 1º semestre foi a boa campanha no Paulistão, com vitórias sobre São Paulo (por 3x0, com direito a golaço do meio-campo de Robinho) e Corinthians (nos pênaltis, em pleno Itaquerão, graças ao incrível goleiro Fernando Prass). Infelizmente o Palmeiras perdeu a final para o Santos, também nos pênaltis; sofri bastante assistindo a esse jogo, pois o título esteve bastante próximo. Eu teria que esperar mais sete meses para ver meu time fazer valer as inúmeras contratações e sair do jejum de títulos ...

Blur lança álbum após 12 anos
A melhor banda britânica dos anos 90, após muita expectativa dos fãs (ainda mais depois das turnês mundiais de 2009 e 2012-13 e do single "Under the Westway"), anunciou em Fevereiro que, dentro de dois meses, seria lançado The Magic Whip, o primeiro disco desde Think Tank (2003), sendo que o último com a formação completa havia sido 13, de 1999.
Os clipes que iam sendo divulgados a conta-gotas foram me agradando, principalmente os de "Go Out" (com seu baixo potente e estilo dançante e hipnótico, algo como uma "Girls & Boys" versão Hong Kong) e de "Lonesome Street" (uma das mais cativantes melodias da história da banda). 
Comprei o disco na semana de lançamento e gostei muito de todas as demais faixas, principalmente de “New World Towers” (notável como Albarn e cia. conseguem combinar bem crítica social com introspecção), “I Broadcast” (que remete à urgência e ao bom humor de certas canções dos discos de 1993-95) e “Ong Ong” (extremamente viciante, passei dias com o refrão dela grudado na minha cabeça - ainda mais depois que lançaram um clipe divertidíssimo).
Enfim, The Magic Whip é um álbum que melhora a cada audição; não é uma obra-prima como Modern Life is Rubbish (a brilhante reação da banda ao grunge e à americanização da cultura britânica), Parklife (o disco que definiu uma geração) ou Blur (o meu favorito, pois tem letras mais intimistas e sonoridade bem eclética), mas está no mesmo patamar dos ótimos The Great Escape, 13 e Think Tank. Não ouvi muitos discos novos em 2015, mas dos que escutei posso dizer que The Magic Whip foi meu preferido.

Greve nas federais, confusão na UERJ
Tive que interromper durante duas semanas meu curso de Sociologia Geral para os calouros da turma noturna de Filosofia devido à ameaça de greve na UERJ. Fiz o possível para manter as aulas, mas depois que houve quebradeira num confronto entre estudantes e policiais no dia 11 de Maio, não tive outra opção senão adiá-las. Apesar de tudo, gostei muito de lecionar para essa turma; foi a melhor para quem já dei aula, junto com a de Psicologia no 2º semestre de 2013. Destaque para as aulas sobre Marx, Merquior e Gusmão, que renderam bons debates.
Na mesma época começou uma greve nas federais (dentre elas a UFRJ e a UFF) que duraria quatro meses. Diante de um contexto de crise e ajuste fiscal, aquela paralisação não fazia o menor sentido para mim, pois não traria aumento de salários, não teria impacto político (afinal, a universidade, cada vez mais encastelada em relação às demais esferas sociais, não é um "serviço essencial", portanto há pouca pressão externa em prol da greve) e o pior, prejudicaria os estudantes de graduação, ainda mais os que moram em outras cidades. Expressei minha angústia com esse quadro neste post.


Mudança de tema
Falando em José Guilherme Merquior, no dia 5 de Maio tomei uma importante decisão: iria fazer minha tese de doutorado sobre ele ao invés de Thomas Mann. O estopim foi uma conversa que tive com os meus "companheiros" de Beemote: o professor Christian e o doutorando Paulo.

XTC, a minha banda de 2015
Eu já gostava desta bandas desde 2008, mas passei a ouvi-la bem mais depois que comprei vários CDs deles na Livraria Cultura e no Mercado Livre - a coletânea dupla Fossil Fuel (1996), a obra-prima Skylarking (1986), o ambicioso English Settlement (1982), o réquiem Apple Venus, vol. 1 (1999), o eletrizante Drums and Wires (1979) e a antologia do Dukes of Stratosphear (1987).
Sobre Skylarking, fiz até um post no Facebook:
"Numa linhagem de álbuns conceituais com melodias pop e letras inteligentes que vai dos Beatles (Sgt. Pepper's) e Kinks (Village Green Preservation Society, Arthur, Lola) até o Blur (Modern Life, Parklife, Great Escape), existe uma banda não tão famosa quanto estas três, mas que gravou alguns dos melhores álbuns dos anos 80: o XTC. Um deles é Skylarking, que apresenta um ciclo de vida e morte, dia e noite, amor e solidão, contendo canções geniais como "The Meeting Place", "That's Really Super, Super, Supergirl", "1000 Umbrellas", "Big Day" e "Dear God"."
A propósito, Dear God foi um pretexto para um pequeno texto que publiquei no blog em meados de Maio.

Franz Ferdinand + Sparks
O que acontece quando a melhor banda de art rock da década passada se une a uma das melhores bandas de art rock da grande safra dos anos 70? Um dos melhores discos do ano, é claro! O supergrupo FFS (um acrônimo de Franz Ferdinand e Sparks) lançou um álbum homônimo que se destaca não só pelas canções criativas, mas também pelos clipes debochados, como o de "Piss Off", algo do tipo "Mortal Kombat meets Ninja Rangers on drugs".
Comprei o disco assim que foi lançado no Brasil, em Julho. Ele é mesmo sensacional; juntou os trunfos dos escoceses (as melodias grudentas, o vocal de Kapranos, o tom debochado e o ritmo dançante) com os pontos fortes do duo americano (os títulos criativos, as letras inteligentes e a sonoridade bem anos 70). 
Entre as melhores faixas estão "Johnny Delusional", "Call Girl", "Piss Off", "Sõ Desu Ne" e "Collaborations Don't Work", cuja letra é de uma metalinguagem hilária:
"Mozart didn't need a little Haydn to chart
Warhol didn't need to ask De Kooning 'bout art
Frank Lloyd Wright always ate à la carte
Wish I'd been that smart"

Copa América, Mundial Sub-20 e Copa do Mundo Feminina
Entre Junho e Julho respirei futebol; além da ascensão do Palmeiras no Brasileirão (depois que Marcelo Oliveira se tornou técnico da equipe, foram 6 vitórias em 7 jogos; chegamos a ficar em 3º lugar, a 2 pontos do Corinthians e 4 do Atlético!), assisti assiduamente aos jogos das seleções brasileiras na Copa América, no Mundial Sub-20 e na Copa do Mundo feminina. 
Na primeiras delas a seleção treinada por Dunga jogou tão mal (principalmente na derrota contra a Colômbia, marcada pelo papelão de Neymar) que torci para ela perder para o Paraguai nas quartas - o que de fato aconteceu, mais uma vez nos pênaltis, tal como na Copa América de 2011. Pelo visto sou pé-quente em "contra-torcida"; vide as Copas do Mundo de 2006, 2010 e 2014, quando também "azarei" o Brasil, rs.
No Sub-20 o escrete canarinho fez uma boa campanha, com direito a duas vitórias nos pênaltis contra as fortes seleções do Uruguai e de Portugal. Na final, contudo, a equipe não foi páreo para a forte defesa e os contra-ataques mortais da Sérvia, e perdeu por 2x1 no finalzinho da prorrogação. De toda forma, o saldo foi positivo, e jogadores como Gabriel Jesus saíram bem cotados.
Já a seleção feminina decepcionou, caindo nas oitavas-de-final para a Austrália. Marta fez sua pior Copa do Mundo. Felizmente o fiasco na competição serviu de lição para a equipe treinada por Vadão, pois um mês depois as meninas levaram o ouro no Pan com uma goleada de 4x0 sobre a Colômbia.

Aniversário surpresa
Eu queria fazer uma festa de aniversário com meus amigos no apartamento, porém achava melhor fazer no dia 30 de Junho, uma terça-feira, ao invés do dia oficial, 29, uma segunda. Sem que eu soubesse, a Carolina adicionou todos os amigos que estavam no evento do Facebook que criei e combinou com eles de fazer uma festa surpresa; nas palavras dela, "roubou meus convidados"!
Quando cheguei no apartamento e notei que a porta estava destrancada, já ia dar uma bronca na Carol, quando vi um balão e... "Surpresa!" Vários amigos meus vieram, e a noite foi ótima. Comemos e conversamos bastante enquanto assistíamos ao jogo Chile 2x1 Peru.

Artigo na Nabuco
Ainda sobre Merquior, coincidiu de eu decidir estudá-lo a fundo justamente quando o ensaio sobre ele que submeti à revista Nabuco foi aprovado para publicação na 4ª edição, lançada no início de Julho.
A versão inicial do mesmo foi um artigo que escrevi para o 5º Seminário Nacional de Sociologia e Política, realizado na UFPR em Maio de 2014. De certa maneira ele é o "esqueleto" para a minha tese de doutorado.
Fiquei feliz com a boa recepção que "José Guilherme Merquior: da nostalgia crítica à apologia do progresso" teve; meses depois, até o Martim Vasques da Cunha me disse que gostou do ensaio.

Cabaret
Convidado pela Camila, assisti a um show do Cabaret semana passada com ela, Victor, Leo, Caio e Cristiano. Foi uma performance incrível! Márvio (que também é editor de esportes d'O Globo) é um vocalista muito carismático e irreverente, e o resto da banda demonstrou muita técnica e feeling - nem sei dizer se curti mais o baixo, a bateria ou as guitarras!
Assim que acabou o show comprei A Paixão Segundo Cabaret, o álbum mais recente deles, que é um disco conceitual sobre as fases de uma paixão. 

22 dezembro 2015

De Santos Dumont a Santa Genoveva

Daqui a pouco viajo para Goiânia, onde vou passar minhas férias com a família. 
2015, mesmo que tenha sido um ano ruim para o Brasil e o mundo, ainda guardou bons momentos para mim: comecei a dividir um apartamento com um amigo (e, a partir de Dezembro, a dividir o meu quarto com minha namorada); fiz ótimas matérias no IESP, UERJ, Colégio do Brasil e PUC; viajei para Porto Alegre para participar de um congresso (aliás, não acabarei o ano sem contar como foi lá!); comprei muitos, muitos livros e CDs (meu guarda-roupas já está lotado, rs); comemorei o título do Palmeiras na Copa do Brasil; mudei de tema (Mann -> Merquior), e estou bastante animado com a pesquisa; fui pela 2ª vez a um show do Morrissey (relato no próximo post!); fui a dois protestos pró-impeachment com meu cartaz do Pessimildo; publiquei um artigo na revista Nabuco etc.
Espero aproveitar as férias para adiantar ao máximo meus trabalhos finais de disciplina (até como forma de compensar a procrastinação que marcou meu 2015 acadêmico, rs), ler bastante e, é claro, jogar muito videogame com meus irmãos!