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Kaio

 

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28 fevereiro 2007

Answer

Sei que não há nenhuma lógica no que eu vou dizer, que esta é apenas uma opinião subjetiva... mas eu acho que já virou clichê, moda, estereótipo falar mal do Big Brother Brasil. Parte-se do preconceito de que quem assiste ao programa é alienado, manipulado e desligado da vida real. Será mesmo?
Eu sou a prova mais concreta de que trata-se de uma mentira essa idéia.
Não assistia ao programa com afinco desde a 3ª edição, a qual havia sido a última realmente interessante. Eu gostei desta porque ela é até divertida, uma boa distração para as minhas noites, depois que eu saio do computador. Gosto de analisar como as pessoas agem em uma convivência mais do que forçada, a personalidade (ou falta da mesma) de cada um, a carisma (ou, novamente, a falta dele) de cada confinado, além, claro, de me divertir vendo a desgraça alheia (aliás, esse é o principal motivo. O BBB é o melhor humorístico da Globo no momento, hehe).
É mais do que óbvio que a vida real proporciona tais coisas em doses cavalares, bem maiores que as dos reality shows - não é à toa que eles se chamam REALITY SHOWS, por serem uma representação (fiel ou manipulada) da realidade. E pensar que logo a MTV foi uma das pioneiras do formato, com o "Real World" lá nos anos 90...

Claro que a minha opinião não é muito válida, afinal, eu, como tantas vezes já disse aqui, sou auto-indulgente; nunca acho que estou errado. Se eu gosto de um programa de TV/livro/filme/banda/idiossincrasia, não há argumento sequer científico que me faça crer que ele (a) não tem algum pró ou vantagem compensadora; se eu não gosto, ele (a) pode ser unanimidade de crítica e público, mas eu sou cabeça dura o suficiente para não mudar de idéia a não ser que me seja apresentado um bom motivo para gostar.
Nem vou dar exemplos, pois cada texto do meu blog expõe isso descaradamente. Até porque se eu fosse um formador de opinião e tivesse argumentos embasados e inquestionáveis, eu não estaria escrevendo aqui no Racio Símio, mas sim trabalhando como colunista em NoMínimo!
Não que meu sonho de "carreira" seja ter uma coluna em um site/revista/jornal prestigiado e famoso, mas existem níveis de respeito a um blogueiro, e certamente o meu não é dos melhores. O que até bom, pois isso me concede uma liberdade criativa bem maior. Posso escrever merdas sem me preocupar com o que os leitores vão achar. Se eu fosse um cronista com uma fama ao menos razoável, não poderia ser tão subjetivo e egocêntrico, pois ficaria muito mais exposto às opiniões e aos julgamentos errôneos dos meus leitores, à pressão de sempre escrever bem, de nunca deixar de ter boa retórica e ironia aos montes... e eu não quero tais "obrigações", pelo menos não tão cedo.

Modéstia à parte, eu sou bom para falar, escrever e ler. Bom, mas não excelente, pois às vezes falo rápido, freqüentemente interrompo leituras porque não consigo me interessar muito pelo livro (por melhor que ele seja) e meus textos, como você está comprovando pela leitura deste, são criticáveis ao extremo (admito isso mesmo gostando muito deles, já que sempre os leio 4 vezes quando termino de postar, hehe). Mesmo com pequenas falhas, eu consigo ter um desempenho satisfatório nos três campos. "O segredo do sucesso?" Justamente o que algumas pessoas tanto condenam - a solidão.
Se eu fosse mais sociável, leria bem menos, minha oratória seria mais vulgar e meus textos seriam recheados de senso comum. Como, felizmente, isso não aconteceu, eu tive muito mais tempo dedicado a mim mesmo. Aprendi a ler e a escrever aos 3 anos de idade, e pratiquei tais constantemente e das mais diversas maneiras durante toda a minha existência.
Não há dúvidas de que eu fiz escolhas acertadas durante todos os meus 16 anos, não tenho nenhum arrependimento. Até coisas que eu considerava fracassos e fiascos até bem pouco tempo atrás, atualmente já não passam para mim de "meros acidentes de percurso que me instigaram a corrigir eventuais falhas". Precisei de 13 anos para começar a ouvir Beatles e decidir o meu futuro como universitário e trabalhador, mas tive a virtú, as coisas aconteceram na hora certa, no momento certo.
É óbvio que eu não sou um exemplo a ser seguido. Faça melhor proveito da sua vida. Não vá estudar latim e outras coisas extracurriculares; evite ler livros que não farão a mínima diferença na sua vida; esqueça o rock alternativo das décadas passadas; ignore a crença em um amor idealista/platônico/perfeito/romântico (é sério, eu sou meio que um "último romântico" em certos contextos! "Por trás de todo egocêntrico, existe um sujeito louco para amar alguém absolutamente, além de si mesmo."); seja indiferente quanto à política; jamais seja sóbrio e celibatário; e o principal: não se elogie tanto ao ponto de você desvirtuar totalmente um post que era sobre reality shows! Isso é uma tremenda "fuga ao tema"!
Até mais.

27 fevereiro 2007

Break time? Ad eternum!

Ando meio sem idéias sobre o que postar para o Racio Símio. Ó ironia, a "nova" fase do blog já não começou bem! Hehe.
Prometo que amanhã vou fazer o possível para arranjar inspiração, até porque terei um dia bem movimentado.
Enquanto isso, vou continuar lendo "O Espírito das Leis", estudando latim e assistindo ao BBB7 (não me venham com esse papo de 'cultura inútil', esse Big Brother 7 é um prato cheio em tensão psicológica, voyeurismo, personagens esféricos e trama envolvente, mesmo que quase noveleira. Estou torcendo pelo Diego, gosto do senso de humor e da capacidade estratégica dele).

23 fevereiro 2007

Double failure

Redação I
Tema: Fazer o que se gosta ou o que dá dinheiro
Tipo de texto: Artigo de opinião
Nota obtida: 87
Por que não fui melhor: arrogância, pedantismo, auto-indulgência, uso do exemplo pessoal não foi coerente com o resto do texto e inadequação e excesso do pronome "você" (deixei tais erros intactos nessa 'passagem a limpo', inclusive colocarei alguns em itálico).
O que eu achei do texto: estupidamente divertido e sem nenhum propósito de ser realista!

Amor à camisa

Um questionamento pelo qual cada adolescente passará em relação ao seu futuro é quanto à prioridade: trabalhar com algo que você gosta ou simplesmente com o que dá dinheiro. Nas próximas linhas, este que vos escreve defenderá um ponto de vista assaz subjetivo e completamente desprovido de imparcialidade e frieza cínica.
Sei que isso pode soar pretensioso, mas usarei a minha própria pessoa como exemplo de quem dá preferência ao que gosta. Desde os 13 anos eu me interesso bastante por política, literatura e filosofia, e pretendo cursar Ciência Política na universidade. Por já ter me decidido tão cedo, minha carreira poderá ser mais abrangente - terei a oportunidade de trabalhar não só como cientista político, mas também como economista, assessor parlamentar, professor universitário, jornalista na área de política e/ou até dar palestras e escrever livros. Opções não faltam a mim, e farei o possível para usufruir delas.
Deixando um pouco o egocentrismo de lado, algo é inegável: praticamente todos os profissionais bem-sucedidos trabalham com o que lhes satisfaz. A maior parte deles focaram-se na área de interesse e empenharam-se consideravelmente nela. Vou além - não conhecço nenhum gênio ou grande personalidade que não deixou de fazer o que gostava, mesmo que isso exigisse algum sacrifício. O próprio Albert Einstein aceitou o emprego de perito técnico de 3ª classe no instituto de patentes da Suíça para estar mais próximo do seu real interesse, a física. Apenas quatro anos depois, ele publicou seu primeiro artigo sobre a Teoria da Relatividade.
A visão dos idealistas de que os gostos são desenvolvidos parece-me correta, já que enfatiza que não basta o mero pragmatismo de querer retorno financeiro, mas também a perseverança e a auto-satisfação. É muito mais provável que alguém lute por algo que lhe agrade do que o que apenas dá dinheiro. Os seguidores desta segunda opção podem até fazer fortunas, mas são, na maioria esmagadora das vezes, yuppies infelizes que desistiram de seus sonhos e serão eternamente frustrados em razão disso.
Também há muita racionalidade em optar pela sua área de maior interesse, afinal, em algo que você está consciente das suas capacidades, você as aplicará com bem mais afinco. Mesmo que você seja obrigado a fazer algo que não lhe atraia tanto, analisar bem o setor de atuação com o qual você mais se identifica e tem maiores chances de prosperidade é fundamental.
A escola desempenha, aliás, um papel essencial, pois ajuda o aluno a construir sua liberdasde e a execução de suas escolhas.
O sucesso profissional, em suma, depende de vários fatores, mas, indubitavelmente, o "amor à camisa" é um dos principais deles.

Redação II
Tema: Como reestabelecer o equilíbrio ecológico sem que isso prejudique o desenvolvimento econômico?
Tipo de texto: Artigo de opinião
Nota obtida: 90
Por que não fui melhor: poderia ter sido mais crítico e irônico, levando em conta que é um artigo de opinião.
O que eu achei do texto: a idéia do "benefício facultativo" é até legal...

Manter o progresso e o meio-ambiente

O aquecimento global, em razão de novos (e apocalípticos) relatórios científicos sobre seus impactos a médio e longo prazo (como encolhimento das geleiras, extinção de várias espécies e enchentes), voltou a ganhar destaque na imprensa. Aparentemente, a sociedade está cada vez mais preocupada e consciente de que algo deve ser feito para preservar o meio-ambiente. Mesmo assim, é provável que a maioria já terá esquecido o assunto em três, quatro meses.
O motivo disso é que discute-se demais os fins, e não os meios. É mais do que óbvio que deve-se combater o aquecimento global; o que quase nunca se fala é como fazê-lo. A economia, sem dúvidas, deve ser o foco deste debate, já que não se pode alcançar objetivos sócio-ambientais que não pensem no desenvolvimento econômico.
Uma idéia que pode ser interessante é a seguinte: o que é uma empresa bem-sucedida mais quer? "Menos impostos, o que geraria maiores lucros e mais livres iniciativas." Então, que tal estadistas desenvolverem um programa de cooperação com tais empresários? Em outras palavras, a empresa que desenvolvesse projetos de responsabilidade ambiental teria direito a uma redução de 5 a 10% em sua carga tributária. Isto seria uma espécie de "benefício facultativo".
Outra proposta é uma reorganização do papel do Estado: reduzir gastos públicos exessivos (diminuição da burocracia e revisão orçamentária, por exemplo) e utilizar uma parte da receita para aplicar algumas medidas importantes, como o reflorestamento de algumas áreas desmatadas e um forte investimento em combustíveis alternativos e fontes energéticas pouco ou não-poluentes. Aliás, parcerias com a iniciativa privada para produzir e popularizar tais combustíveis e fontes seria benéfico para ambos os lados.
Existem outros meios para a resolução do problema, como legislações ambientais mais rígidas (e um poder Executivo que as cumpra) e, em âmbito individual, buscar reduzir, nas pequenas coisas, a emissão excessiva de gás carbônico para a atmosfera, visando a não prejudicar nem a saúde, nem o bolso - o que é bem possível, já que os próprios automóveis bicombustível são um exemplo disso.
É bem possível que a situação ambiental da Terra jamais voltará a ser o que era, por exemplo, há 20 anos, mas quanto mais cedo e eficientemente trabalhar-se, em todo o planeta, para evitar o desequilíbrio ecológico, menores serão os impactos para a nossa geração, e claro, as futuras.

22 fevereiro 2007

Break Time

No post de amanhã, publicarei dois textos: as minhas duas últimas redações escolares. Hoje estou meio cansado, tive aula pela manhã e simulado à tarde (espero ter ido bem).
Estou avançando gradualmente no estudo de Latim, já fiz 14 lições desde quinta-feira passada.

Enfim, boa noite para vocês.

20 fevereiro 2007

Yes, I guess WII WILL WIN!

Que bom começar essa "nova fase" do blog com uma ótima notícia: o Wii, console de nova geração da Nintendo, foi o mais vendido em Janeiro nos EUA!
O NPD, instituto de pesquisas norte-americano, liberou hoje os números (fonte: Videogame Charts):

1º Wii: 435,503
2º PlayStation 2: 299,352
3º Xbox 360: 293,774
4º PlayStation 3: 243,554
5º Nintendo DS: 238,869
6º PlayStation Portable: 210,719
7º Game Boy Advance: 179,482
8º GameCube: 33,806
9º Xbox: 833

Análise dos números, com o economista (de araque), Kaio Felipe:
I - O Wii, apesar de ainda não ter o estoque que a Nintendo pretende (e precisa) para atender a demanda, 'queimou' praticamente todo o disponível, hehe. Vendendo 50% a mais que o X360 e quase o dobro do PS3, ele provou que a combinação de preço acessível, uma razoável linha inicial de jogos, uma proposta direcionada para um público mais amplo (e não apenas nerds e jogadores hardcore) e um controle com uma jogabilidade bastante inovadora seria digna de grande sucesso de público e crítica.
II - O PS2 continua vendendo bem, apesar de já ser de uma geração, digamos, defasada. O que não é surpreendente, pois ele, que é a plataforma mais vendida de todos os tempos (mais de 110 milhões de unidades vendidas), ainda tem público interessado em mais um ano repleto de jogos inéditos. God of War II, por exemplo, chegará em breve.
III - A forte queda das vendas do Xbox 360 em relação ao mês passado provam uma tradição que já seguia o seu antecessor - ele é um console que só desaparece das prateleiras movido a one-hits. No XB, Halo 1 e 2 foram responsáveis diretos pela vantagem acumulada sobre o GameCube. Foi assim com Gears of War, que fez as vendas do X360 dispararem nos últimos meses, mas agora que tal apelo já não é tão grande, a queda logo veio. Mesmo assim, são ótimos números, levando em conta que ele está bem na frente do...
IV - ... PS3, que mesmo com os estoques finalmente estabilizados, já não interessa tanto aos consumidores, que parecem ter percebido que não basta o hardware, o software também conta muito. Conseqüentemente, enquanto os blockbusters Metal Gear Solid 4, Resident Evil 5, Final Fantasy XIII e Gran Turismo 5 não chegarem pro Play 3 (e, na melhor das hipóteses, Metal Gear chega no Natal, os outros só em 2008), a Sony ainda vai amargurar altos prejuízos; leve em conta que, mesmo tendo um preço absurdo de 600 dólares, o PS3 custa à Sony cerca de 800 doletas por unidade para ser produzido! Enquanto ele não vender bem, muito bem (o que, obviamente, tornaria a produção mais barata), a arrogância sonysta não será compensada.
V - Fiquei surpreso com as fracas vendas do DS, mas descobri que é por falta de aparelhos disponíveis. Após duas milhões de cópias vendidas em Dezembro nos States, faltou Nintendo DS nas lojas; portanto, pode parar de comemorar, torcida pró-PSP, vocês continuam amargando o segundo lugar na guerra dos portáteis! Não se esqueçam da lavada que vocês levam no Japão! [Vide lista no final do post]
VI - O GBA ainda vende bem por lá, por incrível que pareça. O GC ainda conseguiu umas 30 mil unidades, mas o motivo é o Zelda novo mesmo (lançado tanto pro Wii quanto pra ele), hehe. Quanto ao Xbox "One", sem comentários, ainda existem 833 ianques sem dinheiro (ou bom senso) pra comprar um console melhor.

A seguir, as vendas de consoles no Japão na semana retrasada (5 a 11 de Fevereiro) - estas eu não vou nem comentar, os números falam por si mesmos:

1º Nintendo DS: 197,500
2º Wii: 76,750
3º PlayStation Portable: 31,500
4º PlayStation 3: 24,750
5º PlayStation 2: 17,000
6º Xbox 360: 5,250
7º Game Boy Advance: 2,000

Raciocinando com Racio Símio

O blog vai sofrer algumas mudanças ligeiras a partir dos próximos posts. Veja a seguir as cinco principais.

1. Nova fonte, Times New Roman, a qual é mais agradável para nossos leitores (e até para mim, já estava cansado da Georgia.).
2. Posts ainda mais egocêntricos, aproveitando toda a liberdade que meus textos me dão de me enaltecer. Claro que tentarei fazê-los de um jeito que não irrite profundamente a você que está lendo; no máximo você vai rir da minha pretensão, eu prometo!
3. Início das "Guerras Kaionísticas" - alguns posts serão em forma de conversas, contendo duelos ideológicos entre os diversos Kaios que existem em minha mente. Isso também é para lançar uma tese minha, de que monólogos podem ser uma maneira interessante de analisar certos temas.
4. Uma menor média mensal de textos, devido ao fato de que eu estou estudando bastante nesse ano e não terei tanto tempo como antes para atualizar meu querido blog.
5. Mais pautas e assuntos do que os costumeiros "música, literatura, eu, política, filosofia e, claro, eu". Procurarei escrever mais sobre videogames e questões sócio-econômicas. Um texto sobre aquecimento global será publicado em breve, espero que fique bom, até porque é o tema da minha próxima redação escolar, hehe.

Quem quiser divulgar o blog (... alguém?) pode usar uma frase bem tolinha que eu bolei dia desses:
"Não é necessário muito raciocínio para ler e entender Racio Símio. Ou seja, até você consegue."

Até a próxima!

19 fevereiro 2007

Saudades de mim, "queridos" leitores?

Pois é, ando atualizando pouco o blog.

"Por que, Kaio?"

Oras, leitor, porque eu voltei a gostar de estudar.

"Epa! Você já disse isso duas vezes, uma na volta às aulas de 2006 e outra em agosto do mesmo ano! Picareta!"

E você acha que eu não ignoro isso? Você deveria muito bem saber que eu faço planos a longo prazo. Primeiro, a falsa promessa. Depois, a promessa que se realizará em um futuro não muito distante. Finalmente, vem o cumprimento da mesma. É muito simples, meu caro, eu funciono em 3 etapas.

"Hum, tá bom... mas me prova que dessa vez é pra valer?"

Você se contentaria com o fato de que:
1. Eu estudei tanto pra prova de Física que me desesperei com questões de vestibulares de SP que jamais cairiam na prova?
2. Estudei tanto pra prova de História que pude até me dar ao luxo de aprofundar na matéria através de "Do Espírito das Leis", que tem dois livros (capítulos) sobre os francos e sua organização social, política e econômica?
3. Estou lendo sobre Física Moderna através de um livro didático ("Tópicos de Física 3", da editora Saraiva) e de um paradidático que eu tenho, "Einstein e o universo relativístico"?
4. Já vou começar a lição 10 de Latim, e posso até dizer coisas lindas como "Aquam terram rigant"?
5. Eu coloquei como meta da semana conseguir, no mínimo, o 5º lugar no simulado, pois quero provar pra mim mesmo que estou no mesmo nível da galera que vai prestar para Medicina/Direito/Engenharia e precisa estudar mais do que eu?
Satisfeito, "querido" leitor?

"Bicho, você é muito pretensioso!"

Vai me dizer que isso nunca passou pela sua cabeça? Depois que um teste "Qual religião você seguiria?" disse que eu tenho bem mais chances de ser satanista (!) do que até mesmo ateu ou agnóstico, eu tenho completa consciência de que eu sou muito egocêntrico.

"Satanista? Creeeeeeeeedo!"

Se você pesquisasse mais, saberia que o satanismo, na sua essência (antes de ser distorcido pela Igreja Católica, metaleiros e doentes mentais), reflete a doutrina religiosa dos hedonistas que são contra a idéia de cultuar algo externo (metafísico), e buscam a expressão da plena liberdade individual e do avanço espiritual de si mesmo.
Ignore a palavra hedonista e você verá a minha imagem e semelhança. Mesmo assim, é óbvio não vou me 'filiar' ao satanismo. Quem é anfisista e kaionista não precisa dessas coisas.
A propósito, no mesmo teste disseram que as duas religiões com as quais eu menos me assemelho são o hinduísmo e, of course, o cristianismo. Cool.

"Ok, ok, você já me encheu por hoje. Vou dormir. Ah, não se esqueça de publicar sua redação no próximo post. Eu sei que ela ficou horrível, mas o autor também o é, fazer o quê... boa noite."

Boa noite. Com licença, vou ler relatórios de vendas de games... parece que o Wii pode ser sido o console mais vendido nos States em Janeiro, ao lado do DS. Até logo.

16 fevereiro 2007

Pedante, como sempre

1. Depois que até a corretora de redação disse que eu sou pedante, estou mais consciente do que nunca desta característica da minha personalidade (quando eu estiver com mais tempo e paciência, publicarei tal texto com os mesmos erros que me levaram a tirar 87). Mesmo assim, tentarei ser menos nos próximos textos...
2. ... Ou não. Agora que eu comecei a estudar latim (minha Gramática Latina chegou ontem), farei bom proveito da minha 'vocação' autodidata para aprender um terceiro idioma (mesmo que ele seja uma língua morta e restrita a intelectualóides que fazem redações auto-indulgentes, preciosistas e egocêntricas como a citada no tópico 1, ou pessoas sábias e rebuscadas, como o próprio Napoleão Mendes, "um conservador duro como rocha"). Já estou na lição 9.
3. Mais uma vez interrompi uma leitura para começar outra... lembram-se que eu estava lendo Hobbes e Aristóteles? Pois é, dei uma pausa e comecei Montesquieu, "Do Espírito das Leis". Gostei mais desta obra do que as que eu estava lendo dos outros dois filósofos, e o principal motivo é o estilo do escritor francês, mesclando história, filosofia e política de um jeito cativante e sem as chatices mecanicistas do autor de "Leviatã" (ok, talvez algum dia eu me arrependa de ter dito essa 'heresia', mas é inegável que as primeiras páginas do livro são insuportáveis; quando eu voltar a ler, vou direto pra pág. 127, na qual começa a teoria do Estado propriamente dita) ou... bem, não achei nada de ruim em "Ética a Nicômaco", só não estou com paciência para lê-lo. Talvez daqui a algumas semanas eu conclua-o.
4. Com licença, vou estudar Física. Não só pra prova que eu terei amanhã ou para o vestibular, mas sim porque eu gosto de Física (por mais que o sistema educacional que valoriza mais exercícios do que as reais teoria e prática da matéria atrapalhem isso às vezes), e não vou terminar 2007 sem estar afiado até em (noções básicas de) Física Moderna.

11 fevereiro 2007

Mais condenado a ser livre do que esperava

Fiz um teste há alguns minutos, sobre qual seria a corrente filosófica com a qual eu mais me aproximo nas minhas idéias. O resultado foi interessante:

Your life is guided by the concept of Existentialism: You choose the meaning and purpose of your life.

“Man is condemned to be free; because once thrown into the world, he is responsible for everything he does.”
“It is up to you to give [life] a meaning.”
--Jean-Paul Sartre

“It is man's natural sickness to believe that he possesses the Truth.”
--Blaise Pascal

Existentialism 95%
Strong Egoism 70%
Kantianism 65%
Justice (Fairness) 55%
Hedonism 45%
Utilitarianism 40%
Nihilism 25%
Apathy 15%
Divine Command 0%

Pois é, minhas idéias se assemelham bastante às do Existencialismo. Aliás, não por acaso - gosto muito do pensamento de caras como Nietzsche, Sartre e Kierkegaard. É óbvio que isso influenciou no meu Anfisismo, sempre coloquei um caráter fortemente individualista, laico e libertário na sistematização dele.
O teste me deixou com vontade de ler mais obras de cunho existencialista. Vou procurar por "O Estrangeiro", do Camus. Certa vez no ano passado, li umas 40 páginas dele na livraria, mas tive que ir embora. Espero esbarrar novamente com ele qualquer dia desses em uma das livrarias da vida, hehe. Também desejo ler mais obras do Jean-Paul Sartre. Discordo dele na parte político-ideológica (ele é esquerdista, eu já estou mais pra centro-direita), mas o pensamento filosófico dele segue em umaa linha parecida ao meu.

Aos possíveis interessados, recomendo bastante tal teste. As perguntas são bem elaboradas e podem revelar mais sobre você do que possa imaginar (ok, esta foi uma afirmação bem clichê, além de não muito confiável, afinal quem vos escreve é um viciado em fazer testes).

Obs.: A propósito, meu livro de cabeceira no momento é "Ética a Nicômaco", de Aristóteles. Gostei bastante, ele escreve de maneira clara e bem lógica, e sua teoria sobre o meio-termo é interessante. Pretendo voltar a ler "A Montanha Mágica" nos próximos dias - parei na leitura porque o livro era emprestado de uma amiga minha, e ela vai morar no RJ já que passou no vestibular da federal de lá; portanto, precisava do livro de volta. Felizmente, meu professor de Literatura também tem o livro, e irá me emprestar.

08 fevereiro 2007

Vigilância consentida

Estamos privados da privacidade. Infelizmente, quase todas as distopias do século passado, direta ou indiretamente, se concretizaram. A violação da vida privada, a qual é talvez uma das mais lamentáveis delas, tornou-se explícita. O caminho para a eliminação da liberdade e individualidade, conquistadas nos últimos anos a duras penas, foi iniciado.
O professor Alexandre Freire, da FGV-SP, em sua obra "Inevitável Mundo Novo - O Fim da Privacidade" (citada na última IstoÉ), até enfatizou o dia que pode ser considerado o marco deste processo: 11 de Setembro de 2001. Os ataques terroristas em NY criaram uma histeria em escala mundial; tal cenário foi propício para que os mais paranóicos alertassem para a necessidade de se colocar a segurança em primeiro lugar, como se o discurso de que coletivo deve "esmagar" o indivíduo ganhasse força e todos passassem a ser ameaças à humanidade, sendo assim, imprescindível a vigilância constante.
As novas tecnologias, ironicamente, passaram a auxiliar tal absurdo. Há cada vez mais mecanismos e apetrechos para "dar uma espiadinha" no que fazemos em cada uma das 24 horas diárias. Chegou-se ao ponto no qual tudo que fazemos em nossa intimidade pudesse ser uma movimentação estranha e suspeita aos "olhos" das câmeras. Como resultado, é como se se acreditasse que, com todo esse monitoramento, apenas os "wrongdoers" deveria ter com o que se preocupar. Será mesmo?
Óbvio que, em meio a tudo isso, alguns artistas iriam se preocupar com a situação. O Radiohead, por exemplo, alude ao controle cada vez mais rígido de nossa liberdades individuais na canção "Karma Police". Já o mundo da televisão resolveu tirar sarro do contexto atual; referindo-se a um famoso personagem do supracitado romance "1984" (George Orwell), uma emissora holandesa criou, há alguns anos, o reality show "Big Brother". Ele, pode-se dizer, é uma maneira divertida de demonstrar como a exposição da vida alheia já é uma realidade. Além disso, há público (muito, aliás) que se interesse pelo programa, tornando inegável o fato de que todos nós, em maior ou menor escala, somos "voyeurs".
Este processo, no entanto, não é irreversível. Mesmo assim, as chances de impedir que nossas vidas privadas passem a ser cada vez mais públicas são remotas. Um dos motivo para isso, aliás, somos nós mesmos. A internet, com seus blogs, fotologs, MySpaces e orkuts, é uma prova incontestável de que adoramos expor as nossas intimidades. A perda de privacidade não será revertida tão cedo e a culpa não é dos Estados (os quais, temerosos de novos ataques terroristas, jamais interromperiam agora suas medidas de segurança), mas sim dos indivíduos, que gostam de serem observados e preferem rir do que refletir sobre a situação, afinal, "sorria, você está sendo filmado".

(Redação que eu fiz nessa semana. Tirei 90, a corretora disse que eu poderia ter feito mais intertextualidade para fazer mais relações "do micro para o macro". Concordo, acho que o texto se fixou demais a alguns exemplos. Espero fazer textos melhores nas próximas semanas.)

07 fevereiro 2007

Will Wii Win?

O ritmo de vendas dos consoles da Nintendo está elevadíssimo. O Nintendo DS já alcançou a marca de 37 milhões de cópias, quase o dobro do seu concorrente, o PSP (20 milhões). Se, até o início de 2006, a guerra entre ambos estava bem equilibrada (principalmente nos EUA), nos últimos meses a vantagem da Big N cresceu de maneira vertiginosa, sustentada por jogos divertidos e acessíveis (Nintendogs e Brain Damage alcançaram até o público mais idoso!) e a grande aprovação do público ao modelo Lite do DS.
Já entre as plataformas da "Next Generation Wars", quem anda se dando bem é o Wii. Em apenas dois meses e meio, ele já vendeu 4,5 milhões de cópias, ou seja, a metade do que vendeu o Xbox 360 (9 milhões), que foi lançado um ano antes. É provável que a distância diminua ainda menos durante 2007, já que, ao contrário do Wii, o X360 tem péssimas vendas no Japão, um mercado consumidor que faz a diferença. Isso sem falar que a estratégia nintendista de apostar mais na jogabilidade que nos gráficos e optar por um console mais barato e menos 'sofisticado' agradou a grande fatia dos consumidores, os quais estão muito ansiosos por alguns dos futuros lançamentos.
Talvez seja justamente por isso que o PlayStation 3 esteja mal das pernas - o fato de ele ser caro e ainda não ter muitos jogos disponíveis em razão de sua complexidade fez as vendas caírem muito em Janeiro, provando que a histeria em seu lançamento foi efêmera. Provavelmente ele só reagirá no ano que vem (ou já no Natal desse ano), quando chegarão alguns de seus principais lançamentos (como Metal Gear Solid 4, Resident Evil 5 e Final Fantasy XIII) e a Sony finalmente terá condições de reduzir o preço do PS3 (que está dando um grande prejuízo graças também ao seu altíssimo custo de produção). Alguns dizem que será tarde demais, pois a Microsoft e a Nintendo terão tempo de sobra (um ano faz muita diferença no mercado dos videogames...) para possuírem maiores bases instaladas que as sonystas.
Para muitos, essa situação já era esperada - uma hora ou outra, a Sony cairia na soberba e passaria a ter grandes chances de perder a liderança do mercado por acreditar que os jogadores colocam o hardware, e não os softwares, como prioridade. Após dois grandes hits comerciais (PS1 e PS2, que venderam juntos mais de 200 milhões de unidades), ela amarga uma esmagadora derrota no duelo dos portáteis e já começa mal a competição entre os consoles domésticos. E a Nintendo, quem diria, após 10 anos (1985 a 1995) como a líder, graças ao NES e ao SNES, e outros dez (1996-2006) amargando a vice-liderança com o N64 e o GameCube, pode muito bem estar reiniciando tal ciclo. Aguardemos pelos próximos números, jogos e movimentos da indústria de games para que tais teorias se confirmem.

04 fevereiro 2007

Whatever

Sinto muito. Sinto muito mesmo... mas eu não consigo fazer um texto sobre essa "tragédia" que assolará o planeta, com o aquecimento global trazendo inúmeros desastres ecológicos. Infelizmente, preciso me preparar melhor para discutir esse tema, já que provavelmente alguma redação que farei na escola (ou mesmo no vestibular) nesse ano vai tratar sobre tal (e, para fugir um pouco da 'obrigação acadêmica', eu realmente gostaria de estar mais interessado pelo assunto). Detesto falar sobre esse tipo de coisa apocalíptica, é algo que não me interessa tanto.
"Você deveria ser mais consciente dos problemas ambientais de seu planeta, Kaio".
Ao menos, eu faço a minha (pequena) parte. Se não ajudo, também não atrapalho. Não tenho nada de extravagante no meu comportamento que possa prejudicar o planeta Terra. Ou seja, já escapo do grupo dos "Man, you are destroying your planet and you don't give a fuck for it". Ufa.
Mesmo assim, um breve comentário - estou otimista, creio que os humanos, sob pressão, vão conseguir reverter esse quadro tão terrível (cof cof). Mesmo que seja na hora H, "à beira do colapso".
Há assuntos mais interessantes com as quais podemos nos preocupar no momento. Por exemplo, as vendas medíocres do PlayStation 3.

Outras pautas que me interessam mais do que isso são literatura, filosofia e política, a trinca sagrada do ócio criativo (0u 'coisas que só pessoas pretensiosas gostam', mas isso não vem ao caso). Estou adorando "A Divina Comédia", obra máxima do genial Dante Alighieri.
É um retrato fiel e avassalador da Idade Média, contendo todos os elementos possíveis, desde a instabilidade política e a corrupção dos Papas até o pessimismo e a forte ligação com o espiritual. Também é uma das primeiras expressões artísticas do Renascimento, em razão do humanismo e antropocentrismo presentes no escrito, demonstrando o retorno aos valores greco-romanos.
Ainda estou na parte sobre o Inferno (aliás, a maneira como o autor o descreve é fenomenal), mas já foi possível notar o peso da obra. A idéia de punição proporcional ao crime cometido foi muito bem trabalhada, assim como as fortes críticas sociais à sociedade florentina dos séculos 13 e 14. Também me impressionei com a linguagem de "A Divina Comédia", que é de fato rebuscada e complicada (pelo menos no Inferno), mas que pode ser 'digerida' aos poucos e analisando cada canto através das próprias comparações com o contexto medieval.

Ainda não falei muito da minha volta às aulas... deixarei isso para uma outra oportunidade. Em uma palavra, a escola, pelo menos nessas 2 primeiras semanas, foi: ótima.
Até mais.

03 fevereiro 2007

A agenda (neo) liberal que deu certo

Na época das privatizações, quase todo mundo as odiou, mas hoje pode-se ver que muito do sucesso do governo Lula depende diretamente das políticas neoliberais do Collor e do FHC. Aliás, todos eles fizeram muitas besteiras, mas o Brasil nunca se modernizou tanto como nos governos dos três. Por quê? Porque eles souberam seguir um roteiro linear – um fez um choque na economia e iniciou o processo de abertura, o outro continuou e acelerou esse processo, e o terceiro colheu os resultados e manteve tal conduta econômica.
Exemplos de como eles reciclaram a economia brasileira? Deixando as telecomunicações nas mãos da iniciativa privada (o que melhorou muito a telefonia no Brasil e permitiu que muito mais pessoas comprassem telefones e celulares); a Petrobras ficou muito mais eficiente desde que só 51% dela são estatais; a Vale do Rio Doce se tornou recentemente a 2ª maior mineradora do mundo (o crescimento dela nos últimos anos foi colossal); o desemprego está caindo (era esperado que isso ocorresse, pois a economia está estável e as empresas que já se modernizaram não precisam mais demitir tantos funcionários); o país está pronto pra retomar o crescimento econômico (aliás, foi até bom ficarmos esse tempo todo sem crescer mais de 4%, pois não tínhamos base e estrutura pra um crescimento desses até agora); a economia brasileira vai se fortalecendo no mercado internacional, cada vez mais competitiva; o consumo interno está aumentando, etc.
Ou seja, independente das diferenças entre cada um dos nossos presidentes nos anos 90 e 00, eles não resolveram fazer ousadias que interrompessem esse processo. Eu posso achar o Collor muito pretensioso, o FHC muito moroso e o Lula muito demagogo, mas ao menos nenhum dos três deu a louca e resolveu atrapalhar tudo. Caso o Brasil continuasse com o modelo getulista (ou seja, Estado forte e protecionista) que havia até o final da década de 80, seria impossível estar em uma boa situação econômica agora em 2007. Não fosse o neoliberalismo, estaríamos excluídos do processo de globalização. E isso se refletiria em coisas mínimas da vida de cada um. Se a inflação estivesse elevada e a economia não fosse aberta, a empregada doméstica, por exemplo, não poderia pagar uma cesta básica a um preço relativamente acessível, tampouco teria um celular.
E pensar que tudo começou com um confisco, hehe.

01 fevereiro 2007

Uma "nação" libertária

A internet, inquestionavelmente, foi um dos maiores avanços do século passado, sendo ela um símbolo da globalização por interligar o mundo inteiro através de uma rede de computadores. As vantagens trazidas com o surgimento dela são incontáveis, mas uma em especial anda sendo muito discutida - o grau de liberdade.
Podemos muito bem comparar a internet a um regime anarquista. Não existem nenhum tipo de poder centralizado que determine o que pode ou não ser feito no mundo virtual, sendo ela, portanto, uma espécie de "nação" libertária. Todo e qualquer indivíduo pode fazer o que lhe vier em mente, e isso pode ser visto em várias páginas, como blogs (que são uma espécie de diário digital), orkut (uma comunidade virtual), Wikipédia (uma enciclopédia construída pelos próprios internautas), compartilhadores de arquivos (por exemplo, eMule e soulseek) e, claro, o famoso (ou famigerado?) You Tube, que proporcionou ao usuário a possibilidade de publicar e assistir a zilhões de vídeos.
Após dois parágrafos bem prolixos, finalmente chegamos aonde eu gostaria de falar sobre um exemplo de como essa livre expressão pode causar polêmica. Há cerca de 4 meses, vazou no You Tube um vídeo no qual Daniela Cicarelli e seu namorado foram flagrados em cenas picantes em uma praia do Mediterrâneo. A apresentadora da MTV, inicialmente, usou o discurso "E daí?", mas ela e seu companheiro acabaram por tentar processar o site e exigir que o vídeo fosse proibido, mas o juiz que eles consultaram teve uma idéia brilhante e nem um pouco imbecil - bloquear o acesso ao You Tube inteiro no Brasil, o que ocorreu há 3 semanas.
Óbvio que a reação dos internautas foi a mais indignada possível, provando quew o mundo virtual já tem uma força política expressiva. O caso brasileiro foi comparado até com o da China, país no qual diversos tipos de páginas são censuradas, como as que criticam o regime político chinês, as sobre direitos humanos e as de conteúdo erótico. Ou seja, bloquear o You Tube foi uma das atitudes que mais feriram a liberdade na rede mundial nos últimos tempos. A Justiça brasileira também deu um péssimo exemplo, pois além de parcial, foi simplista.
Falar sobre invasão de privacidade quando o assunto é internet, ao meu ver, é até contraditório, pois, se a pessoa expôs indevidamente em público a sua intimidade, é bem possível que alguém possa se aproveitar disso. A culpa, aliás, nem é da rede ou de quem publicou, mas sim da própria pessoa, que deveria estar consciente de que ela não está sozinha no mundo, e, portanto, não está imune às opiniões e julgamentos alheios. Acredito, então, que qualquer forma de censura à internet é intolerável e que o anarquismo dela não deve ser afetado por casos isolados de pessoas descuidadas.
(Essa foi uma redação que eu fiz hoje, cujo tema foi "a internet deve ser um 'território' livre ou deve haver algum tipo de censura?". Tirei só 89, mas levando em conta que os corretores do terceiro ano são bem rigorosos, nem fiquei tão decepcionado com a nota, até porque eu fiz a redação hoje de madrugada, lá pelas 5h, hehe.)