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Kaio

 

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29 junho 2015

Meu XXV Aniversário

Hoje completo 25 anos. 
Gosto muito quando completo idades que são números redondos, pois elas têm cara de marcos cronológicos. Quando completei 10 anos entrei na pré-adolescência, decidi que queria ser jornalista (em perspectiva vejo isso como uma adesão ao Lado Humanas da Força, rs) e tive minha primeira paixão; aos 15 estava no ápice da adolescência, tive minha segunda paixão, mudei de visão política e moldei grande parte do meu gosto cultural (principalmente o musical); e na época do meu 20º adversário estava no meu melhor ano de UnB e comecei a deslocar minhas "preocupações existenciais" da política para a formação humanística.
O que posso dizer, então, do último quinqüênio?
1. Avancei algumas etapas em minha trajetória acadêmica. No meu último ano e meio de UnB dediquei-me ao projeto Estudos Humanistas e à escrita da monografia sobre Bildung e  Liberdade em A Montanha Mágica (Thomas Mann). Em setembro de 2011 viajei para o Rio de Janeiro para fazer a seleção de mestrado do IESP/UERJ, e no início de outubro veio o resultado positivo. Mudei-me cinco meses depois para o Rio, onde continuei minha pesquisa sobre Mann (desta vez sobre o romance Doutor Fausto). Após um 2013 intenso, no qual fui em vários congressos e publiquei vários artigos, concluí minha dissertação sobre A Crise da Bildung em Doutor Fausto em outubro e a defendi no 18 do mês seguinte. Dias depois fui aprovado em duas seleções de doutorado: em Sociologia no próprio IESP e em História Social da Cultura na PUC-Rio. Decidi fazer ambos, mas como a carga de disciplinas estava bem pesada (sem falar na perspectiva de escrever duas teses ao mesmo tempo, rs), no fim de 2014 pedi afastamento do doutorado da PUC para me dedicar durante dois anos exclusivamente ao do IESP. Este ano tomei uma decisão acadêmica muito importante: fazer a minha tese em Sociologia sobre José Guilherme Merquior ao invés de Thomas Mann (cuja pesquisa retomarei quando acabar o afastamento da PUC, em 2017). Estou bastante empolgado com essa mudança temática, afinal Merquior tem uma trajetória inspiradora, e eu o vejo como um role model por sua capacidade de abordar - e com densidade - tantas áreas temáticas (crítica literária, sociologia, teoria política, antropologia...).
2. Na vida amorosa, após passar dois anos solteiro, em 2012 comecei um namoro à distância que durou dois meses e meio, e após me recompor emocionalmente nas férias que passei em Goiânia e Brasília em Julho daquele ano, voltei para o Rio achando que iniciaria um novo ciclo de solteirice. Felizmente eu me enganei, pois logo na primeira festa em que fui na volta ao Rio conheci minha namorada, a Carolina. Pedi-a em namoro no dia 4 de Setembro, no mesmo banquinho de lanchonete Fornalha no qual passamos a manhã depois da festa daquele 10 de agosto. Os últimos 3 anos vêm sendo muito felizes nesse "departamento" da minha vida, rs. Viajamos para vários lugares (Petrópolis, Saquarema, São Paulo...); nos presenteamos com CDs ou livros nos aniversários de namoro/dia dos namorados/aniversários um do outro, sempre com dedicatórias muito bonitinhas... enfim, vou parar, senão este post vai ficar muito piegas, rs.
3. Na esfera política, mudei um pouco. Não foi uma mudança tão radical como a que ocorreu quando eu tinha 15 anos (quando fui da esquerda para a direita - ou, sendo mais específico, de um "socialista democrático" para um libertário), mas sim um amadurecimento. Deixei de ser um libertário meio utópico para me tornar um liberal-conservador de perfil cético. Na "práxis", participei do movimento estudantil pela Aliança pela Liberdade; fui vice-presidente, representante discente no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UnB e, quando fomos eleitos para o DCE numa vitória histórica em outubro de 2011, fui coordenador de integração estudantil. Depois que me formei continuei ativo na Aliança, como "geronte" (sim, temos um conselho de anciãos, haha). Fico orgulhoso de ver o tanto que a AL cresceu nos últimos quatro anos. E pensar que nos primórdios mal enchíamos uma mesa de sorveteria, rs.
4. No âmbito musical não houve grandes alterações; o essencial do meu gosto foi formado mesmo em 2005-2010. Nos últimos cinco anos, contudo, incorporei algumas bandas a meu cânone: Engenheiros do Hawaii, Teenage Fanclub, of Montreal, Marina & the Diamonds etc. Outras que eu já gostava bastante subiram bastante na minha preferência: Suede e XTC, por exemplo. Fui a festivais e shows muito bons nesse quinqüênio: Porão do Rock 2010 (She Wants Revenge e Pato Fu), Vaca Amarela (Velhas Virgens), Planeta Terra (nas quatro vezes em que fui assisti a bandas como Pavement, Smashing Pumpkins, Interpol, The Strokes, Suede e Blur), Paul McCartney, Bad Religion, Fatboy Slim, Morrissey, Titãs (três vezes), Nada Surf, Franz Ferdinand, Plebe Rude, The Cure, Lollapalooza 2014 (no qual vi, dentre outros, Johnny Marr, Pixies e New Order) e Echo & the Bunnymen. Depois que ganhei um toca-CDs da Carol no Natal de 2013, comecei a comprar os discos que sempre sonhei em ter. Em 2015, aliás, ampliei bastante minha coleção graças ao sebo Baratos da Ribeiro e ao MercadoLivre; a propósito, me dei de aniversário uns 12 CDs (aproveitando uma leva inacreditável que chegou no Baratos), hehe!
5. Por fim, nos "assuntos gerais", posso destacar: a gradual adaptação ao Rio de Janeiro, após quatro anos morando em Brasília; a crescente frustração com a seleção brasileira (mais uma vez não torci por ela numa Copa, embora tenha me sentido um pouco "culpado" depois que a Alemanha para quem torci ganhou daquela forma); o título da Copa do Brasil seguido de rebaixamento do Palmeiras em 2012; os períodos de jogatina desenfreada (o último deles foi entre Setembro do ano passado e Janeiro deste ano, no qual cheguei a zerar três versões de Pokémon ao mesmo tempo); a paixão por Neon Genesis Evangelion, que me levou até a escrever um artigo acadêmico sobre este anime/mangá; os vários bons seriados que assisti (How I Met Your Mother, Community, Freaks and Geeks, Skins, Californication, Girls...). Ah, para fechar, eis os cinco melhores livros que li nos últimos cinco anos: Os Anos de Aprendizado de Wilhelm Meister (Goethe), Doutor Fausto (Mann), O Mundo como Vontade e Representação (Schopenhauer), Os Demônios (Dostoiévski) e Saudades do Carnaval (Merquior).

P.S.: Coincidentemente, este post de aniversário é justamente o 800º do blog! Parabéns para mim e para ele!